Chefe da agência ambiental da ONU renuncia após escândalo
21 de novembro de 2018
Em menos de dois anos, norueguês Erik Solheim gastou quase 500 mil dólares em viagens e ficou longe da sede do órgão durante 80% do tempo, aponta auditoria. Ele diz que continuará lutando pela causa ambiental.
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O diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Erik Solheim, renunciou ao cargo nesta terça-feira (20/11) após ser alvo de críticas por gastos excessivos em viagens oficiais.
Segundo uma auditoria, Solheim – que foi ministro do Meio Ambiente da Noruega – viajou em 529 dos 668 dias auditados, ficando longe da base do Pnuma, em Nairóbi, durante 80% do tempo. Ele gastou quase 500 mil dólares em passagens e hotéis em apenas 22 meses, segundo o jornal britânico The Guardian, que teve acesso a um rascunho do relatório da auditoria.
O jornal apontou que o documento afirmou que se tratava de um "risco à reputação" da organização, dedicada a combater as mudanças climáticas. Países insatisfeitos com os gastos de Solheim estariam retendo contribuições à agência, também chamada de ONU Meio Ambiente.
Solheim disse em comunicado que decidiu renunciar ao cargo de direito executivo após receber o relatório sobre a auditoria no último sábado.
"Eu sempre estive e continuo estando comprometido com o que acho que é o melhor a ser feito em benefício do Pnuma e da missão que queremos alcançar", disse. O órgão da ONU desempenha um papel de liderança na definição da agenda ambiental global.
O norueguês disse esperar que sua renúncia, anunciada "após uma reflexão profunda e em discussão com a secretaria geral", mostre ter sido uma decisão que levou em conta o melhor para o Pnuma e a ONU como um todo.
"Estou triste em deixar o Pnuma, pois alcançamos muito juntos. Vou continuar lutando pela causa ambiental", escreveu Solheim no Twitter.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, aceitou a renúncia de Solheim, que deverá deixar o cargo nesta quinta-feira, afirmou o porta-voz Stephane Dujarric.
Dujarric descreveu Solheim como "uma voz de liderança para chamar a atenção do mundo para desafios ambientais críticos, incluindo poluição por plásticos e circularidade, ação climática, os direitos de defensores do meio ambiente, biodiversidade e segurança ambiental".
Ao ser questionado sobre a reação de Guterres ao "escândalo" envolvendo Solheim, o porta-voz afirmou que Guterres ficou contente em ver que estão sendo implementadas recomendações feitas pelo Escritório de Serviços de Supervisão Interna da ONU.
A vice-diretora executiva do Pnuma, Joyce Msuya, da Tanzândia, assumirá a chefia do órgão interinamente até que seja escolhido o sucessor de Solheim.
LPF/rtr/ap
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Três quartos dos gases estufa são produzidos pela combustão de carvão, petróleo e gás natural; o resto, pela agricultura e desmatamento. Como se podem evitar gases poluentes? Veja dez dicas que qualquer um pode seguir.
Foto: picture-alliance/dpa
Usar menos carvão, petróleo e gás
A maioria dos gases estufa provém das usinas de energia, indústria e transportes. O aquecimento de edifícios é responsável por 6% das emissões globais de gases poluentes. Quem utiliza a energia de forma eficiente e economiza carvão, petróleo e gás também protege o clima.
Foto: picture-alliance/dpa
Produzir a própria energia limpa
Hoje, energia não só vem de usinas termelétricas a carvão, óleo combustível e gás natural. Há alternativas, que atualmente são até mesmo mais econômicas. É possível produzir a própria energia e, muitas vezes, mais do que se consome. Os telhados oferecem bastante espaço para painéis solares, uma tecnologia que já está estabelecida.
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Apoiar boas ideias
Cada vez mais municípios, empresas e cooperativas investem em fontes energéticas renováveis e vendem energia limpa. Este parque solar está situado em Saerbeck, município alemão de 7,2 mil habitantes que produz mais energia do que consome. Na foto, a visita de uma delegação americana à cidade.
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Não apoiar empresas poluentes
Um número cada vez maior de cidadãos, companhias de seguro, universidades e cidades evita aplicar seu dinheiro em companhias de combustíveis fósseis. Na Alemanha, Münster é a primeira cidade a aderir ao chamado movimento de desinvestimento. Em nível mundial, essa iniciativa abrange dezenas de cidades. Esse movimento global é dinâmico – todos podem participar.
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Andar de bicicleta, ônibus e trem
Bicicletas, ônibus e trem economizam bastante CO2. Em comparação com o carro, um ônibus é cinco vezes mais ecológico, e um trem elétrico, até 15 vezes mais. Em Amsterdã, a maior parte da população usa a bicicleta. Por meio de largas ciclovias, a prefeitura da cidade garante o bom funcionamento desse sistema.
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Melhor não voar
Viajar de avião é extremamente prejudicial ao clima. Os fatos demonstram o dilema: para atender às metas climáticas, cada habitante do planeta deveria produzir, em média, no máximo 5,9 toneladas de CO2 anualmente. No entanto, uma viagem de ida e volta entre Berlim e Nova York ocasiona, por passageiro, já 6,5 toneladas de CO2.
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Comer menos carne
Para o clima, também a agricultura é um problema. No plantio do arroz ou nos estômagos de bois, vacas, cabras e ovelhas é produzido o gás metano, que é muito prejudicial ao clima. A criação de gado e o aumento mundial de consumo de carne são críticos também devido à crescente demanda de soja para ração animal. Esse cultivo ocasiona o desmatamento de florestas tropicais.
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Comprar alimentos orgânicos
O óxido nitroso é particularmente prejudicial ao clima. Sua contribuição para o efeito estufa global gira em torno de 6%. Ele é produzido em usinas de energia e motores, mas principalmente também através do uso de fertilizantes artificiais no agronegócio. Esse tipo de fertilizante é proibido na agricultura ecológica e, por isso, emite-se menos óxido nitroso, o que ajuda a proteger o clima.
Foto: imago/R. Lueger
Sustentabilidade na construção e no consumo
Na produção de aço e cimento emite-se muito CO2, em contrapartida, ele é retirado da atmosfera no processo de crescimento das plantas. A escolha consciente de materiais de construção ajuda o clima. O mesmo vale para o consumo em geral. Para uma massagem, não se precisa de combustível fóssil, mas para copos plásticos, que todo dia acabam no lixo, necessita-se uma grande quantidade dele.
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Assumir responsabilidades
Como evitar gases estufa, para que, em todo mundo, as crianças e os filhos que elas virão a ter possam viver bem sem uma catástrofe do clima? Esses estudantes estão fascinados com a energia mais limpa e veem uma chance para o seu futuro. Todos podem ajudar para que isso possa acontecer.