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Caos marca início da convenção republicana

19 de julho de 2016

Convenção nacional do Partido Republicano tem início em Cleveland. Frente contrária a Donald Trump protesta contra regras do evento, que deixam o magnata mais próximo da nomeação como candidato presidencial da legenda.

USA Cleveland Parteitag der Republikaner
Foto: Reuters/B. Snyder

O início da convenção nacional do Partido Republicano – que terá duração de quatro dias e pode terminar com o anúncio oficial da candidatura de Donald Trump à Casa Branca – foi marcado por caos nesta segunda-feira (18/07) em Cleveland, nos Estados Unidos.

Os republicanos da frente Never Trump (Trump jamais), contrários à candidatura do magnata, clamavam para que os 2.472 delegados participantes da convenção pudessem votar livremente a favor ou contra a nomeação de Trump, independente dos resultados das primárias.

O objetivo dos opositores, liderados pelo senador Mike Lee e pelo ex-procurador-geral da Virginia Ken Cuccinelli, era que cada estado decidisse separadamente dar ou não liberdade de voto a seus membros.

Dessa forma, eles forçariam uma rebelião contra Trump, que teoricamente tem o número de delegados necessários para ser eleito oficialmente candidato pelo partido.

O palanque do evento foi tomado pelo caos quando Enid Mickelsen, presidente do comitê de regras, deu por aprovadas as normas que regem a convenção, em que foi decidido que os delegados votem no mesmo sentido que a maioria dos eleitores das primárias realizadas em seus respectivos estados.

Alguns delegados presentes jogaram no chão suas credenciais de participantes após ouvirem a decisão, que acaba por favorecer Trump. "Isto não tem precedentes", afirmou Lee, um dos principais aliados do senador Ted Cruz, segundo pré-candidato mais votado nas primárias republicanas.

"Só o que pedíamos é que cada estado decidisse sua opção. Aparentemente, isso era demais", criticou Cucinelli no plenário da convenção, que ocorre na Quicken Loans Arena. "Se as regras não importam, então para que dedicamos tanto tempo escrevendo-as?", questionou ele.

Durante a convenção, Trump tem a missão de tentar unificar um partido profundamente dividido. Personalidades republicanas importantes, como os ex-presidentes George W. Bush e seu pai, George Bush, e os dois últimos candidatos à Casa Branca, Mitt Romney e John McCain, não participarão.

Ainda nesta segunda-feira, é esperado um discurso de Trump ao lado de sua esposa, Melania Trump, que vai tentar mostrar um lado mais humano e familiar do magnata. Trata-se de um gesto incomum, uma vez que candidatos costumam falar apenas no último dia da convenção.

EK/ap/dpa/efe/lusa

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