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Centro de Kiev sofre ataques de drones kamikazes

17 de outubro de 2022

Ao menos três morrem após capital da Ucrânia ser atingida por 28 aviões não tripulados, segundo prefeito. Bombardeios russos deixam centenas de cidades sem luz em todo o país.

Bombeiros tentam apagar chamas de prédio bombardeado
Bombeiros trabalham em prédio residencial em Kiev atingido por bombardeio Foto: Efrem Lukatsky/AP/dpa/picture alliance

Ao menos três pessoas morreram em ataques russos com drones suicidas nesta segunda-feira (17/10) contra o centro de Kiev e outras três ficaram feridas, segundo autoridades ucranianas.

"Até agora, o número de pessoas mortas como resultado de um ataque de drones kamikazes em um prédio residencial subiu para três", escreveu o vice-chefe do gabinete presidencial ucraniano, Kyrylo Tymoshenko, em sua conta no Telegram.

Ele disse que 19 pessoas foram resgatadas do prédio danificado, localizado no bairro central de Shevchenkivskyi.

"As operações de busca e salvamento ainda estão em andamento", destacou o prefeito da capital ucraniana, Vitali Klitschko. Ele afirmou que um total de cinco explosões foram ouvidas na capital após ataques com drones kamikazes, aeronaves não tripuladas que se destroem durante os bombardeios.

Uma das explosões ocorreu em um prédio residencial. Klitschko afirmou que um total de 28 drones voaram para Kiev pela manhã e que, graças às Forças Armadas e à defesa antiaérea, "a maioria dos terroristas voadores foi derrubada".

O conselheiro do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, por sua vez, gravou um vídeo em que segura nas mãos um pedaço de um drone que foi abatido por quatro "heróis" uniformizados, segundo ele. Esses homens estavam próximos ao veículo não tripulado e, ao ouvi-lo e ao vê-lo, rapidamente abriram fogo com suas pistolas e metralhadoras contra o objeto, conforme disseram no vídeo.

"Inimigo não nos derrubará"

O conselheiro do gabinete do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, pediu no Twitter para excluir a Rússia do G20 após o ataque à capital, o segundo que acontece em uma semana.

"Aqueles que dão ordens para atacar infraestruturas críticas para aterrorizar civis e organizar uma mobilização completa para cobrir a frente de batalha com corpos certamente não podem sentar-se à mesma mesa com os líderes do G20. A Federação Russa deve ser expulsa de todas as plataformas", tuitou.

Mais cedo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, escreveu no Telegram em resposta aos ataques: "Todas as noites e todas as manhãs o inimigo aterroriza a população. Drones suicidas e mísseis atacam toda a Ucrânia."

"O inimigo pode atacar nossas cidades, mas não será capaz de nos derrubar. Os ocupantes receberão o justo castigo e a condenação das gerações futuras. E obteremos a vitória", frisou.

Seu chefe de gabinete, Andriy Yermak, enfatizou, por sua vez, que a Rússia acredita que os drones kamikazes com cargas explosivas "ajudarão em sua agonia" no campo de batalha. "Precisamos de mais defesas antiaéreas e precisamos delas o mais rápido possível!", enfatizou. "Não temos tempo para ações lentas. (Precisamos) de mais armas para defender o céu e destruir o inimigo", ressaltou.

Na semana passada, especialmente nos dias 10 e 11 de outubro, a Rússia atacou massivamente Kiev e várias regiões ucranianas, na maior onda de bombardeios em meses, em que a Rússia usou vários tipos de mísseis e drones kamikazes. Ao menos 19 pessoas morreram e 100 outras foram feridas. Moscou classificou a onda de ataques como uma reação à destruição parcial de uma ponte estrategicamente importante que liga o território russo à Península da Crimeia. 

Centenas de cidades sem eletricidade

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, afirmou que várias centenas de cidades ucranianas ficaram sem eletricidade nesta segunda-feira por causa dos ataques russos contra a infraestrutura do país

"Esta manhã, terroristas russos atacaram mais uma vez a infraestrutura energética da Ucrânia em três regiões", escreveu ele em sua conta no Telegram.

Além dos ataques de drones à capital, Shmyhal citou o lançamento de mísseis contra infraestrutura de abastecimento essencial nas regiões de Sumy, no norte, e Dnipropetrovsk, na porção central ucraniana. "Centenas de assentamentos foram desconectados como resultado do ataque", denunciou, acrescentando que os serviços competentes estão trabalhando para restabelecer o abastecimento o mais rápido possível.

Shmyhal também reiterou o apelo para que os cidadãos consumam energia com responsabilidade, principalmente durante os horários de pico de demanda.

Por outro lado, o comando operacional "Sul" do Exército ucraniano informou nesta segunda-feira um ataque contra a infraestrutura da região de Odessa, no sul do país. "Um avião de combate Su-35 lançou um míssil Kh-59 do Mar Negro. Ele atingiu uma das instalações de infraestrutura na região de Odessa", anunciou a fonte através de sua conta no Facebook, acrescentando que não havia vítimas.

O Exército russo disse nesta segunda-feira que atingiu "todos" seus alvos na Ucrânia, várias horas depois que ataques contra Kiev e outras regiões levaram a cortes de energia em todo o país. "As forças russas continuaram a atacar com armas de alta precisão e longo alcance instalações militares de comando e controle e nos sistemas de energia da Ucrânia", disse o Ministério da Defesa da Rússia em comunicado, acrescentando que "todos os alvos designados foram atingidos".

md/lf (EFE, AFP, Reuters)

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