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Chanceler federal visita Ásia

(rr)5 de outubro de 2004

O chanceler federal Gerhard Schröder passará sete dias viajando pela Ásia, com passagens marcadas pela Índia, Paquistão e Vietnã, onde participará do Fórum Ásia-Europa. Uma visita ao Afeganistão ainda é incerta.

Última visita de Schröder à Índia foi em 2001Foto: AP

Em sua viagem de sete dias pela Ásia, a partir desta terça-feira (05/10), o chefe de governo alemão, Gerhard Schröder, tem visitas marcadas na Índia, Paquistão, Vietnã e Afeganistão. Nos dois primeiros países, Schröder tentará ampliar as relações econômicas da Alemanha.

Em Hanói, ele participará do encontro de cúpula da União Européia com os membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), além da China, do Japão e da Coréia do Sul, para tratar de temas como segurança, economia, cultura e direitos humanos. No caminho de volta, Schröder pretende ainda visitar as tropas alemãs no Afeganistão e demonstrar seu apoio ao presidente Hamid Karzai.

Índia – A primeira estação de Schröder na Ásia é a Índia. Em sua primeira passagem por Nova Délhi desde 2001, ele encontrará, pela primeira vez, o primeiro-ministro Manmohan Singh. A Índia, que assim como a Alemanha luta por um mandato permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas é, nas palavras de Schröder, um "significativo parceiro estratégico". Além do mais, o país é considerado por especialistas um importante global player, tendo assumido papel de liderança entre países em desenvolvimento.

Alemanha, Japão, Brasil e Índia reivindicam um mandato permanente no Conselho de Segurança da ONU

O chanceler federal espera estreitar os laços, principalmente os econômicos, entre Berlim e Nova Délhi. Para isso, viaja acompanhado de uma delegação de 22 representantes do setor econômico, de empresas como Lufthansa, Allianz e Bertelsmann, entre outras. A Alemanha espera lucrar com investimentos na ampliação do setor de infra-estrutura indiano, que deverá movimentar 500 milhões de dólares até 2012, especialmente nos segmentos de energia e transporte.

Em entrevista à revista Der Spiegel, Manmohan Singh declarou que a Índia – com seus 1,1 bilhão de habitantes – também espera estabelecer com a Alemanha uma "parceria estratégica", envolvendo tanto a ampliação do comércio e dos investimentos financeiros, quanto uma maior cooperação econômica e tecnológica. Apesar de ainda não poder garantir um mercado consumidor gigante devido à pobreza, a classe média indiana já atinge quase cem milhões de pessoas e o país registra um crescimento de 8%.

O último Fórum Ásia-Europa aconteceu em Copenhague em 2002Foto: AP

Vietnã – Schröder segue então para Hanói, onde acontece o Fórum Ásia-Europa (Asem), uma cúpula bienal que reúne chefes de Estado e de governo dos 25 países da União Européia, bem como dos sete países-membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), além da China, do Japão e da Coréia do Sul. Juntos, os participantes representam cerca de 40% da população mundial e mais de 50% do produto social bruto internacional.

Durante o encontro, Schröder pretende salientar a importância do multilateralismo, tema que ganhou importância central na política externa alemã desde a tomada de distância da Alemanha, França e Rússia quanto à invasão americana ao Iraque. Paralelamente, o chanceler federal terá ainda uma série de conversas bilaterais com diversos chefes de governo.

Paquistão – A terceira parada de Schröder é o Paquistão, considerado o "principal parceiro na luta contra o terrorismo internacional" pelo governo alemão. Schröder pretende parabenizar o governo do general Pervez Musharraf pelas tentativas de instaurar no país o "princípio do islamismo esclarecido" e por sua cooperação na luta pela estabilização do Afeganistão.

Assim como a Índia, o Paquistão é uma potência atômica. A Alemanha espera poder convencer os dois países a "aceitar, gradualmente e a longo prazo, o regime de não-proliferação de armas atômicas".

Karsai (d) esteve em Berlim no último domingo (3/10), onde se encontrou com o ministro Joschka FischerFoto: AP

Afeganistão – Também está planejada uma passagem por Cabul, apenas dois dias após as eleições parlamentares no país, marcadas para 9 de outubro próximo. Mas, após o atentado da semana passada às tropas de paz alemãs, cuja autoria foi assumida por membros do regime destituído talibã, a visita permanece incerta. Schröder, entretanto, insiste em demonstrar seu apoio ao presidente Hamid Karzai e salientar o envolvimento alemão na reconstrução do país. Além disso, Schröder quer aproveitar para visitar os soldados alemães nas províncias de Cunduz e Faizabad.

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