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CeBIT 2011

28 de fevereiro de 2011

Após alguns anos magros, maior feira mundial de tecnologia de informação volta com toda força e um número maior de expositores. Projeto procura promover marca "Brasil TI+" em Hannover.

Número de expositores aumentou em relação ao ano passadoFoto: Messe AG, Hannover

A CeBIT continua sendo a maior e mais importante feira de computadores do mundo. Atualmente, no entanto, praticamente todos os segmentos do setor de tecnologia de informação e comunicação possuem sua própria feira.

Enquanto os aficionados pela telefonia móvel se encontram em Barcelona, a tecnologia de entretenimento é mostrada na feira de produtos eletrônicos Consumer Electronics Show em Las Vegas e na Feira Internacional de Eletrônica de Consumo (IFA) em Berlim. Já o mundo da fotografia digital tem sua feira Photokina em Colônia.

Com outras palavras, a CeBIT é atacada por todos os lados – o que não incomoda nem um pouco o porta-voz e diretor da feira, Hartwig von Sass. Pois, segundo suas palavras, a CeBIT joga em "uma divisão bastante própria. Sua força vem de sua diversidade".

Von Sass explica que a feira em Hannover é o único evento do mundo onde a completa cadeia de valor digital está representada. Não somente celulares e tablets ou novas tendências no setor de hardware estão em foco em Hannover, "mas trata-se de todo o conjunto", disse.

Neste ano, a Turquia é o país convidado na CeBIT. A feira, que prossegue até o próximo dia 5 de março, será aberta na noite desta segunda-feira (28/02) pelo primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, e pela chefe de governo alemã, Angela Merkel.

Expositores voltaram

CeBIT oferece centenas de palestras e eventos em seu centro de convençõesFoto: Messe AG, Hannover

Em 2011, o número de expositores na CeBIT aumentou em cerca de 50, perfazendo um total de quase 4.200, entre os quais alguns grandes nomes que haviam abandonado a feira – como os fabricantes de copiadoras Brother, Epson ou Xerox.

"Na CeBIT, reunimos muitos fatores que outras feiras não podem oferecer", explicou Hartwig von Sass. "Nós temos um programa abrangente e de grande renome internacional. O setor CeBIT lab dá oportunidade a universidades e institutos internacionais de pesquisas de se apresentarem– trata-se da maior plataforma mundial de pesquisas".

Além do ponto de encontro de institutos e universidades, a CeBIT proporciona ainda três áreas de exposição: CeBIT pro, direcionado aos profissionais da tecnologia de informação e comunicação, CeBIT gov, voltado para o governo e instituições públicas, e a plataforma CeBIT life, com a qual a feira volta a investir no consumidor, após, nos últimos anos, ter se dedicado a visitantes especializados em produtos high-tech.

"Desenvolvemos a CeBIT life em estreita cooperação com grandes expositores porque o papel do consumidor mudou enormemente nos últimos anos. O consumidor se tornou um fornecedor de conteúdos, programador e operador de tecnologia", explicou Von Sass.

Na CeBIT life os organizadores da feira trabalham, por exemplo, com a fundação de assistência ao esporte alemão, Deutsche Sporthilfe. Em uma grande superfície de exposição, são exibidos aplicativos que mostram como a tecnologia de informação pode aumentar o prazer e a eficiência do esporte.

País convidado

Turquia é país convidado na CeBIT de 2011Foto: CeBIT

Com cerca de 90 expositores na CeBIT de 2011, a convidada deste ano é a Turquia – um país supostamente atrasado em matéria de tecnologia de informação. Uma impressão errada, segundo o diretor da feira. Durante muitos anos, o país foi importador de hardwares e serviços.

Mas nos últimos sete anos houve uma reversão da balança comercial turca em relação à TI. "A Turquia tornou-se um país exportador, desenvolvendo-se em importante parceiro internacional do setor de TI".

Participação Brasileira

As empresas do Brasil estão presentes na feira através do projeto Participação Brasileira na CeBIT, que já está em sua 12ª edição. O projeto tem o apoio da Hannover Fairs do Brasil e é realizado pela Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) e pela Softsul (Associação Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software).

Composto por exposição, encontros de negócios e prospecção, o projeto tem como objetivo principal a inserção do software e serviços de tecnologia de informação e comunicação brasileiros no mercado internacional e a promoção da marca "Brasil IT+".

Autor: Rolf Wenkel / Carlos Albuquerque
Revisão: Roselaine Wandscheer

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