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TerrorismoÁustria

Chefe de segurança interna suspenso por atentado de Viena

7 de novembro de 2020

Após divulgação de erros "óbvios e não toleráveis" em investigações ligadas ao ataque terrorista de 02/11, diretor do Departamento de Proteção da Constituição de Viena pede afastamento. Duas mesquitas são fechadas.

Entrada da mesquita Tehwid, em bairro vienense
Mesquita Tehwid, em bairro vienense, era frequentada por terroristaFoto: Leopold Nekula/picture alliance

Após a revelação de uma série de panes nos recentes atentados da capital austríaca, o diretor do Departamento Estadual de Proteção da Constituição e Combate ao Terrorismo (LVT) de Viena, Erich Zwettler, foi suspenso do cargo neste sábado (07/11), a seu próprio pedido. Assim, ele quis evitar colocar-se no caminho de uma "investigação e esclarecimento regulamentares", justificou o chefe da polícia vienense, Gerhard Pürstl.

Na noite da última segunda-feira, um terrorista de 20 anos atirou em frequentadores de bares e restaurantes de diversas ruas do centro, matando quatro, entre os quais uma alemã. Outros 22 transeuntes ficaram feridos, antes que a polícia abatesse o criminoso. A milícia jihadista autodenominada "Estado Islâmico" (EI) reinvidicou o atentado.

Erich Zwettler, diretor do Departamento Estadual de Proteção da Constituição e Combate ao Terrorismo (LVT) de VienaFoto: Helmut Fohringer/APA/picture alliance

Na quarta-feira, o ministro do Interior da Áustria, Karl Nehammer, admitira erros na análise de informações de inteligência. Antes do crime, o serviço secreto da República Tcheca teria avisado as autoridades austríacas que o autor do atentado tentara comprar munição para fuzis kalashnikov no país, sem que houvesse reação.

Nesta sexta-feira, Nehammer revelou novas falhas das autoridades, "óbvias e, a nosso ver, não toleráveis": o autor do ataque, de nacionalidade austríaca e norte-macedônia, teria tido contato com indivíduos sob observação do Departamento de Proteção da Constituição da Alemanha, mas a advertência do órgão igualmente permaneceu sem efeito.

O governo austríaco ordenou o fechamento das mesquitas Melit Ibrahim, no bairro vienense de Ottakring, e Tewhid, em Viena-Meidling, ambas frequentadas repetidamente pelo terrorista. Segundo os órgãos de segurança, isso teria contribuído para sua radicalização, explicou a ministra da Cultura Susanne Raab numa coletiva de imprensa na sexta-feira, juntamente com Nehammer.

A chefe de pasta fez questão de frisar que os fechamentos não se dirigiram contra o islamismo em si: "Não é um ataque aos membros de uma comunidade religiosa, mas sim uma luta conjunta contra o abuso de uma religião por radicais", declarou.

AV/afp,kna,dpa

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