Complexo Paisley Park, em Minnesota, será aberto ao público no início de outubro. Visitantes poderão conhecer estúdios, clube privado e quartos de luxo da casa do cantor americano, que morreu em abril.
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A casa e o estúdio do cantor americano Prince, que morreu em abril, em Minnesota, nos Estados Unidos, serão transformados em museu. O complexo conhecido como Paisley Park, na cidade de Chanhassen, abrirá suas portas para visitantes a partir de 6 de outubro.
"Abrir o Paisley Park [ao público] era uma coisa que Prince sempre quis fazer e estava trabalhando ativamente nisso. Apenas algumas centenas de pessoas tiveram a rara oportunidade de visitar a propriedade enquanto ele era vivo", afirmou a irmã do músico, Tyka Nelson.
De acordo com a Bremer Truste, entidade encarregada de controlar a herança do músico, será permitida a entrada de grupos de até 30 pessoas, por visita guiada. Durante 70 minutos, os visitantes poderão conhecer uma parte do complexo que possui 5 mil metros quadrados.
"As visitas guiadas conduzirão o público através dos corredores de Paisley Park, incluindo o estúdio de gravação e mixagem onde Prince gravou, produziu e mixou a maioria de seus grandes sucessos", diz o plano da Bremer Truste.
Os visitantes conhecerão também os quartos de luxo onde o cantor montava seus clipes e realizava ensaios, além da sala NPG, o clube privado de Prince. Durante o percurso, o grupo poderá apreciar diversos objetos do artista, como roupas usadas em shows e instrumentos musicais, e ainda ter acesso a vídeos domésticos e gravações inéditas.
A entrada para o Paisley Park custará pouco mais de 38 dólares. A PP Management, subsidiária da Graceland Holdings LLC, que controla a antiga residência de Elvis Presley em Memphis, foi contratada para administrar o museu na casa de Prince.
O projeto para a abertura do museu prevê a ampliação das vagas de estacionamento em Paisley Park, das atuais 90 para 140. Hotéis nas proximidades da residência devem ser construídos para a hospedagem de turistas. A entidade espera receber cerca de 2 mil visitantes diariamente.
Prince foi encontrado morto no elevador de sua residência em Paisley Park no dia 21 de abril deste ano. Posteriormente, investigações revelaram que o músico morreu de uma overdose acidental de opioides.
CN/efe/lusa
A curta trajetória de Amy Winehouse
Para o seu documentário sobre a cantora, o diretor britânico Asif Kapadia encontrou imagens reveladoras de Winehouse. São fotografias que mostram uma jovem e frágil mulher.
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Dunham
Excessos e fragilidade
Amy foi uma jovem divertida, com senso de humor, e uma cantora de talento fora do comum. A britânica viveu uma vida digna de um drama, alcançando enorme sucesso, mas sucumbindo de forma fatal. O documentário do diretor britânico Asif Kapadia, o mesmo do premiado "Senna", já estreou nos cinemas europeus. Ele ainda não tem data para entrar no circuito brasileiro.
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Dunham
Cachos negros e cílios longos
Mesmo que o filme de Kapadia se concentre pouco na história da artista antes de atingir o sucesso, o documentário ilustra, com fotos até então desconhecidas, trechos sobre a juventude de Amy no norte de Londres. De origem judaica, a artista viu os pais se separarem quando tinha nove anos. Nesta foto não datada, Amy mostra que já era pensativa desde criança.
Foto: picture-alliance/dpa/PROKINO Filmverleih
Juventude rebelde
Também presente no documentário, a imagem acima mostra Amy nos tempos de escola. Excêntrica, a britânica nunca se adaptou totalmente aos colégios por qual passou – cinco, no total. A faculdade no Londoner Theater School também foi interrompida depois de um ano. Porém, a música já tinha um papel importante na vida da cantora, que começou a escrever as primeiras canções na época de colégio.
Foto: picture-alliance/dpa/PROKINO Filmverleih
A conquista da Inglaterra
Amy dizia que só era capaz de compor músicas baseada em experiências próprias. Aos 19, ela assinou o primeiro contrato com uma gravadora. Com exceção de duas faixas, a cantora escreveu todas as letras do primeiro álbum, “Frank". O disco foi um sucesso na Inglaterra e a catapultou para o sucesso. Em 2004, a maquiagem de sombra já era uma marca registrada da cantora – porém, mais discretamente.
Foto: Getty Images/B. Vincent
A filhinha do papai
Em 2004, Amy se apresentou em um festival em Wimbledon. As imagens daquele concerto mostram uma artista ainda inocente. Na época, o pai, Mitch, assessorava a carreira da britânica.
Foto: Getty Images/B. Vincent
Sucesso com visual retrô
O reconhecimento internacional veio em 2007, com “Back to Black”. O segundo álbum da cantora alcançou o topo das paradas de 14 países. Simultaneamente, Amy assumia o visual retrô, com tatuagens extensas e o coque típico das divas do soul. Naquele ano, a britânica se apresentou em festivais pelo mundo e excursionou em seu país natal. Porém, em novembro, os problemas com o alcoolismo viriam à tona.
Foto: Getty Images/G. Cattermole
Prêmios e honrarias
Em novembro de 2007, Amy foi se apresentou em Munique pelo MTV Europe Music Awards. De quebra, ela ainda levou o prêmio na categoria “Artist’s Choice”. Durante oito anos, a artista esteve no centro da indústria fonográfica, tendo gravado dois álbuns. Mesmo com a morte de Amy, em 2011, hits como “Back to Black” e “Rehab” fazem dela uma cantora eterna.
Foto: Getty Images/MTV
Escândalos e abusos
Amy Winehouse ganhou vários Grammys, e suas canções dominaram por muito tempo as paradas internacionais. Entretanto, a partir de 2007, a cantora começou figurar mais e mais nas manchetes dos tabloides por causa da sua predileção por álcool e drogas. A foto acima mostra Amy durante um show em Dublin, na Irlanda.
Foto: Getty Images/S. Hussein
Afundando no vício
Logo depois do ápice, veio a queda. Amy não conseguia se livrar do nocivo relacionamento com Blake Fielder-Civil, com quem foi casada entre 2007 e 2009. Segundo boatos, Blake teria levado a esposa a drogas pesadas e impedido mais de uma vez que ela se internasse em clínicas de reabilitação. As interferências do empresário e do pai também fizeram Amy tomar uma série de decisões questionáveis.
Foto: Getty Images/M. Buckner
O lado negro do sucesso
No fim de 2007, Amy era a mulher mais bem paga do show business do Reino Unido. Na cerimônia do Grammy, um ano depois, ela levaria nada menos que cinco estatuetas. A participação da cantora, contudo, teve de ser feita por vídeoconferência, já que a britânica havia tido problemas para tirar o visto para os EUA por causa de incidentes com drogas.
Foto: Getty Images
Apoio a Nelson Mandela
No festival em comemoração aos 90 anos de Nelson Mandela, no Hyde Park de Londres, Amy se apresentou sem grandes problemas. O show também serviu para prestar apoio às iniciativas, fomentadas pelo sul-africano, de prevenção à Aids e promoção da saúde. Porém, a própria saúde de Amy se manteve instável, o que fez com que ela fizesse poucos shows em 2008.
Foto: Shaun Curry/AFP/Getty Images
Sobrevivendo de lampejos
Em 2008, Amy Winehouse se mostrava cada vez mais vítima da autodestruição. Por causa do vício, ela se tornou bulímica, aparentando uma fragilidade crescente. Ainda assim, nenhuma cantora do mundo vendeu tantos álbuns entre 2007 e 2008.
Foto: picture-alliance/dpa
No tribunal
De janeiro a agosto de 2009, Amy se internou em uma clínica de reabilitação em Santa Lúcia, no Caribe. O pai continuava a apoiando, mas a artista praticamente não se apresentava mais. Em julho de 2009, ela teve de ir ao tribunal, em Londres, responder por uma agressão a uma fã. Na ocasião, Amy aparentava seriedade, trajando um colar de pérolas e um belo penteado.
Foto: Getty Images/AFP/S. Curry
Perdendo o equilíbrio
Amy continuou longe dos palcos. Em janeiro de 2010, ela teve de ir novamente a tribunal por ter agredido um gerente de teatro de Milton Keynes, na Inglaterra. A cantora se declararia culpada.
Foto: dapd
Esperança e declínio
Em 2011, a cantora finalmente, conseguiu se apresentar novamente. O retorno, por sinal, aconteceu em Florianópolis, em janeiro daquele ano. Na apresentação, Amy interpretou, pela primeira vez em cinco anos, novas canções – que deveriam entrar no seu terceiro disco. A estreia da turnê europeia, porém, terminou em desastre, com a cantora bêbada e mal conseguindo se manter em pé.
Foto: picture-alliance/AP Photo/N. Goulart
O trágico fim
Depois disso, a cantora perdeu as últimas energias que ainda a faziam ter esperança de voltar aos palcos. Por fim, há quatro anos, em 25 de julho de 2011, Amy foi encontrada sem vida em seu apartamento, em Londres. A causa mortis foi uma intoxicação alcoólica. Muitos, porém, acreditam que a pressão da indústria fonográfica teve culpa na morte precoce da cantora – que tinha apenas 27 anos.
Foto: picture-alliance/dpa
Monumento em memoria a uma grande cantora
Ano passado, Mitch Winehouse inaugurou um memorial à filha, localizado na estação londrina de Campten Town. Para o filme de Asif Kapadia, Mitch forneceu um extenso material. O resultado, porém, não o agradou. Segundo ele, o filme retrata Amy de forma equivocada. Kapadia, por sua vez, apenas tentou prestar uma homenagem a uma inesquecível cantora.