Chile: Polêmicas rodeiam expropriação de antiga seita alemã
Victoria Dannemann
20 de fevereiro de 2025
Colonia Dignidad, fundada por Paul Schäfer, foi palco de crimes e violações de direitos humanos na ditadura de Augusto Pinochet. Vítimas e colonos defendem interesses conflitantes.
Hoje Villa Baviera, Colonia Dignidad foi um local de abusos e morte durante a ditadura chilenaFoto: Mario Ruiz/dpa/picture alliance
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Quando, em junho de 2024, o presidente Gabriel Boric anunciou a expropriação de uma parte dos terrenos da antiga Colonia Dignidad, a iniciativa foi celebrada não só no Chile, como também na Alemanha. Era um passo decisivo para a criação de um memorial e um centro de documentação num lugar onde, ao longo de décadas, cometeram-se crimes atrozes.
A colônia no sul do Chile foi fundada em 1961 pelo pregador laico Paul Schäfer, que havia fugido da Alemanha devido a alegações de abuso infantil. Ele foi seguido por cerca de 300 compatriotas.
Nas décadas seguintes, o assentamento alemão seria palco de múltiplas violações de direitos contra moradores da região e da própria colônia. Durante a ditadura de Augusto Pinochet, o local foi usado para detenção, execução e desaparecimento de prisioneiros políticos. Schäfer fugiu da colônia em 1997, e morreria na prisão em 2010.
Hoje, a criação de um memorial é um dos mandatos da Comissão Conjunta Chile-Alemanha para a Colonia Dignidad, que encomendou uma proposta a um grupo bilateral de especialistas.
Para implementar a ideia apresentada há quatro anos, o Estado chileno precisa assumir alguns dos edifícios da Villa Baviera, hoje um centro turístico e gastronômico de propriedade privada na mesma zona da colônia.
"Oito meses após o anúncio, não há nada, o processo de desapropriação não foi iniciado, há apenas o decreto", comenta a advogada Mariela Santana, representante dos familiares dos desaparecidos na Colonia Dignidad durante a ditadura militar.
Presidente alemão vai ao Chile
A próxima visita ao Chile do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, no início de março, pode ser um impulso para o progresso da questão na agenda bilateral. Representantes de grupos de vítimas e parentes de presos políticos e desaparecidos na colônia se reuniram recentemente com autoridades.
"Como Steinmeier está chegando, essa reunião foi para cumprir e dizer que eles se reuniram com os parentes. Desde o anúncio, esta é a primeira vez que nos reunimos para tratar desse assunto", diz Santana, que relata desconforto entre vítimas e familiares. "Achávamos que iam nos dizer como estava o processo, mas foi uma consulta sobre quais outros lugares considerávamos relevantes para ser objeto de expropriação."
Seis locais aparecem no aviso de expropriação: a casa de Schäfer, o prédio que hoje funciona como restaurante, o prédio da administração e do hotel, o armazém de batatas, o hospital e o alojamento do porteiro.
Esses edifícios se encontram numa área de 183 hectares que foi declarada monumento histórico em 2016. Algumas organizações solicitam a inclusão de outros pontos, como armazéns e túneis onde ocorreram prisões, ou túmulos em que supostamente foram enterrados prisioneiros políticos.
Elas argumentam que não se deve expropriar lugares ou edifícios de forma isolada, mas sim formar um cinturão para permitir acesso e trânsito entre eles, que pode abranger toda a área do monumento histórico ou até mesmo uma zona maior.
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Crimes e violações de direitos humanos
"A Colonia Dignidad é um caso de múltiplas e gravíssimas violações de direitos humanos, e um caso único na história das ditaduras na América Latina, de uma associação ilícita de oficiais do Exército aliados a uma colônia de estrangeiros, que prestavam serviços de Inteligência", observa o deputado local Roberto Celedón.
O parlamentar expressou ao Ministério da Justiça do Chile sua preocupação com relação ao progresso da iniciativa do memorial, indicando que se espera "um trabalho detalhado em fevereiro sobre as áreas específicas que seriam desapropriadas e o procedimento a ser usado." Um estudo topográfico já foi realizado, segundo Santana.
Cerca de 100 pessoas teriam sido assassinadas e desaparecido na colônia. Crianças chilenas de famílias da região também foram abusadas, sequestradas e adotadas ilegalmente, e os membros do enclave viviam num regime sectário sob o domínio de Schäfer. Eles foram vítimas de abuso sexual, punições brutais, medicação forçada e trabalho escravo.
"Pedimos para ser ouvidos"
Quando Schäfer fugiu, a colônia passou por um processo de abertura. Alguns colonos foram embora. Outros passaram a residir no local e estabeleceram um hotel, um restaurante e um centro de eventos, como meio de subsistência nas mesmas áreas que agora são identificadas como de interesse histórico.
"Entendemos a motivação do governo e nos solidarizamos com a dor das vítimas de violações dos direitos humanos durante a ditadura militar e de suas famílias. Portanto, em princípio, não nos opomos à criação de um memorial", diz a administração da Villa Baviera em nota. "Pedimos para ser considerados e ouvidos no processo, porque a Vila Baviera é a nossa casa. Em parte dos edifícios que serão desapropriados, vivemos e desenvolvemos nossa vida cotidiana."
Há também uma residência com 12 idosos, vários dos quais, acamados. Eles pedem que também sejam reconhecidos como vítimas de abuso psicológico, físico e sexual por Schäfer. Argumentam, ainda, que foram "abandonados à própria sorte por décadas, tanto pelo Estado chileno quanto pelo Estado alemão."
Armazém de batatas da Villa Baviera, local de violações de direitos humanos durante a ditaduraFoto: Benjamin Hernandez/dpa/picture alliance
Espaço em conflito
A administração de Villa Baviera afirma que somente no armazém de batatas teria sido comprovada judicialmente a ocorrência de violações de direitos humanos durante a ditadura. A proposta de expropriação dos especialistas, no entanto, inclui locais onde vários crimes foram cometidos, inclusive contra os próprios colonos, considerando-se as narrativas e lembranças de diferentes grupos de vítimas.
Com uma eventual indenização por estes crimes, os residentes poderiam iniciar uma nova fase e levar suas atividades comerciais e moradias para fora da zona na qual se concentra o conflito.
Atualmente, as terras pertencentes às empresas de Villa Baviera têm mais de 7 mil hectares. No entanto, a administração estima que, "várias famílias ficariam sem teto e sem a possibilidade de construir uma nova casa na Vila".
Mariela Santana adverte que "haverá reação à desapropriação por parte dos proprietários da terra, e uma batalha legal é iminente". A administração da Villa Baviera antecipa ações legais.
Turismo e memória
Em resposta às críticas de que uma cena de crime serve a turismo e festividades, a administração aponta a existência de um pequeno museu. Embora não esqueçam ou ignorem o passado, querem deixá-lo para trás: "O turismo é uma forma de resiliência para nossa comunidade. Além de todas as brutalidades que aconteceram aqui, que reconhecemos e fazem parte de nossa história, também queremos olhar para frente."
A comunidade espera chegar a um acordo que permita a criação de um local de memória e, ao mesmo tempo, mantenha o turismo e a moradia. Inicialmente, a administração levou suas preocupações às autoridades, mas relata que depois as portas foram se fechando, reuniões foram recusadas e ninguém os incluiu no processo.
Por sua vez, a advogada Santana argumenta que "não é possível que tenhamos apenas uma placa que foi colocada por um grupo em um armazém" mais de 60 anos após a criação da Colonia Dignidad: "Para garantir que não haverá repetição, é muito importante ter um local de memória."
O mês de fevereiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
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Dedo em riste e ânimos exaltados entre Trump e Zelenski
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, deixou a Casa Branca sem assinar o acordo sobre minerais estratégicos com os EUA depois de bate-boca com Donald Trump. "Você não está sendo grato de forma alguma", disse o presidente dos EUA diante da recusa de seu homólogo em abrir concessões a Moscou em possível negociação de paz, acusando-o de "brincar de terceira guerra mundial". (28/02)
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Líder dos curdos pede fim da luta armada na Turquia
"Todos os grupos devem depor as armas e o PKK deve se dissolver", disse Abdullah Öcalan em uma declaração lida por parlamentares curdos que o visitaram na prisão onde ele está detido há 26 anos. A declaração pode abrir caminho para um novo processo de paz com o governo turco – o conflito entre os guerrilheiros curdos e as forças turcas deixou mais de 40 mil mortos em quatro décadas. (27/02)
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Israel se despede de mãe e filhos mortos em cativeiro na Faixa de Gaza
Milhares acompanharam o cortejo fúnebre de Shiri Bibas e de seus dois filhos, o bebê Kfir e menino Ariel, sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Símbolo da tragédia dos reféns, a família foi enterrada perto do kibutz de Nir Oz, onde viviam. Os pais de Shiri também morreram no ataque. Só o marido dela, libertado no início de fevereiro, sobreviveu. (26/02)
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Milhares se reúnem no Vaticano em oração pelo Papa Francisco
Fiéis ocupam a Praça de São Pedro, no Vaticano, em oração pela saúde do Papa Francisco. O pontífice luta contra uma pneumonia dupla e permanece em estado crítico pelo quarto dia consecutivo, mas com quadro estável e sem novas crises respiratórias. O Papa de 88 anos passa sua 12ª noite no hospital Gemelli de Roma, a mais longa internação de seu papado. (25/02)
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Morre Roberta Flack, conhecida por "Killing Me Softly"
A cantora americana de R&B Roberta Flack morreu aos 88 anos. Flack alcançou o estrelato na década de 1970 com sucessos como "Killing Me Softly With His Song" e "The First Time Ever I Saw Your Face". Seus trabalhos em jazz, pop e soul, e sua forte defesa dos direitos civis respaldaram seu sucesso entre um público fiel. A cantora venceu cinco de 14 indicações ao Grammy em sua carreira. (24/02)
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Conservadores lideram na eleição alemã e encerram era Scholz
Os alemães foram às urnas em eleições antecipadas para definir os novos membros do Parlamento. Aliança CDU/CSU foi a mais votada, cacifando o líder conservador Friedrich Merz a ocupar o posto de chanceler federal e substituir o impopular Olaf Scholz. A eleição também foi marcada por crescimento robusto da ultradireitista AfD, que dobrou seu eleitorado. (23/02)
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"O Último Azul" vence Urso de Prata na Berlinale
"O Último Azul", filme brasileiro dirigido por Gabriel Mascaro, conquistou o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim, a segundo maior honraria do evento. Já o Urso de Ouro, maior prêmio da competição, foi vencido pelo filme norueguês "Drommer", de Dag Johan Haugerud. (22/02)
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Moraes determina bloqueio do Rumble no Brasil
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou (21/02) o bloqueio da rede social Rumble no Brasil, acusando a plataforma de "reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos" de ordens judiciais, além de tentativas de "não se submeter ao ordenamento jurídico brasileiro [...] para instituir um ambiente de total impunidade e de 'terra sem lei' nas redes sociais brasileiras". (21/02)
Foto: EVARISTO SA/AFP
Hamas entrega corpos de 4 reféns israelenses
Grupo islamista alega que reféns teriam sido mortos em bombardeio de Israel. Vítimas são um bebê de 9 meses, seu irmão de 4 anos, a mãe deles, de 32 anos, e um idoso de 83 anos. O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) acusou o Hamas de ter transformado o ato em palco político. (20/02)
Foto: Stringer/REUTERS
Trump culpa Ucrânia por invasão russa e chama Zelenski de "ditador"
Irritado ao ouvir de Volodimir Zelenski que vive numa "bolha de desinformação" após ter ecoado a linha oficial do Kremlin e atribuído à Ucrânia a culpa pela invasão russa em 2022, o presidente americano Donald Trump chamou o colega de "ditador" e aconselhou-o a ser "rápido" se não quiser "ficar sem país". A escalada diplomática é mais um passo no estranhamento entre EUA e Ucrânia. (19/02)
Foto: Roberto Schmidt/AFP/Getty Images
Procuradoria denuncia Bolsonaro e outros 33 ao STF por tentativa de golpe
A Procuradoria-Geral da República denunciou Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente é acusado de cinco crimes, que juntas somam até 43 anos de prisão: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. (18/02)
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Avião capota no Canadá
Um avião da Delta capotou em acidente ocorrido no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto, no Canadá, ficando de barriga para cima na pista e deixando ao menos 15 feridos. O terminal ficou horas paralisado após o acidente. (17/02)
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Candidatos a chanceler federal se enfrentam em debate na Alemanha
Temas como imigração, economia, relação com Estados Unidos e guerra na Ucrânia pautaram o primeiro debate com os quatro principais candidatos a chanceler federal. O evento colocou Olaf Scholz, do SPD, contra seu principal rival, Friedrich Merz, que lidera com folga as pesquisas de intenção de voto. Também participaram Alice Weidel, da AfD, e o vice-chanceler Robert Habeck, dos Verdes. (16/02)
Foto: Kay Nietfeld/dpa-Pool/picture alliance
Tumulto deixa dezenas de mortos em estação de trem na Índia
Pelo menos 15 pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas em um tumulto em uma estação ferroviária na capital da Índia, Nova Délhi, quando uma multidão tentava chegar na maior congregação religiosa do mundo, o Khumba Mela. No mês passado, 30 pessoas morreram em um tumulto no festival hindu de Kumbh Mela, no norte da Índia. (15/02)
Foto: Uncredited/AP/dpa/picture alliance
Vice-presidente dos EUA pede resgate de valores europeus e fim do "cordão sanitário"
JD Vance provocou choque entre líderes europeus que acompanharam seu discurso na Conferência de Segurança de Munique. O americano quebrou o protocolo ao focar sua fala na política interna da União Europeia, e disse que os EUA estão preocupados com os valores que os europeus estão defendendo. Ele ainda sugeriu o fim do "cordão sanitário" que isola a ultra direita no parlamento alemão. (14/02)
Foto: Leah Millis/REUTERS
Carro avança sobre multidão em Munique, na Alemanha
Um automóvel atropelou um grupo de pessoas no centro de Munique, deixando 30 feridos. As causas do incidente estão sendo investigadas. O governador da Baviera, Markus Söder, falou em "possível atentado". O motorista do automóvel seria um afegão de 24 anos que tinha autorização de permanência no país. Chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, diz que suspeito "tem que deixar o país". (13/02)
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Alemanha prorroga controles de fronteira
Governo em Berlim prolongou por mais seis meses os controles em todas as suas fronteiras exteriores, a fim de "frear a imigração irregular", segundo o chanceler federal Olaf Scholz. A medida foi adotada em setembro de 2024. (12/02)
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EUA e Reino Unido rejeitam declaração de Paris sobre IA
Em torno de 60 países assinaram em Paris uma declaração que pede o uso transparente e sustentável da inteligência artificial e regulamentações internacionais, com EUA e Reino Unido sendo as notáveis ausências na lista de signatários. O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, expôs na cúpula as várias reservas dos EUA em relação ao tema.(11/02)
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Donald Trump impõe tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio
Presidente dos EUA, Donald Trump, assina ordem executiva determinando imposição de tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio, o que poderá afetar as exportações brasileiras. O decreto de Trump cancela isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, em uma medida que pode aumentar o risco de uma guerra comercial multifacetada. (10/02)
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Hamas anuncia retirada do exército israelense do corredor de Netzarim, em Gaza
O corredor de Netzarim é uma faixa de terra que divide o enclave palestino em norte e sul. Ele foi estabelecido por Israel quando o conflito em Gaza começou e até agora era militarizado pelo exército israelense. Como parte da trégua entre Israel e o Hamas, o exército israelense se comprometeu a se retirar do corredor e, assim, permitir que os palestinos retornem ao norte de Gaza. (09/02)
Prisioneiros palestinos libertados são saudados por uma multidão ao chegarem à Faixa de Gaza depois de serem libertados de uma prisão israelense. Israel e o grupo extremista Hamas concluíram neste sábado a quinta troca de reféns e prisioneiros, como parte do acordo de cessar-fogo em curso. (08/02)
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Rio vermelho
A água do rio Sarandí, na província de Buenos Aires, ganhou um tom vermelho vivo. A suspeita é de que o fenômeno tenha sido causado pelo vazamento de corante da indústria têxtil ou de resíduos químicos de uma fábrica próxima ao rio, que atravessa o município de Avellenada, a quase 10 quilômetros de Buenos Aires. (07/02)
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Israel prepara plano para saída "voluntária" de Gaza
O ministro da defesa de Israel, Israel Katz, ordenou que o exército prepare um plano para a saída de "qualquer residente de Gaza que deseje sair", após declarações do presidente americano, Donald Trump, sobre um possível deslocamento dos habitantes de Gaza. (06/02)
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Milei segue passos de Trump e retira Argentina da OMS
Presidente da Argentina, Javier Milei, segue exemplo de seu colega em Washington, Donald Trump, e retira o país da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele acusou a entidade de "crime de lesa humanidade" ao intervir nas soberanias nacionais e repetiu acusações do líder americano de "má gestão da saúde". (05/02)
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Atirador deixa mortos em escola na Suécia
Um atirador matou cerca dez pessoas em um ataque a uma escola para adultos em Örebro, na Suécia. A polícia informou que o agressor também estava entre os mortos. A Suécia vem enfrentando uma onda de tiroteios e ataques a bomba resultantes do problema endêmico no país de crimes de gangues. (04/02)
Governo federal regulamenta poder de polícia da Funai
Decreto regulamenta o poder de polícia de agentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A função foi prevista na lei que criou o órgão, em 1967, mas nunca havia sido regulamentada. Funcionários poderão usar a força para combater violações como ataques ao patrimônio cultural, invasões e atividades de exploração exercidas por terceiros dentro de terras indígenas. (03/02)
Foto: Reuters/Handout FUNAI
Multidão protesta contra fim do "cordão sanitário" em Berlim
Protestos eclodiram em toda a Alemanha após partido conservador CDU acatar votos da ultradireita em projeto anti-imigração, rompendo o isolamento da sigla AfD no parlamento alemão. Polícia registrou confrontos com manifestantes. Na capital alemã, 160 mil pessoas se reuniram e direcionaram palavras de ordem contra o candidato a chanceler federal Friedrich Merz. (02/02)
Foto: John Macdougall/AFP/Getty Images
Morre Horst Köhler, ex-presidente da Alemanha
O ex-presidente da Alemanha Horst Köhler morreu aos 81 anos em Berlim. Ele foi o nono presidente alemão do pós-guerra, entre 2004 e 2010. Enquanto esteve no cargo, ele se dedicou a temas voltados para as relações exteriores, projetos de desenvolvimento na África e mudanças climáticas. Antes de entrar para a política, Köhler foi economista e diretor do FMI. (01/02)