Casos de coronavírus aumentam em 12 estados brasileiros
18 de novembro de 2022
Dados do Boletim Infogripe, da Fiocruz, apontam que covid-19 responde por 47% das infecções por vírus respiratórios no Brasil.
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Conforme o mais recente Boletim Infogripe, divulgado nesta sexta-feira (18/11) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem ocorrido um aumento de casos de coronavírus em 12 estados brasileiros: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
De acordo com os dados, levantados nas últimas quatro semanas pela Fiocruz, a covid-19 responde atualmente por 47% de todos os resultados positivos para vírus respiratórios. No fim de outubro, o coronavírus era responsável por 26,4% dos pacientes.
A estatística baseia-se em números inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica até o dia 14 de novembro. Há uma semana, comparativamente, o Boletim Infogripe apontava aumento de diagnósticos de doenças respiratórias em apenas quatro estados: Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A maior parte dos diagnósticos foi registrada em adultos, apresentando tendências de curto prazo (últimas três semanas) e longo prazo (últimas seis semanas).
Conforme a Fiocruz, o crescimento de infecções por coronavírus em pessoas acima dos 60 anos foi registrado no Amazonas, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Em Alagoas, Ceará, Goiás, Piauí e Rio Grande do Norte, por outro lado, o crescimento dos números está mais concentrado em crianças.
Outras doenças registradas no boletim foram o vírus sincicial respiratório, que responde por 24,2% dos doentes, o influenza A (10,4%) e o influenza B (0,3%).
Conforme a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), as taxas de testes positivos de covid-19 também subiram em outubro. Na estatística consolidada do mês, foram 7.986 resultados positivos, 44% a mais do que em setembro.
A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) também apontou crescimento na taxa de positividade, no período entre o começo de outubro e a primeira semana de novembro: de 3,7% para 23,1%.
Em laboratórios particulares, os exames positivos para o coronavírus passaram de 3% para 17% em menos de um mês, de acordo com dados do Instituto Todos pela Saúde.
Devido a essa tendência de alta de infecções, especialistas indicam o uso de máscara em locais fechados, como no transporte público e em áreas com grande aglomeração de pessoas, além da vacinação.
gb (ots)
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.