1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Eletromobilidade

15 de setembro de 2011

O Salão de Frankfurt tem este ano um pavilhão dedicado à eletromobilidade, com produtos da cadeia de produção de carros elétricos e empresas pouco conhecidas no ramo automotivo, mas que investem no futuro do setor.

O compacto Smart ganhou uma versão elétricaFoto: DW

Eletromobilidade é este ano o tema central da maior feira automobilística do mundo. O Salão do Automóvel de Frankfurt, que abriu suas portas nesta quinta-feira (15/09), traz, pela primeira vez, um pavilhão inteiro dedicado só ao tema. O espaço exibe estandes com produtos que abrangem todos os elos da cadeia produtiva de um carro elétrico, e onde estão também empresas cujos nomes são pouco conhecidos como fornecedoras da indústria automotiva, mas que estão investindo muito em propulsão elétrica.

É o caso da multinacional Siemens, sediada em Munique. "Para nós é, claro, uma grande satisfação poder estar de novo presente no Salão de Frankfurt depois de muitos anos", disse o executivo Michael Valentine-Urbschat, em entrevista à Deutsche Welle. Ele é diretor da divisão de tecnologia de propulsão para carros elétricos da Siemens. A gama de produtos de seu departamento inclui desde a propulsão elétrica até a recarga de baterias, passando pela gestão inteligente de energia e tráfego até a produção de energias renováveis.

Nova abordagem

O Jetflyer é uma moto elétrica com quatro rodas que já é sucesso em países árabesFoto: Katarzyna von Heinemann

Pela primeira vez no Salão do Automóvel de Frankfurt, um pavilhão inteiro é dedicado a produtos de toda a cadeia produtiva de um carro elétrico. De acordo com o presidente da Associação da Indústria Automotiva Alemã (VDA), Matthias Wissmann, essa é uma "nova abordagem que apoia e complementa as soluções de mobilidade elétrica apresentadas nos estandes".

Uma pioneira dessa indústria se alegra especialmente: a empresa alemã de médio porte German E-Cars apresentou no último Salão do Automóvel de Frankfurt, em 2009, um protótipo de seu carro elétrico. Ao contrário da maioria dos grandes fabricantes de automóveis, o veículo está pronto para produção em série e já encontra compradores satisfeitos.

"Já há pessoas que usam nosso carro para fazer 100 quilômetros até o trabalho, têm lá uma possibilidade de recarga e dirigem 100 quilômetros de volta para casa", diz Frank Laaber, diretor da German E-Cars. Ele conta que um cliente já rodou 20 mil quilômetros com o modelo "Stromos", que já vendeu cerca de 180 unidades desde julho do ano passado. "E o proprietário diz que já não é um segundo carro e sim o primeiro carro da família, porque ele só precisa do carro a gasolina para viagens longas", disse Laaber.

'Carrões' como o BMW i8 também estão em FrankfurtFoto: DW/Viacheslav Yurin

A polícia de Dubai tem veículos elétricos

A empresa de E-Volution, de Berlim, está presente no pavilhão dos veículos elétricos com o Jetflyer, um tipo especial de veículo elétrico. "Basicamente, é uma moto de quatro rodas que não tomba", diz Andreas von Heinemann, da distribuidora do Jetflyer. Quem inventou o veículo foi um amigo dele, o austríaco Michael Ritt.

Ritt relata com orgulho o sucesso de vendas do modelo em regiões distantes do mundo. "No mundo árabe os nossos veículos são muito populares", garante, acrescentando que a polícia em Abu Dhabi e Dubai usa o Jetflyer para monitorar o trânsito. "A onda verde também chegou a Abu Dhabi. E os nossos clientes querem ser rápidos, flexíveis e silenciosos no trânsito."

Baterias caras

O coração dos carros elétricos é a bateria, que ainda é bastante cara. Até demais, segundo Roland Mueller, especialista em baterias de alta tecnologia de íon lítio. "Você tem que sempre considerar a economia de escala, ou seja, se você produzir maiores quantidades, o preço automaticamente baixará", diz. "Também devemos encontrar caminhos de produção mais rentáveis e efetivos", acrescenta Mueller. "Não existe ainda uma produção em massa", justifica.

A Evonik é uma prova de que muitas companhias estranhas ao ramo também apostam na eletromobilidade. Especializada em produtos químicos especiais, a Evonik está de olho na indústria automotiva. "Cerca de 10% do nosso faturamento total vem para aplicações automotivas: baterias, plásticos e aditivos diversos. Também a tinta do veículo contém ingredientes nossos", enumera o diretor da empresa, Klaus Hedrich.

Assim como outros expositores, a Evonik espera ampliar o faturamento com os carros elétricos. Já Laaber, da German E-Cars, vai além. "Queremos mostrar aqui e agora que estamos, na Alemanha, a caminho da liderança de mercado na área de veículos elétricos".

Autor: Klaus Ulrich (md)
Revisão: Alexandre Schossler