Partido Verde pede recontagem de votos em Wisconsin
25 de novembro de 2016
Jill Stein demanda auditoria em estado-pêndulo da eleição americana e onde Trump venceu por pequena margem. Campanha para financiar recontagem, que visa ainda Michigan e Pensilvânia, já recolheu 5 milhões de dólares.
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A ex-candidata à presidência dos Estados Unidos Jill Stein, do Partido Verde, entrou nesta sexta-feira (25/11) com um pedido de recontagem de votos no estado de Wisconsin, um dos estados-pêndulos da eleição de 8 de novembro, segundo fonte oficial citada por agências de notícias internacionais.
Mike Haas, gerente da comissão eleitoral de Wisconsin, afirmou que a solicitação de auditoria foi encaminhada pela ex-candidata cerca de uma hora e meia antes de se encerrar o prazo final.
"A comissão se prepara para iniciar a recontagem de votos para presidente dos Estados Unidos em todo o estado, como solicitado", disse Haas. O órgão tem até 13 de dezembro para finalizar a auditoria.
Há dois dias, Stein lançou uma campanha de arrecadação na internet para cobrir os custos da recontagem de votos em três estados, que incluem ainda Pensilvânia e Michigan. O prazo para o pedido de contestação nesses estados termina na segunda e na quarta-feira, respectivamente.
Nesta sexta-feira, o Partido Verde conseguiu superar 5 milhões de dólares em arrecadação, valor suficiente para auditar os votos não só no estado de Wisconsin, mas também na Pensilvânia. A meta da legenda é levantar um total de 7 bilhões de dólares, que inclui os custos com advogados.
O presidente eleito, Donald Trump, venceu em Wisconsin e na Pensilvânia por pequena margem e lidera no Michigan por apenas 10 mil votos. O resultado contradiz as pesquisas de intenção de voto nessas regiões, que sinalizavam uma vitória da democrata Hillary Clinton. Além disso, nas eleições anteriores, os três estados haviam sido conquistados por candidatos do Partido Democrata.
A página da campanha na internet afirma que, nessas três localidades, "dados sugerem uma necessidade significativa de se verificar o total de votos contabilizados eletronicamente". O Partido Verde lembra ainda que as urnas eletrônicas utilizadas neste ano em Wisconsin foram proibidas na Califórnia após ter ficado provado que elas eram altamente vulneráveis à invasão de hackers.
Em nota no site, Stein destacou que "essas preocupações precisam ser investigadas antes que a eleição presidencial de 2016 seja validada". "Nós merecemos eleições em que podemos confiar", disse ela.
A ex-candidata deixou claro que seus esforços para contestar os resultados nesses três estados-pêndulos têm como objetivo assegurar a integridade do sistema eleitoral americano, e não desautorizar a vitória de Trump ou favorecer a segunda colocada Hillary.
Especialistas pressionam por recontagem
Os apelos por uma auditoria no resultado das eleições se tornaram mais fortes nesta semana, depois de um grupo de juristas e cientistas da computação ter afirmado que a democrata Hillary conquistou menos votos do que o esperado em cidades onde urnas eletrônicas foram utilizadas.
Apesar de não terem encontrado qualquer prova de que os resultados tenham sido fraudados ou que as urnas eletrônicas tenham sido manipuladas, os especialistas afirmam que a recontagem é importante para eliminar qualquer dúvida e fortalecer a confiança no sistema eleitoral americano.
Hillary já tem 2 milhões de votos a mais que Trump na contagem de votos, mas a vantagem não tem qualquer influência sobre o resultado do pleito, que é decidido por voto indireto no Colégio Eleitoral.
EK/rtr/ap/dpa/afp
Curiosidades sobre Hillary e Trump
Você acha que sabe tudo sobre os candidatos à presidência dos Estados Unidos? Aqui estão algumas anedotas que podem surpreendê-lo.
Foto: DW/M. Santos
Por trás das pessoas públicas
Numa campanha eleitoral que parece ter durado uma eternidade, os candidatos à Casa Branca finalmente chegaram à reta final. Por mais de um ano, os rostos de Hillary Clinton e Donald Trump foram quase onipresentes, mas ambos têm certas características incomuns, às vezes ignoradas.
Foto: DW/M. Santos
Hillary, a conservadora
Hillary Clinton cresceu em um lar conservador em Illinois. Seu pai fabricava cortinas e, quando jovem, ela era uma republicana que apoiou o ex-senador Barry Goldwater e Richard Nixon. Ela se tornou uma democrata somente muito tempo depois.
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Donald, o político implicante
Em outros tempos era difícil apontar qual partido Trump apoiava – se é que apoiava algum. No passado, ele endossou candidatos democratas, incluindo Bill e Hillary Clinton, e algumas de suas declarações ao longo dos anos foram extremamente liberais. Ele encontrou seu caminho até os republicanos tarde na vida – para grande consternação de alguns membros do partido.
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Mulher difícil
Inicialmente Hillary Clinton ficou famosa por ser casada com o presidente dos Estados Unidos. Mas na época em que Bill pediu sua mão, ela disse não. Ele teve de propor várias vezes antes de Hillary aceitar se tornar sua esposa.
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Patrono de concursos de beleza
De 1996 a 2015, Trump foi dono, em parte ou integralmente, dos concursos de beleza Miss Universo, Miss EUA e Miss Teen EUA. E, segundo ele próprio admitiu, visitava ocasionalmente os camarins das competidoras para verificar se tudo estava... digamos... no lugar. Isso talvez explique a expressão da Miss Califórnia nessa foto.
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Primeira mulher no conselho do Wal-Mart
Hillary foi a primeira mulher a fazer parte do conselho administrativo da loja americana de varejo Wal-Mart. A empresa não é conhecida por ser amigável com seus empregados – para dizer o mínimo. Anos mais tarde, Hillary realizou uma sessão de autógrafos de sua autobiografia numa das muitas lojas do Wal-Mart, onde os funcionários dificilmente teriam dinheiro para adquirir uma cópia.
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A carreira secundária de Trump
Embora tenha começado seus negócios no setor imobiliário, Trump ganha dinheiro também no showbusiness. Ele participou de diversos filmes e programas televisivos, incluindo o reality show "O Aprendiz". Trump é membro do sindicato Screen Actors Guild e recebe uma pensão anual de mais de 110 mil dólares por seus trabalhos na telona. Em 2007, Trump ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
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A lucrativa engorda do gado
Nessa imagem, Bill parece muito interessando em gado, mas é Hillary quem tem uma história com os bovinos. No final dos anos 1970, ela transformou 1 mil dólares em quase 100 mil dólares negociando no mercado futuro de gado. Críticos dizem que essas transações foram corruptas, mas nenhuma acusação relacionada a essa bonança bovina jamais foi levantada.
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Dentro do círculo quadrado
Trump fez inúmeras aparições dentro de ringues de luta como parte de uma rixa com o chefe do World Wrestling Entertainment (WWE), Vince McMahon. A habilidade de Trump com batalhas arranjadas resultou em sua indução ao Hall da Fama de Wrestling. Quer apostar que ele adoraria repetir essa cena com Hillary Clinton?
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Hillary e seus vários penteados
Como primeira-dama, Hillary era conhecida por experimentar vários estilos. Em 1996, a revista "Vanity Fair" afirmou que ela usou 43 penteados diferentes na Casa Branca – o suficiente para atender a uma ampla variedade de ocasiões. Este é o penteado que ela usou quando comentou sobre Monica Lewinsky, a estagiária com quem seu marido teve um caso.
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Apenas diga não
Donald Trump insiste que nunca bebeu álcool nem fumou cigarros, e entre muitas de suas afirmações, esta se destaca porque parece ser verdade. Aqueles que o conhecem ou se encontraram com ele confirmam que Trump é, de fato, um abstêmio. Como era mesmo aquela máxima sobre o poder ser a maior das drogas?
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Uma mulher do mundo
Como secretária de Estado, Hillary Clinton viajou a mais países do que qualquer antecessor do cargo. Foram 112 Estados visitados (apenas para registro: Condoleezza Rice completou mais milhas de voo). Quando Hillary deixou o cargo, em 2013, sua equipe lhe deu uma camisa de futebol americano com o número 112.
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Um candidato que não aperta mãos
Muito se discutiu sobre o fato de Trump e Hillary não terem apertado as mãos antes do segundo debate eleitoral. A verdade é que Trump prefere não dar a mão a ninguém, e se comenta que ele tem fobia de germes e bactérias – condição associada também a Michael Jackson, Nikola Tesla e Adolf Hitler.
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Vencedora de Grammy
Muitos detratores – e não poucos simpatizantes – consideram a voz de Hillary Clinton um ranger para os ouvidos. Mas isso não a impediu de ganhar um Grammy em 1997 por melhor narração de audiolivro, pelo desempenho em sua autobiografia "É tarefa de uma aldeia". Naquele mesmo ano, Celine Dion ganhou o Grammy por melhor álbum. Tire suas conclusões...
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Tribunais e mais tribunais
Quase tudo sobre Trump parece um pouco exagerado e além do verossímil, então, por que seu histórico judicial deveria ser diferente? O republicano tem seu nome relacionado a cerca de 3.500 ações nos tribunais federais e estaduais dos Estados Unidos. Não é o suficiente para entrar no Livro Guinness dos Recordes, mas chega perto.