Chang'e-5 deverá recolher cerca de 2kg de amostras em missão de 23 dias, antes de retornar à Terra, em dezembro. Depois de EUA e União Soviética, China pretende ser o terceiro país a coletar material no satélite.
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A China lançou nesta segunda-feira (23/11) uma sonda espacial para recolher material da superfície lunar e depois regressar à Terra. A missão da sonda Chang'e 5 é primeira desse gênero desde os anos 1970.
O lançamento da sonda ocorreu a bordo do foguete portador Longa Marcha 5, a partir do centro de lançamento de Wenchang, na província de Hainan, no sul da China.
"A sonda entrou com precisão na órbita previamente estabelecida. A missão foi concluída com êxito", afirmou o diretor do centro de lançamento e responsável pela missão, Zhang Xueyu, citado pela televisão estatal chinesa CCTV.
De acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, esta é uma das "missões espaciais mais complexas e desafiadoras" que a China já realizou.
"A missão vai ajudar a promover o desenvolvimento científico e tecnológico da China e estabelecer uma base importante para futuros pousos tripulados na Lua", disse o vice-diretor do Centro de Exploração Lunar da Administração Espacial da China, Pei Zhaoyu, citado pela Xinhua.
A Chang'e 5 deverá colocar vários módulos na superfície lunar para escavar cerca de 2 metros na superfície lunar e recolher em torno de 2kg de rochas e terra. A nave vai levar dois dias para chegar à superfície e a missão vai durar 23 dias, disse Pei. As amostras deverão chegar à Terra numa cápsula, em meados de dezembro, na Mongólia.
A missão vai fazer da China o terceiro país capaz de recolher amostras de material lunar, depois de os Estados Unidos e da antiga União Soviética terem feito o mesmo nos anos 1970.
Segundo a CCTV, a missão visa contribuir para os estudos científicos sobre a formação e a evolução da Lua.
A missão, batizada em homenagem à deusa lunar chinesa Chang'e, está entre as mais ousadas da China desde que o país colocou um homem no espaço, pela primeira vez, em 2003, tornando-se a terceira nação a fazê-lo, depois dos EUA e da Rússia.
Em 2019, a sonda chinesa Chang'e 4 foi a primeira a pousar no lado relativamente inexplorado da Lua, que não é visível a partir da Terra. Ela continua a fornecer medições completas da exposição à radiação da superfície lunar, que são vitais para qualquer país que planeje enviar astronautas para a Lua.
Em julho passado, a China tornou-se um dos três países a lançar uma missão a Marte para buscar sinais de água no planeta vermelho. As autoridades chinesas indicaram que a nave Tianwen 1 está em curso para chegar a Marte por volta de fevereiro.
Embora os EUA tenham seguido de perto os êxitos da China no espaço, é improvável que colaborem com o país, numa altura de crescentes tensões e desconfiança política, rivalidade militar e acusações de usurpação de tecnologia.
AS/lusa/efe/ap
Apollo 11: Fotos da chegada do homem à Lua
Em 1969, Neil Armstrong se tornava o primeiro homem a pisar na Lua. Um passo incrível. Ainda hoje, o satélite terrestre nos fascina – especialmente quando vemos fotos tiradas na época da histórica missão espacial.
Foto: NASA
"Um pequeno passo para um homem"
Primeiros passos na Lua. Ao pisar na superfície lunar, em 20 de julho de 1969, o americano Neil Armstrong disse uma das frases mais famosas de todos os tempos: "Este é um pequeno passo para [um] homem, mas um grande salto para a humanidade." Ainda hoje se discute como e quando o astronauta chegou a essa frase, e se ao dizê-la ele esqueceu o artigo "um". Existem até mesmo estudos sobre isso.
Foto: NASA
A partida
Da sala de controle do Centro Espacial Kennedy (KSC), o diretor do programa Apollo, Samuel C. Phillips, supervisiona as atividades antes da partida, em 16 de julho de 1969. Apollo 11, a primeira missão de pouso lunar, foi lançada com o foguete Saturno 5. A bordo da espaçonave estavam Neil Armstrong, Edwin "Buzz" Aldrin e Michael Collins.
Foto: NASA
TV espacial
Estas três pessoas estavam entre os milhares de curiosos que acamparam em praias e estradas próximas ao Centro Espacial Kennedy, a estação de lançamento da Nasa, no Cabo Canaveral, na Flórida, para acompanhar de perto a partida da Apollo 11. Cerca de um milhão de pessoas foram ao local ver de perto o voo espacial histórico.
Foto: NASA/Kennedy Space Center
Luzes, câmera, ação, decolar!
Mas não apenas milhares de entusiastas estavam presentes, também milhares de repórteres cobriram a partida da missão Apollo 11. Um total de 3.497 jornalistas foi oficialmente credenciado para o acontecimento, e todos se amontoaram na área de imprensa do Centro Espacial Kennedy. Em 16 de julho de 1969, o Saturno 5 decolou.
Foto: NASA
Trabalho em equipe
Um dos tripulantes não pôde pisar na Lua e teve que ficar em órbita. Michael Collins (centro) disse em 2009: "Eu me senti parte do que aconteceu na Lua. Sei que eu seria um mentiroso ou um idiota se dissesse que ocupei o melhor dos três assentos [da Apollo 11], mas posso dizer honestamente que estou satisfeito com o que fiz."
Foto: NASA/Kennedy Space Center
"A águia pousou!", mas...
Às 20h17min58s (UTC) de 20 de julho de 1969, Neil Armstrong fez uma transmissão concisa: "A águia aterrissou!" Mas demorou um pouco até os dois astronautas realmente pisarem na Lua. Primeiro, o voo de retorno tinha que ser preparado. Finalmente, no dia 21 de julho, às 2h56min20s (UTC), chegou o grande momento: Neil Armstrong pisou na superfície lunar.
Esta foto foi tirada por Michael Collins em 21 de julho. O módulo lunar Eagle pode ser visto em seu retorno da Lua; atrás dele, vê-se a superfície lunar e, em seu horizonte, a Terra. Enquanto Armstrong e Aldrin foram os primeiros humanos a pisar na Lua, Collins manteve seu posto no módulo de comando Columbia e ficou à espera em órbita lunar.
Foto: NASA
Amostra n° 10.003
Durante o passeio exploratório de mais de duas horas fora do Eagle, Armstrong e Aldrin coletaram 21,5 quilos de material lunar. Esta pequena rocha é parte dele. A foto foi tirada em 27 de julho, após o retorno à Terra. Durante os seis desembarques lunares, os astronautas coletaram 2.415 amostras, totalizando quase 400 quilos. Elas estão todas listadas no "Catálogo de amostras e fotos lunares".
Foto: NASA/AccuSoft Inc.
Curiosidades astrais
Mas os astronautas deixaram para trás todo tipo de coisa. Este broche de Neil Armstrong ainda é um dos itens mais emblemáticos. O ramo de oliveira de 15 centímetros de comprimento representa a paz. Futuros visitantes também poderão se deparar com bolas de golfe, uma foto de família junto a uma câmera, obras de Andy Warhol ou uma pena de falcão. E cuidado com os excrementos dos astronautas.
Foto: NASA/Johnson Space Center
De volta à Terra
Às 16h50 (UTC) de 24 de julho, a tripulação desembarcou no Pacífico, a 21 quilômetros do porta-aviões USS Hornet e a 1.480 quilômetros a sudoeste do Havaí. Na chegada, os astronautas tiveram que preencher um formulário da alfândega, declarando as rochas lunares. Indagados se eles poderiam ter trazido agentes patógenos, eles responderam: "A ser determinado." E assim foram primeiro para quarentena.
Foto: NASA/Johnson Space Center
Estrelas não apenas em trajes espaciais
Nesta foto, os astronautas da missão Apollo 11 não usam trajes espaciais, mas sombreiros e ponchos. Uma turnê os levou para 24 países e 27 cidades em 45 dias. Os Estados Unidos queriam enfatizar sua disposição de compartilhar seu conhecimento espacial. Os astronautas foram celebrados como estrelas, como aqui, na Cidade do México, em 23 de setembro de 1969.