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Carros alemães aceleram nos Estados Unidos

(as)11 de janeiro de 2006

Montadoras alemãs querem aproveitar a crise da GM e Ford para crescer no mercado norte-americano. Para este ano, os alemães esperam superar pela primeira vez a marca de um milhão de carros vendidos nos EUA.

Dieter Zetsche, da DaimlerChrysler, na premiere mundial do GL em DetroitFoto: AP

Se a projeção se confirmar, a fatia made in germany no maior mercado de automóveis do mundo passará de 5,1% para cerca de 6% em 2006. O objetivo foi anunciado pelo presidente da Federação da Indústria Automotiva alemã, Bernd Gottschalk, durante o Salão do Automóvel de Detroit. No ano passado, foram vendidos 870 mil veículos de marcas alemãs nos Estados Unidos, num mercado total de 17 milhões de unidades.

Para Gottschalk, os velhos motores a diesel e os novos carros híbridos irão acelerar o mercado norte-americano este ano. Em ambos os casos, o crescimento está relacionado à alta dos preços da gasolina e às crescentes exigências de eficiência pelos consumidores.

Institutos de Pesquisa dos EUA divulgaram estudos mostrando que, até 2012, os carros a diesel ocuparão 7,5% do mercado, ante os atuais 3,2%. No caso dos híbridos, o salto é ainda maior: de 1,2% para 5%.

Bluetec e Roadjet

Alguns dos trunfos alemães na batalha pelos consumidores norte-americanos foram apresentados em Detroit. A Mercedes montou um estande todo azul para destacar o Bluetec, que o presidente do conglomerado, Dieter Zetsche, apresenta como o diesel mais limpo do mundo. A tecnologia desse combustível deverá equipar carros da DaimlerChrysler no segundo semestre do ano e significará uma nova chance para o diesel frente às rígidas normas antipoluição norte-americanas.

O destaque para o Bluetec é tamanho que encobre até as estrelas naturais da feira, como o GL, o SUV que a Mercedes apresentou ao mundo em Detroit com um show pirotécnico. O GL é direcionado ao mercado norte-americano e o plano da Mercedes é equipá-lo com um motor diesel Bluetec no futuro. Ao menos o GL 320 Bluetec já existe como protótipo.

Já a Audi trouxe para Detroit o Roadjet, que saiu das pranchetas da equipe chefiada pelo designer Walter de Silva. Com cinco portas, 4,70 metros de comprimento, 1,85 metro de largura e 1,55 metro de altura, o novo modelo é o que há de mais atual no design da montadora e se posiciona entre o A4 e o A6.

Eficiência asiática

Os planos dos alemães para os Estados Unidos são até modestos, se comparados ao sucesso dos asiáticos. A Toyota deu um show em 2005: crescimento de 11% nas vendas sobre o ano anterior, ultrapassando pela segunda vez na história a marca de dois milhões de unidades vendidas. A montadora japonesa atua há 48 anos nos EUA.

O bom momento japonês contrasta com a péssima situação da Ford e General Motors, os dois maiores ícones da indústria automotiva norte-americana. A Ford, que vendeu 4% menos carros em 2005 do que em 2004, pretende eliminar 30 mil postos de trabalho e fechar dez fábricas. "Serão cortes doloridos", afirmou o presidente Bill Ford Jr.

O mesmo acontece na GM: queda de 7% nas vendas, corte de 30 mil empregos e 12 fábricas na lista para serem fechadas. A montadora registrou prejuízo de 4,8 bilhões de dólares nos primeiros nove meses de 2005 e alcançou recorde negativo histórico de participação no mercado: apenas 26%.

A única das três grandes montadoras norte-americanas a mostrar resultados positivos é a Chrysler, do grupo DaimlerChrysler. Pela primeira vez, a montadora ultrapassou a marca de quatro milhões de unidades vendidas, incremento de 4% nas vendas em relação a 2004.

Roadjet, estrela no estande da AudiFoto: AP
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