Fábricas e lojas de produtos de marfim serão fechadas até o fim de 2017. País é o maior mercado deste material do mundo. Ambientalistas afirmam que medida ajudará a proteger elefantes africanos da extinção.
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A China anunciou nesta sexta-feira (30/12) que proibirá até o fim de 2017 o processamento e o comércio interno de marfim, numa tentativa de conter o abate em massa de elefantes africanos. O país é o maior mercado do mundo deste material.
De acordo com autoridades, as primeiras fábricas e lojas serão fechadas e perderão suas licenças no final de março de 2017. O fim da comercialização legal de marfim deve ocorrer até dezembro do próximo ano. A medida atinge 34 fabricantes e 143 estabelecimentos comerciais.
O governo declarou também que pessoas que compraram objetos com marfim legalmente, antes do banimento, podem pedir um certificado e continuar expondo as peças em exibições ou museus. A medida possibilita ainda o leilão de antiguidades de marfim que possuírem autorização.
Projeto resgata elefantes ameaçados
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O marfim é um símbolo de status na China e o preço por quilo deste material pode passar dos mil dólares.
Vitória ambiental
Ambientalistas saudaram o anúncio. A diretora do escritório de crime contra a vida selvagem da WWF em Hong Kong, Cheryl Lo, afirmou que a medida revela a determinação para salvar os elefantes africanos da extinção.
"Uma proibição exige um esforço e apoio do governo para ser eficaz. Com o anúncio da China, os três maiores mercados internos de marfim, que incluem Hong Kong e Estados Unidos, estão sendo eliminados", destacou Lo.
Os Estados Unidos proibiram o comércio de marfim de elefantes africanos em junho. Ativistas pedem que a administração de Hong Kong aplique medidas semelhantes até 2021.
"Estou orgulhosa de que meu país está mostrando esta liderança que ajudará a garantir que os elefantes tenham uma chance na luta contra a extinção", disse a diretora-executiva da Sociedade Conservação da Vida Selvagem na Ásia, Aili Kang.
Já o diretor da campanha de conservação da vida selvagem da organização americana WildAid, Alex Hofford, afirmou que o anúncio chinês é a maior e melhor notícia de 2016 neste âmbito.
Segundo a WWF, o comércio de marfim é o principal fator para o rápido declínio no número de elefantes africanos, com cerca de 20 mil animais abatidos por ano. Restam apenas 415 mil exemplares da espécie, acrescentou a organização. No início do século 20, havia entre 3 e 5 milhões deles. O elefante africano está na lista de espécies ameaçadas de extinção.
CN/rtr/afp/ap
Os dez animais que mais matam no mundo
Os tubarões estão entre os animais mais temidos pelos seres humanos, mas eles estão longe de serem os mais mortais. Você vai se surpreender com o efeito letal de algumas espécies.
Foto: AP
10. Tubarão branco
É claro que algumas espécies de lobos e tubarões podem nos matar, mas a frequência com que isso acontece é muito pequena: apenas dez pessoas morrem, por ano, por causa desses animais. Ou seja, a probabilidade de você morrer mexendo na torradeira, dentro da própria cozinha, é maior que a de ser mordido por um tubarão.
Foto: AP
9. Leões e elefantes
Que leões podem matar pessoas, todo mundo sabe. O surpreendente é que o número de mortos por leões, cerca de cem por ano, é quase o mesmo que o de mortos por elefantes! Os elefantes podem ser bastante agressivos, e, uma vez com raiva, têm força e tamanho suficientes para matar.
Foto: picture alliance / blickwinkel/D. u. M. Sheldon
8. Hipopótamo
Hipopótamos de brinquedo são muito populares. E por que não? Eles aparentam ser super fofos, com seus focinhos redondos e barrigas gordinhas. Mas, não se engane: os animais são bastante agressivos e podem atacar as pessoas mesmo sem nenhuma provocação! O número de mortos por ano chega a 500. Então, se você vir um hipopótamo pelo caminho, pode ser melhor mudar de rota.
Foto: picture-alliance/dpa-Zentralbild
7. Crocodilo
Muitas pessoas têm tanto medo de tubarões e de leões quanto de crocodilos – e com razão! Crocodilos são carnívoros e podem chegar a matar presas maiores que eles próprios, como pequenos hipopótamos, e, se viverem em água salgada, até mesmo tubarões! Cerca de mil pessoas morrem por ano ao serem atacadas pelos répteis.
Foto: Fotolia/amnachphoto
6. Vermes e lombrigas
Os platelmintos da classe Cestoda, também chamados de cestódeos, matam cerca de 2 mil pessoas por ano. A transmissão do parasita se dá pela ingestão de alimentos contaminados. O mesmo vale para as lombrigas (foto), que, por sua vez, matam 2,5 mil pessoas por ano e habitam o organismo de um bilhão de indivíduos.
Foto: CDC
5. Caramujos, barbeiros e moscas
Três animais dividem o 5º lugar, ainda que não sejam os causadores de mortes, mas sim os parasitas que eles transmitem. Cada uma das espécies provoca 10 mil mortes por ano. A esquistossomose é adquirida através do contato com água contaminada, e caramujos são os hospedeiros intermediários. Já as doenças de Chagas e do sono são transmitidas por insetos – barbeiro e moscas tsé-tsé, respectivamente.
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4. Cachorros
A raiva, doença infecciosa causada por um vírus, pode ser transmitida por inúmeros animais. Em locais onde a raiva é comum em cães, em 99% dos casos são eles que transmitem a doença às pessoas. Pode levar meses até que os sintomas fatais apareçam. A boa notícia é que existem vacinas contra a doença, que mata anualmente cerca de 25 mil pessoas.
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3. Cobras
Por via das dúvidas, a melhor opção é passar bem longe das cobras. Algumas espécies não são venenosas, e outras não são capazes de matar, mas existe um número suficiente de cobras perigosas, que matam cerca de 50 mil pessoas por ano.
Foto: picture-alliance/dpa/blickwinkel/B. Trapp
2. Seres humanos
Sim, nós também estamos na lista. O ser humano é incrivelmente criativo quando se trata de matar outros de sua espécie. Triste, porém verdade: ocupamos o segundo lugar do ranking, matando 475 mil pessoas por ano.
Foto: picture-alliance/dpa
1. Mosquitos
Além de serem incômodos, os mosquitos podem levar à morte. Na verdade, não é exatamente o inseto que mata, e sim as doenças disseminadas por ele. A malária é a mais letal, e há ainda a dengue, a febre amarela e a encefalite. Os mosquitos são responsáveis pela morte de 725 mil pessoas por ano.