Outras 140 ficam feridas na explosão, realizada por militantes do "Estado Islâmico" em local que concentra refugiados da guerra civil. Estrada onde ocorre ataque era a usada por EI para abastecer zonas que controlava.
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Ao menos 75 pessoas morreram e outras 140 ficaram feridas num atentado realizado pelo grupo extremista "Estado Islâmico” (EI) numa área que concentra refugiados da guerra na região de Deir ez-Zor, na Síria, anunciou neste domingo (05/11) o Observatório Sírio de Direitos Humanos, órgão sediado em Londres.
A explosão ocorreu numa zona situada entre os campos de gás de Koniko, a maior jazida do país, e Al Yafra, às margens do rio Eufrates.
O Observatório havia informado no sábado que o atentado tinha deixado dezenas de vítimas, mas não ofereceu números sobre mortos e feridos.
Segundo a ONG, o atentado, realizado com um carro-bomba, causou também a morte de dois membros das Forças Democráticas Sírias, lideradas por milícias curdas e que contam com o apoio dos Estados Unidos.
O Observatório acrescentou que a estrada onde aconteceu o ataque era usada pelo grupo terrorista para o transporte de mercadorias e alimentos às zonas que controlava.
O bloqueio desta via de provisões provocou o encarecimento de até 300% dos preços dos produtos nas regiões ainda controladas pelos jihadistas.
O Observatório indicou que centenas de pessoas fugiram dos combates em Deir ez-Zor e não conseguem chegar aos acampamentos de deslocados porque as forças atuantes na zona não lhes dão passagem, por não conseguir identificar se entre os civis se escondiam jihadistas.
Atualmente, o Exército sírio e as Forças Democráticas Sírias realizam ofensivas contra o EI em pontos diferentes da província de Deir ez-Zor, região fronteiriça com o Iraque.
MD/lusa/efe
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Aleppo antes e depois da guerra na Síria
A cidade síria era uma metrópole vibrante e popular entre os turistas, além de ser o centro econômico do país. Hoje, o leste de Aleppo está em ruínas. Imagens mostram os efeitos da guerra civil.
Grande Mesquita de Aleppo (antes)
Em 2010, as insurreições no mundo árabe ainda não haviam chegado à Síria e à famosa Grande Mesquita de Aleppo. Construído no ano 715, o local de culto é considerado um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade.
Foto: Reuters/K. Ashawi
Grande Mesquita de Aleppo (depois)
A mesquita foi seriamente danificada nos combates em 2013. Do século 11, o minarete foi destruído em 24 de março de 2013. Hoje, a joia histórica lembra mais uma ruína abandonada.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Hamam El Nahasin (antes)
No outono de 2010, visitantes podiam descansar após um longo banho neste hamam – também conhecido como banho turco – localizado na parte antiga da cidade de Aleppo.
Foto: Reuters/K. Ashawi
Hamam El Nahasin (depois)
Seis anos depois, o hamam não irradia mais tranquilidade e relaxamento, mas sim as consequencias da guerra.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Cidadela (antes)
A cidadela de Aleppo é uma das maiores e mais antigas fortalezas do mundo. Grande parte dos edifícios data do século 13.
Foto: Reuters/S. Auger
Cidadela (depois)
Grande parte da antiga atração turística foi destruída. Hoje, a edificação se destaca com um ar sombrio na parte velha da cidade.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Cidade Antiga (antes)
Cercadas por luzes coloridas, pessoas aproveitam o início da noite em cafés localizados na parte antiga da cidade de Aleppo, em 24 de novembro de 2008.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Cidade Antiga (depois)
Em 13 de dezembro de 2016, a parte antiga da cidade de Aleppo se transformou em ruínas.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Centro comercial Shahba (antes)
Presentes fazem parte da decoração de Natal do shopping Shahba, em dezembro de 2009. O centro comercial de cinco andares foi inaugurado em 2008 e era um dos maiores do país.
Foto: Reuters/K. Ashawi
Centro comercial Shahba (depois)
"Permanentemente fechado" diz uma mensagem quando alguém digita o nome do shopping no Google. O centro comercial foi seriamente atingido por ataques aéreos em 2014.
Foto: Reuters/A. Ismail
Mercado al-Zarab (antes)
A iluminação da entrada do mercado localizado na parte antiga de Aleppo ainda reluzia em 2008.
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Mercado al-Zarab (depois)
Em dezembro de 2016, vê-se a entrada do mercado quase totalmente destruída.