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Cesare Battisti recebe habeas corpus

13 de março de 2015

Ex-militante de esquerda italiano é solto pouco depois de ser detido na região metropolitana de São Paulo. Condenado à prisão perpétua em seu país por homicídio, ele aguarda decisão sobre eventual deportação.

Foto: Getty Images/AFP/C. Simon

Poucas horas depois de ser preso, o ex-ativista de extrema esquerda Cesare Battisti foi solto no fim da noite desta quinta-feira (12/03), depois que um pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa foi aceito. O italiano de 60 anos foi condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos cometidos na década de 1970 e, em 2011, recebeu um visto das autoridades brasileiras.

"Com o habeas corpus, o caso foi resolvido com a celeridade que precisava e a Justiça foi feita", declarou o advogado de Battisti, Igor Sant'Anna Tamasauskas, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O ex-militante poderá ficar com a família enquanto aguarda uma decisão sobre uma eventual deportação.

Battisti fora detido pela Polícia Federal em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo.

Em 26 de fevereiro, a juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, havia ordenado, após pedido do Ministério Público, a deportação de Battisti à França ou ao México, países onde ele viveu antes de chegar ao Brasil, em 2004.

A juíza também havia cancelado o visto do italiano, considerando ilegal o ato do Conselho Nacional de Imigração, que concedeu a Battisti a permanência definitiva no Brasil. A decisão, porém, não é definitiva, podendo caber recurso.

Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1979, acusado de participar de quatro assassinatos cometidos pela organização que integrava, a Proletários Armados pelo Comunismo. Ele sempre negou participação nos crimes.

Em 31 de dezembro de 2010, último dia de seu segundo mandato, Lula decidiu rejeitar a extradição e autorizou Battisti a permanecer em território brasileiro, o que causou um atrito nas relações entre Roma e Brasília. O italiano deixou a prisão em junho de 2011.

LPF/abr/afp/rtr/efe

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