Carros elétricos podem custar 10 mil empregos na Volks
29 de outubro de 2016
Veículos elétricos possuem menos componentes do que os carros com motores a combustão, o que, segundo executivo, vai gerar milhares de cortes de vagas na montadora alemã nos próximos anos.
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A Volkswagen planeja cortar mais de 10 mil postos de trabalho em todo o mundo nos próximos anos ao mudar o foco da empresa para a fabricação de carros elétricos, na esteira do escândalo de emissões de carros a diesel, afirmou um executivo da montadora alemã.
"Não se trata de cortar algumas centenas de postos de trabalho", afirmou Karlheinz Blessing, diretor de recursos humanos da Volkswagen, na edição deste sábado (29/10) do jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ). "Ao longo dos anos, isso equivalerá a um número de cinco dígitos em todo o mundo."
Veículos com motores elétricos possuem menos componentes do que os carros com motores a combustão. "Por isso, precisamos a longo prazo de menos funcionários para a linha de produção", afirmou Blessing.
Isso, segundo ele, ocorreria também mesmo se o escândalo de manipulação de softwares que medem a emissão de gases de veículos a diesel não tivesse acontecido. "Agora, a pressão para agir é maior", declarou.
Ele reiterou o compromisso do conselho da empresa que não haverá demissões forçadas. "Mas nós vamos reduzir o número de funcionários", contou. "É apenas uma questão de tempo até que a demanda por determinados componentes diminua", afirmou.
Na Volkswagen, representantes dos trabalhadores e o conselho da empresa discutem há semanas sobre a reestruturação do grupo e o impacto dos veículos elétricos sobre os empregos na montadora. A empresa tem planos de desenvolver e fabricar mais de 30 novos carros elétricos em 2025.
O grupo Volkswagen emprega mais de 620 mil pessoas do mundo, 280 mil delas na Alemanha.
FC/afp/faz/ots
Dez fatos sobre a autobahn
O carro é tão importante para os alemães que eles inventaram um tipo de rodovia onde podem andar livres de semáforos, ciclistas e pedestres. Veja algumas particularidades das autoestradas alemãs.
Foto: picture-alliance/dpa
Autobahn
A "Autobahn" (= via para carros) tem, tradicionalmente, ao menos duas faixas de tráfego em cada sentido e é restrita a veículos a motor que andem a no mínimo 60 km/h. Não há cruzamentos de veículos na via, e as saídas sempre são para a direita (com uma exceção perto de Stuttgart). Em geral, a pavimentação tem o dobro da espessura de rodovias em outros países.
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A mais velha
A primeira autobahn pública começou a ser construída em 1929. É a A555, que liga Colônia a Bonn, no oeste do país. Sua inauguração foi em 1932, um ano antes da nomeação de Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.
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Sem limites
A Alemanha é o único país da Europa sem limite de velocidade em suas autoestradas. Existe uma velocidade recomendada de 130 km/h, que atinge praticamente 50% das autobahnen (plural de autobahn). Por questões de riscos à segurança, um terço tem limitação de velocidade e, nas demais, a limitação entra em vigor conforme as condições do tempo e do trânsito.
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Milhares de quilômetros
A rede de rodovias expressas da Alemanha tem uma extensão de 13 mil km (dado de 2015). Juntando-se todas, poderia-se ligar Hamburgo a Santiago do Chile. A autobahn mais longa é a A7, com 962 km.
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Identificação por números
As autoestradas alemãs são identificadas pela letra A e por um número. As que vão de norte a sul geralmente têm números ímpares, e as de oeste para leste, pares.
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Pouso e decolagem
Há trechos das autobahnen especialmente preparadas para serem usadas por aviões militares. Isso aconteceu já na 2ª Guerra Mundial, quando muitos aeroportos estavam destruídos. Na Guerra Fria, mais trechos foram preparados para eventuais operações da Otan.
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Em fila
Segundo o automóvel clube Adac, o ano de 2015 foi recorde, com 568 mil engarrafamentos, somando 1,1 milhão de quilômetros de extensão. Daria para fazer 28 voltas em torno do planeta. Apesar das informações sobre problemas no trânsito passadas pelo rádio a cada meia hora, os motoristas ficaram um total de 341 mil horas presos em congestionamentos.
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Engavetamentos
Em outubro de 1990 aconteceu um dos maiores acidentes em uma rodovia alemã. Um engavetamento devido a um nevoeiro na A9 em Münchberg envolveu 170 veículos, entre os quais seis ônibus e oito caminhões. Dez pessoas morreram e 123 ficaram feridas. O maior engavetamento da história foi em 2009, quando 259 automóveis se envolveram num acidente perto de Hanover. Ninguém morreu na ocasião.
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Pedágios
Desde 2005, a Alemanha tem um sistema de pedágio obrigatório para caminhões pesados. A Toll Collect, um empreendimento conjunto liderado pela Deutsche Telekom, Daimler Financial Services e a francesa Cofiroute, é responsável pelo sistema de cobrança, que envolve o uso de transponders a bordo dos veículos e também sensores instalados nas autoestradas de todo o país.
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Serviço e religião
Além das áreas de descanso e de serviço, com brinquedos, postos de gasolina e restaurantes, ao longo das rodovias alemãs há capelas e igrejas para descanso e reflexão dos viajantes.