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Casos de coronavírus se aproximam de 350 mil no Brasil

24 de maio de 2020

País registra 965 mortes e 16.508 infecções em 24 horas. Total de vítimas já passa de 22 mil, enquanto número de casos faz do Brasil a segunda nação do mundo com mais infectados, atrás somente dos EUA.

Profissionais de saúde conduzem maca até ambulância em Santo André (SP)
Segundo Ministério da Saúde, seguem em investigação 3.534 mortes suspeitas de covid-19Foto: Reuters/R. Patrasso

O Brasil registrou 965 mortes e 16.508 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo informou o Ministério da Saúde na noite deste sábado (23/05). O total de vítimas chega agora a 22.013, enquanto o número de infecções se aproxima de 350 mil.

Com exatos 347.398 casos, o país é o segundo do mundo em número de pessoas infectadas, atrás somente dos Estados Unidos, que já soma mais de 1,6 milhão de casos. Os EUA também são o país com mais mortos, com mais de 97 mil vítimas. Outros quatro países registram mais óbitos por coronavírus do que o Brasil: Reino Unido, Itália, Espanha e França.

O Ministério da Saúde informou ainda que 142.587 pacientes se recuperam da doença, enquanto 182.798 pessoas estão em acompanhamento. Também seguem em investigação 3.534 mortes suspeitas de covid-19, mas cujas causas ainda não foram determinadas.

São Paulo segue sendo o estado mais afetado, somando 80.558 casos e 6.045 mortes. Em meio à crise, o governador João Doria usou as redes sociais para comemorar o número de pessoas recuperadas. "Parabéns aos médicos, enfermeiros e profissionais de saúde pela dedicação e empenho na luta para salvar vidas. E parabéns também a cada um dos 15.296 pacientes pela vitória. Uma conquista da saúde e da medicina", escreveu no Twitter.

O Rio de Janeiro é o segundo estado com mais mortes, com 3.905 vítimas, mas tem menos casos confirmados do que o Ceará: 34.533 infecções, ante os 35.122 casos no estado nordestino, que soma ainda 2.308 mortes até agora.

O governador do Rio, Wilson Witzel, defendeu a eficácia das medidas de isolamento social adotadas no combate à doença e informou que, sem o controle sobre a circulação de pessoas, o estado teria neste momento pelo menos 19 mil mortos, citando projeções do governo estadual.

Autoridades em saúde de todo o Brasil destacam que o número de casos e de mortes no país possivelmente é muito mais alto. Entre os dez países com mais casos confirmados da doença, o Brasil é o que, proporcionalmente, menos testa a população.

Além disso, alinhado com o presidente Jair Bolsonaro, que várias vezes negou a gravidade da crise, o Ministério da Saúde passou a dar ênfase ao número de recuperados ao divulgar os dados diários da doença, apenas mencionando o número de mortes e de novas infecções.

Na última terça-feira, o Brasil ultrapassou pela primeira vez as mil mortes diárias, registrando 1.179 óbitos em 24 horas. O recorde de mortes ocorreu na quinta-feira, com 1.188 vítimas.

O aumento nos números coincide com a ausência de um titular no Ministério da Saúde. O posto está vago desde 15 de maio, quando Nelson Teich pediu demissão após ficar menos de um mês na função, em meio a discordâncias com Bolsonaro sobre medidas relacionadas à epidemia. Desde então, o cargo vem sendo ocupado interinamente pelo general Eduardo Pazuello.

Na última sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a América do Sul está se tornando o novo epicentro da pandemia de covid-19 e citou o Brasil como o mais afetado.

EK/lusa/ots

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