Casos de diabetes quadriplicaram desde 1980, diz OMS
6 de abril de 2016
Relatório da Organização Mundial da Saúde aponta que número de adultos afetados pela doença no mundo chegou a 422 milhões – 8,5% da população. Brasil é um dos cinco países mais atingidos.
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O número de pessoas com diabetes quadruplicou nos últimos 35 anos, aponta um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado nesta quarta-feira (06/04). Segundo a OMS, cerca de 422 milhões de pessoas viviam com diabetes no mundo em 2014, e, em 1980, elas eram 108 milhões.
De acordo com os dados, 8,5% da população adulta é afetada pelo mal no mundo, refletindo um aumento dos fatores de risco associados, como o excesso de peso, obesidade e falta de atividade física.
"A diabetes está em ascensão", disse a diretora da OMS, Margaret Chan, na apresentação do primeiro relatório mundial sobre diabetes da organização. "Não se trata mais de uma doença que ocorre principalmente em países ricos. A diabetes vem aumentando em todos os lugares." Chan atribui a tendência a, entre outras coisas, mudanças de dieta e estilo de vida nos países emergentes.
Em 2015, cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram de diabetes e houve cerca de 2,2 milhões de óbitos associados à enfermidade.
Diabetes no Brasil
Segundo os dados da OMS, em 2014, metade dos adultos com diabetes viviam em cinco países: Brasil,China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
No Brasil, mais de 16 milhões de adultos sofrem da doença. A ocorrência do mal, de 8,1%, está ligeiramente abaixo da média mundial, e é maior nas mulheres (8,8%) do que nos homens (7,4%). O excesso de peso afeta 54,2% dos brasileiros, a obesidade, 20,1%, e a inatividade física, 27,2%.
A diabetes provoca a morte de mais de 70 mil brasileiros com mais de 30 anos por ano – cerca de 6% de todas as mortes.
MD/afp/lusa/rtr/abr
Alimento e mito: o que realmente faz bem ou mal?
Saúde é também um pouco como moda. Vinho faz bem, colesterol mata, manteiga ou margarina? Saiba o que é bom ou não para sua saúde – hoje. Pois talvez amanhã o contrário seja verdade...
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Pense bem antes de comer biscoito de canela
Sim, a canela pode ser prejudicial. Um dos seus ingredientes – a cumarina – pode causar danos no fígado e nos rins. Mas isso não é motivo de grande preocupação, porque, por outro lado, há uma longa lista de alimentos que podem ajudar a evitar doenças. Pelo menos, é o que se pensa até hoje - porque a opinião de nutricionistas pode mudar rapidamente.
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Veneno ou antídoto?
"Causa câncer" ou "faz mal para os nervos" são algumas das frases que se costuma ouvir sobre o café. Porém, pesquisadores dizem que o café, na verdade, não é tão ruim assim quanto a reputação que carrega. E pode até diminuir o risco de câncer. Debate à parte, convém consumir com moderação.
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Uma taça de vinho por dia
Álcool faz mal para a saúde, mas o vinho tinto contém moléculas benéficas, como o resveratrol e antocianinas. E agora? Beber ou não? Estudos epidemiológicos realizados durante anos sugerem que uma taça por dia é benéfica para as mulheres, enquanto para os homens, duas. Depois, as estatísticas mostraram que, nos EUA, aqueles que não bebem morrem mais cedo do que quem bebe com moderação.
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Velha rixa: manteiga x margarina
Anos atrás, a recomendação era evitar manteiga e comer apenas margarina. Ela contém menos ácidos graxos saturados do que a manteiga derivada do leite. Mas agora se alerta que a margarina é um produto artificial, inventado pela indústria de alimentos, portanto cheio de aditivos químicos.
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Vilão injustiçado
Quando alguém morria de doenças cardíacas ou de AVC, o culpado era o colesterol. Como ele entope os vasos sanguíneos, os médicos aconselhavam evitá-lo a qualquer custo. Alimentos como ovos, queijo e carne eram considerados especialmente perigosos. A verdade, porém, é que o corpo precisa de um pouco de colesterol, e até o produz. Mesmo assim, é importante não exagerar.
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Vitaminas congeladas
Muitos evitam comer legumes e verduras congelados, acreditando que eles tenham menos vitaminas do que os frescos. No entanto, vegetais congelados contêm mais nutrientes por serem processados diretamente após a colheita, em vez de ficar dias nas prateleiras dos supermercados, esperando para ser comprados.
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Peixe todo-poderoso
Há alguns anos, dizia-se que os ácidos graxos ômega-3 poderiam prevenir doenças como câncer, problemas cardiovasculares – e até mesmo déficit de atenção, hiperatividade e depressão. Os especialistas aconselhavam a ingestão diária de suplementos de ômega-3. De fato: esses ácidos graxos são importantes para algumas funções do corpo. Mas não trazem benefícios na maioria das doenças listadas.
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Excesso do que é bom também faz mal
Vitaminas são essenciais para o metabolismo. Então o que seria mais saudável do que tomar suplementos vitamínicos diariamente? Em especial de vitamina C, tida como proteção contra todos os tipos de doenças, inclusive resfriados. Só que até hoje nenhum estudo comprovou tais afirmativas. Na verdade, os suplementos vitamínicos podem até ser prejudiciais – pelo menos é o que se diz hoje em dia...
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Beber sem ter sede?
A natureza é bem inteligente. Quando precisamos de água, temos sede. Mas alguém disse certa vez que se deve beber antes ter sede, pelo menos três litros por dia. A teoria talvez se baseie no fato de os idosos costumarem perder o senso de sede. Mas em condições normais, o corpo humano sabe muito bem avisar que está na hora de ingerir líquidos.
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Bênção ou maldição do leite
O leite contém cálcio, que é bom para os ossos e o sistema imunológico. Isso é o que nos ensinaram. Mas um estudo sueco que vem sendo realizado há décadas sugere que quem bebe muito leite talvez morra mais cedo. Será que a responsável é a lactose? Ninguém sabe. Por enquanto, continue bebendo leite, mas com moderação.
Trigo: o novo vilão
Numerosos sites de nutrição alertam sobre os perigos do trigo, acusando-o de "inflamar o corpo, causar vazamento dos intestinos e desencadear doenças autoimunes". Certos médicos e autores dizem que trigo pode até causar calvície, alucinações e ideias suicidas. Apesar de não haver estudos que comprovem tais afirmativas, muitos têm abdicado do cereal que sustentava seus ancestrais.
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Nem tudo o que é orgânico é ouro
Se a comida normal contém química em excesso, como dizem, então a solução seriam os alimentos orgânicos, produzidos sem adubo químico ou substâncias "do mal". Porém estudos sugerem que os alimentos orgânicos não são mais ricos em nutrientes nem melhores do que os demais. São apenas mais caros.
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Equilíbrio é a chave
Independente do que digam todas as teorias e estudos, o estilo de vida realmente faz diferença. As estatísticas mostram claramente que fumar, beber demais e obesidade não são saudáveis, podendo até matar. Mas não se preocupe demais com os relatórios que louvam só um tipo de alimento ou outro. O que importa é o equilíbrio. Portanto, seja lá o que for, faça com moderação.