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Milhares protestam contra política econômica de Roma

9 de fevereiro de 2019

Manifestação por reformas, a maior em quatro anos, foi organizada por sindicatos italianos. Nos últimos meses, economia nacional retrocedeu por queda nas exportações, agravando já consideráveis problemas orçamentários.

Bandeiras em manifestação de sindicatos em Roma
Sindicatos contrataram transportes em grande escalaFoto: picture-alliance/AP Photo/C. Peri

Sob o slogan "Um futuro para o trabalho", centenas de milhares de manifestantes exigiram neste sábado (09/02), em Roma, investimentos públicos e privados em grande escala, assim como reformas ambiciosas, na maior passeata do gênero na Itália, em quatro anos.

Os sindicatos organizaram 12 trens especiais, além de 1.300 ônibus, barcas e voos de baixo custo. Num dia ensolarado e atmosfera relaxada, também participaram da manifestação representantes do patronato, assim como membros do social-liberal Partido Democrático (PD) e delegações de outras legendas de esquerda.

"Tirem a mão das nossas aposentadorias", reivindicavam manifestantesFoto: picture-alliance/NurPhoto/A. Ronchini

Para os sindicalistas, os planos de investimento do governo formado pelo populista Movimento Cinco Estrelas e a ultradireitista Liga são cautelosos demais. Além disso, a planejada reforma da aposentadoria não vai longe o suficiente. Os representantes dos trabalhadores consideram, ainda, a planejada renda básica para os italianos mais pobres um esvaziamento da luta contra pobreza e desemprego.

A economia da Itália retrocedeu no quarto trimestre de 2018 devido à queda nas exportações, agravando os já consideráveis problemas orçamentários de Roma.

"O governo precisa mudar a direção, já estamos com um pé na recessão", declarou Annamaria Furlan, presidente do segundo maior sindicato do país, a CISL. Através do Twitter, ela agradeceu aos manifestantes por seu empenho, classificando a iniciativa como "extraordinária".

Nesse ínterim, os líderes da coalizão governamental anunciaram uma reestruturação da chefia do Banco Central italiano e do Consob, o órgão de supervisão da bolsa de valores.

Segundo o vice-primeiro ministro e ministro do Interior Matteo Salvini, líder do partido populista Liga, os mais recentes escândalos bancários no país se devem à falha das instâncias responsáveis em cumprir seu dever. Uma porta-voz do Banco Central se recusou a comentar.

AV/afp,rtr,ots

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