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Perdão para o Haiti

25 de janeiro de 2010

Em reunião de emergência sobre ajuda ao Haiti, primeiro-ministro do Canadá sugere um amplo programa de perdão da dívida externa do país que, segundo ele, precisará de uma década de ajuda externa para ser reconstruído.

Terremoto deixou pelo menos 150 mil mortos, afirmam autoridades haitianasFoto: AP

O Canadá sugeriu um amplo programa de perdão da dívida do Haiti. "O perdão do pagamento deve ser considerado um caminho para a mesa de negociações", disse o ministro canadense das Relações Exteriores, Lawrence Cannon, na segunda-feira (25/01) em Montreal, no início de uma reunião de emergência sobre a ajuda internacional ao Haiti.

Segundo ele, o Haiti tem uma dívida de cerca de um bilhão de dólares (quase 700 milhões de euros). Cannon foi o anfitrião da conferência, que teve a participação, ainda, de ministros das Finanças e do Exterior de cerca de 20 países. O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse não saber se o Haiti tem uma dívida com o Brasil, mas realçou: "Se for necessário perdoar, perdoaremos."

Uma década de auxílio

De acordo com o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, pelo menos durante dez anos o Haiti precisará receber ajuda externa e dinheiro estrangeiro para a reconstrução do país.

O principal promotor da conferência no Canadá é o chamado Grupo dos Amigos do Haiti, incluindo EUA, Canadá, França, Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, México e Peru. Outros participantes são a União Europeia, Japão e outros Estados. Também estão representados as Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos, o Banco Mundial, o FMI, entre outras entidades.

O apelo a fundos de urgência de 575 milhões de dólares lançado pelas Nações Unidas depois do terremoto de 12 de janeiro foi financiado, até ao momento, em 47%, informou nesta segunda-feira a Coordenação das Questões Humanitárias (OCHA) das Nações Unidas. Os fundos destinam-se à distribuição de alimentos, material médico, água e tendas.

Preparação para conferência em março

O encontro de um dia teve a presença da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, do primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, do ministro francês do Exterior, Bernard Kouchner, e outros líderes. O encontro contou ainda com a participação de delegados de cerca de 20 outros países. Ele serve como preparação para uma conferência maior, a ser realizada em março.

Discursando no encontro, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, disse que o Haiti necessita que forças de auxílio de todo o mundo continuem no país caribenho por, no mínimo, entre cinco e dez anos. "O povo haitiano precisa de mais e mais e mais para a reconstrução completa", disse Bellerive na reunião, organizada primeiramente para avaliar as necessidades imediatas e, em seguida, começar a planejar a recuperação a longo prazo do Haiti.

UE enviará paramilitares

Em Bruxelas, os ministros do Exterior do bloco se reuniram para acertar uma meta em comum com relação à conferência internacional sobre o Haiti planejada para março. Eles decidiram enviar um efetivo de cerca de 300 forças de segurança com instrução paramilitar para auxiliar na manutenção da ordem no país.

MD/rtrs/lusa/dpa

Revisão: Roselaine Wandscheer

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