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Carolina do Sul remove bandeira confederada

10 de julho de 2015

Controverso símbolo associado ao racismo nos EUA será transferido de área governamental para museu, após polêmica gerada em seguida ao atentado a igreja em Charleston.

Foto: Getty Images/S. Rayford

A controversa bandeira confederada, considerada símbolo de racismo e do orgulho sulista nos Estados Unidos, será removida nesta sexta-feira (10/07) da área do capitólio da Carolina do Sul. O estandarte acendeu um debate acalorado após o recente ataque contra nove negros numa igreja do estado.

"Vamos retirá-la com dignidade e garantiremos que seja armazenada em local legítimo", disse Nikki Haley, governadora da Carolina do Sul, ao aprovar a legislação para a remoção nesta quinta-feira.

A bandeira confederada é formada por uma cruz azul com estrelas brancas contra um fundo vermelho, que remonta ao tempo da escravidão e foi usada pelos estados do sul separatista durante a Guerra Civil dos Estados Unidos, de 1861 a 1865.

A bandeira será transferida do capitólio para um museu militar na capital da Carolina do Sul, Columbia, onde será exposta ao lado de outros artefatos usados por soldados confederados há 150 anos.

Haley aprovou a realocação do símbolo após um ataque a uma igreja da comunidade negra de Charleston, em 17 de junho. Um site aparentemente criado pelo acusado do tiroteio – Dylann Roof, de 21 anos – inclui um manifesto enaltecendo a supremacia branca e fotografias do jovem segurando a bandeira confederada e uma arma.

A bandeira ficou hasteada no topo do capitólio da Carolina do Sul de 1961, por ocasião dos 100 anos da Guerra Civil dos EUA, a 2000, quando foi transferida para um memorial da guerra próximo à entrada da câmara estadual.

Haley afirmou que a remoção de símbolos que se tornaram divisionistas é a coisa certa a fazer em relação aos familiares dos mortos na igreja de Charleston.

LPF/ap/rtr

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