Que desafios terá Rodrigo Paz, eleito presidente da Bolívia
20 de outubro de 2025
Rodrigo Paz contrariou expectativas e se tornou o primeiro conservador a vencer uma eleição presidencial no país em 20 anos. Agora, tem a missão de tirar os bolivianos da pior crise econômica em quatro décadas.
Rodrigo Paz prometeu "mãos estendidas para o interior do país"Foto: Jorge Mateo Romay Salinas/Anadolu/picture alliance
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Há três meses, Rodrigo Paz era um senador boliviano da oposição pouco conhecido, com um pai famoso e uma reputação dúbia como prefeito. Agora, ele é o primeiro conservador a vencer uma eleição presidencial no país em 20 anos.
Para surpresa geral, o centrista Paz, de 58 anos, derrotou seu oponente de direita muito mais proeminente, o ex-presidente Jorge "Tuto" Quiroga, garantindo a vitória no segundo turno da eleição presidencial deste domingo (19/10) na Bolívia. Ele assume como próximo chefe de Estado do país em 8 de novembro.
Em discurso diante de apoiadores na noite neste domingo, Paz agradeceu o apoio recebido para vencer o segundo turno e prometeu "reabrir" o país ao mundo e trabalhar com todos os setores dispostos a se unir para "sair" da crise em que seu país se encontra.
Após conhecer os resultados preliminares que lhe deram a vitória, Paz agradeceu aos presidentes que o parabenizaram e afirmou que "a Bolívia está gradualmente recuperando sua presença internacional", após ter perdido esse espaço "geopolítica e geoeconomicamente" nas últimas duas décadas.
O político sustentou que "a nova dimensão" que busca construir "será com as mãos estendidas para o interior do país, para trabalhar com todos, homens e mulheres, do parlamento, das organizações sociais" e de outros setores, com o objetivo de "seguir em frente".
Economia em ruínas
O senador herda uma economia em ruínas após 20 anos de governo do partido Movimento ao Socialismo, fundado pelo carismático ex-presidente Evo Morales (no cargo de 2006 a 2019). A sigla teve seu auge durante o boom das commodities no início dos anos 2000, mas as exportações de gás natural estagnaram, e seu modelo econômico estatista de subsídios generosos e câmbio fixo entrou em colapso desde então.
Prejudicados pela escassez de dólares americanos e de combustível, que os deixa dias em filas, eleitores de todo o país, no domingo, escolheram Paz para tirá-los da pior crise econômica em quatro décadas. Paz propôs reformas importantes, mas em um ritmo mais gradual do que Quiroga, que defendia o apoio a um resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a um programa de choque fiscal.
Rosto desconhecido com nome conhecido
Filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, que governou de 1989 a 1993, e da espanhola Carmen Pereira, Rodrigo Paz nasceu em Santiago de Compostela, Espanha, e passou lá sua primeira infância. Ele é economista e estudou relações internacionais, além de ter ampla experiência no setor público.
Seu pai, um dos fundadores do Movimento de Esquerda Revolucionária, de inspiração marxista, na década de 1960, exilou-se na Espanha para escapar da repressão do general Hugo Bánzer, um dos ditadores que governaram a Bolívia de 1964 a 1982. Paz Zamora retornou ao Peru quando Bánzer renunciou em 1978. Anos depois, em uma reviravolta irônica, ele fez um pacto político com o homem que o havia aprisionado e exilado.
Evo Morales na votação: mesmo enfraquecido por racha no partido, ex-presidente permanece fator de desestabilizaçãoFoto: Ernesto Benavides/AFP
Quando Paz Zamora concorreu à presidência em 1989, uma votação apertada levou a escolha do presidente do país ao Congresso da Bolívia, e o socialista fechou um acordo com o ditador que se tornou político conservador para garantir a vitória.
Seu mandato trouxe disciplina fiscal rigorosa e reformas de livre mercado para controlar a inflação, entusiasmando investidores, mas decepcionando seus antigos apoiadores de esquerda, que viram a desigualdade se agravar e o desemprego persistir.
Paz iniciou sua carreira política no partido de esquerda de seu pai, mas mais tarde, assim como o velho Paz, reformulou-se como um conservador comprometido com reformas pragmáticas e favoráveis a empresários. Começou como deputado na câmara baixa do Congresso antes de se tornar prefeito de Tarija, no sul do país, de 2015 a 2020. Desde então, tinha cargo de senador.
Tarija não acolheu seu ilustre prefeito: tanto no primeiro quanto no segundo turno das eleições presidenciais, o partido de Paz perdeu na região, mesmo tendo conquistado seis dos nove departamentos do país.
Como prefeito, modernizou o centro de Tairja com calçadões e vastas praças, que deixaram muitos moradores da classe trabalhadora se sentindo abandonados, enquanto a região rica em petróleo sofria com a queda nas receitas. As demissões de Paz no setor público para reduzir um déficit crescente enfureceram os sindicatos.
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De azarão a presidente eleito
Quando a campanha eleitoral boliviana começou no início de agosto, o senador de fala mansa de Tarija sequer foi selecionado para os primeiros debates televisionados. Seguranças foram chamados no primeiro debate, para remover um grupo de seus apoiadores que interromperam a transmissão ao vivo, levantando uma placa com as informações de contato de Paz para que ele pudesse ser convidado para o próximo.
Antes da eleição de 17 de agosto, ele estava nas pesquisas perto da última posição entre os oito candidatos. Em pequenas paradas de campanha nos planaltos andinos, teve dificuldade para lotar os auditórios.
Sua escolha do ex-capitão da polícia Edman Lara como companheiro de chapa foi quase acidental – solução de última hora após a primeira escolha de Paz ter desistido. Mas o "Capitão Lara", como é conhecido, turbinou a campanha de Paz, impulsionando a chapa à vitória em ambos os turnos eleitorais.
A história de Lara – demitido da polícia em 2023 por denunciar corrupção em vídeos virais no TikTok – ampliou a mensagem anticorrupção de Paz e repercutiu entre os moradores indígenas da classe trabalhadora das terras altas da Bolívia, que antes constituíam a base do partido Movimento ao Socialismo.
A dupla montou uma campanha ágil, cruzando cidades e comunidades rurais para promover eventos sem sofisticação e regados a cerveja com a mensagem de "capitalismo para todos". Servindo carne grelhada e economizando em outdoors sofisticados, eles contrastaram com o rico Quiroga e seu grande orçamento de campanha.
Apesar dos planos de Paz de eliminar subsídios aos combustíveis, desvalorizar a moeda boliviana e reduzir o investimento público, o tom populista de sua campanha convenceu os eleitores de que ele agiria em um ritmo palatável.
Eles também prometeram doações em dinheiro para os pobres e outros benefícios para amortecer o impacto dos cortes mais severos, apelando a um espectro de eleitores de um país diverso.
Alta inflação, escassez de combustível
A Bolívia está em meio a uma crise econômica, com inflação anual de 23% e escassez crônica de combustível.
Um dos principais desafios de Paz no início de seu mandato será encontrar uma saída para a crise do combustível e superar a grave escassez de dólares – resultado de grandes subsídios governamentais e da redução das exportações de gás –, ao mesmo tempo em que se controla o aumento do custo de vida.
Outro desafio é conseguir se tornar uma liderança de consenso e ganhar a confiança de uma sociedade que se encontra dividida. Uma análise dos resultados do segundo turno de domingo ilustra as divisões no país, com o leste, mais conservador e rico, apoiando amplamente o candidato de direita Jorge Quiroga, enquanto o oeste, mais empobrecido e com sua grande população indígena, apoiou Paz.
Segundo analistas, essas tendências apontam para um ressurgimento das tradicionais divisões entre o leste e o oeste, assim como entre as áreas urbanas e rurais.
Influência de Morales
O ex-presidente Evo Morales, impedido de concorrer novamente este ano, continua com influência, por ser ainda muito popular, especialmente entre os indígenas bolivianos.
Ele permanece um potencial fator desestabilizador, tendo lançado uma longa sombra sobre a campanha e, no primeiro turno, conseguiu que quase um em cada cinco eleitores anulasse seu voto devido à sua exclusão da eleição.
Mulher deposita voto: Paz teve maior apoio da população mais pobre e dos indígenasFoto: Claudia Morales/REUTERS
O ex-presidente também é alvo de um mandado de prisão por tráfico de pessoas devido a uma suposta relação sexual com uma menor – acusação que ele nega.
Recomeço nas relações com os EUA
Entre o primeiro turno e o segundo turno deste domingo, Paz visitou Washington, discursando em think tanks e expressando a convicção de que melhorar as relações com os Estados Unidos é necessário para o sucesso da Bolívia.
Isso pode marcar uma grande mudança para a Bolívia após anos de antipatia em relação aos Estados Unidos, que remonta a 2008, quando Morales expulsou a Agência Antidrogas dos EUA (DEA) e o embaixador americano. Desde então, a Bolívia se aliou à Venezuela e a outros governos de esquerda na região e a potências mundiais como China e Rússia.
Ainda no domingo, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou em um comunicado que a vitória de Paz "marca uma oportunidade transformadora para ambas as nações.
"Os Estados Unidos estão prontos para fazer parceria com a Bolívia em prioridades compartilhadas, incluindo o fim da imigração ilegal, a melhoria do acesso ao mercado para investimentos bilaterais e o combate a organizações criminosas transnacionais para fortalecer a segurança regional."
md/cn (AP, EFE, AFP)
O mês de outubro em imagens
Veja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Eyad Baba/AFP/Getty Images
Lula e Trump se reúnem para discutir tarifaço
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo americano, Donald Trump, reuniram-se pela primeira vez desde o início do mandato do republicano para discutir as tarifas de 50% impostas pela Casa Branca contra o Brasil, além das sanções que afetam autoridades brasileiras. Lula classificou o encontro como "positivo", embora não tenha resultado em um acordo para suspensão das medidas. (26/10)
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Ataques russos deixam três mortos na Ucrânia
Pelo menos três pessoas morreram e 17 ficaram feridas em bombardeios russos na Ucrânia. De acordo com o governo ucraniano, um socorrista morreu após um ataque com mísseis na cidade de Petropavlivska, na região de Dnipropetrovsk. Na mesma região, uma mulher também morreu e sete pessoas ficaram feridas. A Rússia também atacou a capital, Kiev, onde uma pessoa morreu e dez ficaram feridas. (25/10)
Foto: Yan Dobronosov/REUTERS
Trump envia maior porta-aviões do mundo à América Latina para pressionar Maduro
Em uma escalada sem precedentes das tensões militares entre Estados Unidos e Venezuela desde que o governo de Donald Trump deflagrou sua guerra ao narcotráfico, o maior navio de guerra do mundo – o porta-aviões USS Gerald R. Ford – agora navega em direção ao Mar do Caribe. Ele se soma a oito navios de guerra, um submarino nuclear e caças F-35 já na região. (24/10)
Lula confirma que irá disputar quarto mandato em 2026
De passagem pela Indonésia, onde se reuniu com o seu homônimo Prabowo Subianto (foto), Lula confirmou que deve se candidatar à reeleição e disputar um quarto mandato presidencial no pleito de 2026. Prestes a completar 80 anos, ele disse ter "a mesma energia de quando tinha 30 anos de idade". (23/10)
Foto: Willy Kurniawan/REUTERS
CIJ insta Israel a abrir passagem para ajuda humanitária em Gaza
A Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, decidiu que Israel deve abrir passagem de ajuda humanitária em Gaza, enfatizando que é preciso fornecer aos palestinos "necessidades básicas" essenciais à sobrevivência. O chamado "parecer consultivo" da CIJ não é juridicamente vinculativo, mas o tribunal acredita que tem "grande peso jurídico e autoridade moral" para a decisão. (22/10)
Foto: Koen van Weel/ANP/AFP/Getty Images
Milhares protestam em Berlim contra fala de Merz sobre imigração
Milhares protestaram em frente à sede da CDU, partido do chanceler alemão Friedrich Merz, em Berlim, após ele associar imigrantes a um "problema da paisagem urbana". Mais tarde, ele rejeitou críticas de que sua fala teria teor racista. "Perguntem às suas filhas, vocês terão uma resposta clara", afirmou. Como forma de reação, o protesto foi convocado sob o nome "Nós Somos as Filhas". (21/10)
Foto: Lilli Förter/dpa/picture alliance
Ibama autoriza Petrobras a explorar a Foz do Amazonas
A Petrobras obteve licença para prospectar petróleo em um poço localizado na bacia da Foz do Rio Amazonas. De acordo com a empresa, a sonda exploratória já se encontra na região e a perfuração está prevista para começar "imediatamente". Para críticos, a exploração trará impactos diretos ao meio ambiente. Ibama afirma que exigências ambientais foram atendidas. (20/10)
Foto: Panthermedia/IMAGO
Ladrões roubam joias "inestimáveis" do Louvre à luz do dia
Em ação espetacular que durou menos de dez minutos, criminosos invadiram museu parisiense usando um elevador de carga para acessar a Galerie d'Apollon, um salão abobadado na ala Denon que exibe parte das joias da Coroa da França. Grupo levou nove peças e fugiu de motocicleta. Um dos itens, uma coroa cravejada de diamantes e esmeraldas, foi recuperada na rua. (19/10)
Foto: Dimitar Dilkoff/AFP/picture alliance
Milhares saem às ruas nos EUA em protesto contra Trump
Com mais de 2,6 mil atos convocados em todos os 50 estados do país, cerca de 200 organizações chamaram americanos para protestar contra o que veem como uma escalada autoritária do presidente Donald Trump, sob o mote "No Kings" ("Sem reis"). Foi a terceira mobilização em massa desde o início do governo dele, desta vez em meio a uma paralisação do governo por falta de orçamento. (18/10)
Foto: Seth Harrison/Imagn Images/IMAGO
Trump e Zelenski se encontram na Casa Branca sob impasse sobre mísseis
O presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que seria prematuro fornecer a Kiev os mísseis americanos Tomahawk, frustrando a principal demanda levada pelo líder ucraniano, Volodimir Zelenski, a um encontro na Casa Branca. Segundo o americano, a guerra na Ucrânia poderia ser encerrada sem o emprego do armamento de longo alcance contra alvos no interior da Rússia. (17/10)
Foto: Win McNamee/Getty Images
Tumulto em velório do líder da oposição queniana deixa dois mortos
Duas pessoas morreram em Nairóbi depois que a polícia abriu fogo contra apoiadores que acompanhavam o velório do líder da oposição queniana, Raila Odinga, morto na quarta-feira. Agentes também lançaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que acompanhava a cerimônia. Centenas ainda tentaram invadir o parlamento, onde o governo havia inicialmente programado uma visitação pública. (16/10)
Foto: Andrew Kasuku/AP Photo/picture alliance
Trump concede medalha póstuma a Charlie Kirk
O presidente dos EUA, Donald Trump, concedeu postumamente ao ativista de direita Charlie Kirk a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil do país. Kirk foi morto a tiro em 10 de setembro passado durante um evento universitário no estado de Utah. A medalha foi entregue à viúva de Kirk, Erika, durante cerimônia nos jardins da Casa Branca. (15/10)
Foto: Kevin Dietsch/Getty Images
Hamas devolve mais 4 corpos a Israel, que limita ajuda a Gaza
Na Faixa de Gaza, a fome aflige mais de meio milhão de palestinos, mas caminhões com mantimentos ainda não foram autorizados a entrar no território na quantidade máxima prevista. O Hamas entregou mais quatro corpos de reféns mortos após Israel anunciar que limitará o fluxo de ajuda humanitária, afirmando que o plano de paz não está sendo respeitado pela organização islamista. (14/10)
Foto: Eyad Baba/AFP/Getty Images
Trump e líderes árabes assinam acordo de paz para Gaza
Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia assinaram uma declaração como garantidores do acordo de paz em Gaza, dias após o início da trégua entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas. "Juntos, conseguimos o que todos diziam ser impossível. Finalmente, temos paz no Oriente Médio", disse Donald Trump em um discurso dirigido aos líderes internacionais reunidos no encontro, no Egito. (13/10)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Ajuda chega a Gaza após garantia de liberação de reféns
Grupos de ajuda humanitária intensificaram os esforços de socorro a Gaza, devastada por dois anos de guerra. Os envios foram autorizados após o Hamas confirmar que seguirá o cronograma de libertação de reféns. Diante do quadro de fome generalizada causado pelo bloqueio imposto por Israel, entidades se preparam para enviar cerca de 600 caminhões com alimentos e suprimentos médicos por dia. (12/10)
Foto: Stringer/REUTERS
Protestos pró-palestinos se espalham pela Europa
Manifestantes pró-palestinos marcharam por várias cidades da Europa no segundo dia de cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza. Milhares de pessoas ocuparam as ruas de Londres, Berlim e Viena. Em Berna, na Suíça, houve confrontos com a polícia. Em Tel Aviv, israelenses comemoraram o acordo de paz com gritos pró-EUA. (11/10)
Foto: Jaimi Joy/REUTERS
Palestinos iniciam retorno ao norte de Gaza após cessar-fogo
Dezenas de milhares de palestinos caminham rumo ao norte de Gaza para retornar às suas casas, após o exército israelense recuar de suas posições como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, que entrou em vigor ao meio-dia (horário local). Um intenso bombardeio ainda foi registrado no território durante a manhã. A expectativa é que os reféns sejam libertados até segunda-feira. (10/10)
Foto: Eyad Baba/AFP
Milhares se reúnem para comemorar cessar-fogo em Gaza
Milhares de pessoas tomaram as ruas de Tel Aviv para comemorar o acordo que propõe colocar fim à guerra entre Israel e o grupo radical palestino Hamas. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ratificou o texto e deve recuar suas tropas. A expectativa é que 20 reféns israelenses sejam devolvidos até segunda-feira. (09/10)
Foto: Ilia Yefimovich/dpa/picture alliance
Israel e Hamas firmam 1ª fase do acordo de paz em Gaza
Representantes de Israel e do grupo islamista Hamas concordaram com a primeira fase do plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê um cessar-fogo no conflito na Faixa de Gaza. A resolução prevê a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos (08/10).
Foto: Hassan Jedi/Anadolu Agency/IMAGO
Guerra entre Israel e Hamas completa dois anos
Em 7 de outubro de 2023, combatentes do Hamas realizaram um ataque-relâmpago contra Israel, matando quase 1,2 mil pessoas e sequestrando outras 251. Reação israelense deu início à guerra na Faixa de Gaza, onde, depois de dois anos, mais de 66 mil palestinos morreram em meio ao conflito, segundo Ministério da Saúde local administrado pelo Hamas. (07/10)
Foto: Chris McGrath/Getty Images
Premiê da França renuncia após menos de um mês no cargo
O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu apresentou sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron, que a aceitou, após a oposição ameaçar derrubar o novo governo. A renúncia inesperada e sem precedentes aprofunda ainda mais a crise política na França, causada pela falta de uma maioria para Macron na Assembleia Nacional. (06/10)
Foto: Eliot Blondet-Pool/SIPA/picture alliance
Síria realiza a primeira eleição pós-ditadura
Após mais de 50 anos de ditadura e uma década de guerra civil, a Síria realizou suas primeiras eleições parlamentares. Mas o processo de votação está longe de ser simples – e está repleto de controvérsias e polêmicas. Nem todos os sírios foram às urnas. Também não houve partidos políticos. Os votos foram emitidos por vários comitês, razão pela qual a eleição é descrita como "indireta". (05/10)
Foto: Mahmoud Hassano/REUTERS
Japão prestes a eleger a primeira mulher para comandar o país
O Partido Liberal Democrático (PLD), que governa atualmente o Japão, escolheu a conservadora linha-dura Sanae Takaichi como líder da legenda, abrindo caminho para ela se tornar a primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra do país. (04/10)
Foto: Kim Kyung-Hoon/POOL/AFP/Getty Images
Nos 35 anos da reunificação, Merz pede união frente a autocracias
No dia em que a reunificação da Alemanha completa 35 anos, o chanceler federal Friedrich Merz fez um apelo por união em meio a mudanças na ordem econômica mundial e à ascensão de autocracias. "Vamos fazer um esforço conjunto por uma nova união em nosso país", disse em Saarbrücken, falando a uma plateia que incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron. (03/10)
Foto: Jean-Christophe Verhaegen/AFP
Ataque perto de sinagoga deixa 2 mortos no Reino Unido
Duas pessoas morreram e três ficaram feridas após um agressor dirigir contra um grupo de pedestres e esfaquear um segurança próximo a uma sinagoga em Manchester, na Inglaterra. O incidente ocorreu no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer ordenou que a segurança de sinagogas em todo o Reino Unido seja reforçada. (02/09)
Foto: Peter Byrne/PA/AP Photo/picture alliance
Israel intercepta flotilha humanitária rumo a Gaza
A flotilha internacional que transportava ajuda humanitária e cerca de 500 ativistas de vários países rumo à Faixa de Gaza, incluindo a sueca Greta Thunberg e um grupo de brasileiros, foi interceptada por navios militares israelenses. O Ministério do Exterior de Israel disse que "Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis" e foram levados para um porto em Israel. (01/10)