Pequim ordena interrupção de atividades de He Jiankui, que disse ter criado primeiros bebês geneticamente modificados. Governo classifica experimento de ilegal e inaceitável e anuncia investigação.
He disse que o bebês – duas gêmeas – nasceram há algumas semanas e tiveram seus DNAs alterados para prevenir a infecção por HIV. Ele afirmou ter usado a técnica de edição genética conhecida como CRISPR-Cas9. Seu anúncio, que não foi verificado por outros cientistas, impulsionou discussões sobre a ética e a segurança de pesquisas do tipo.
O vice-ministro da Ciência e da Tecnologia da China, Xu Nanping, disse à emissora estatal CCTV que sua pasta se opõe fortemente às atividades que teriam resultado em bebês geneticamente editados, classificando-as de ilegais e inaceitáveis. O experimento "cruzou a linha da moralidade e da ética à qual a comunidade acadêmica aderiu", disse o ministro, afirmando que uma investigação sobre o caso foi aberta.
"O incidente envolvendo os bebês geneticamente modificados violou descaradamente as leis e regulações relevantes do nosso país", acrescentou.
Em comunicado emitido nesta quinta-feira, os organizadores da conferência em que He fez o polêmico anúncio no último fim de semana condenaram o experimento, classificando-o de irresponsável e em desacordo com normas internacionais.
Segundo o comunicado, é uma irresponsabilidade testar a edição genética em óvulos, espermatozoides ou embriões a não ser em pesquisas laboratoriais, porque os riscos ainda são desconhecidos. Os organizadores pediram uma investigação independente sobre a edição genética anunciada por He.
O cientista estudou nas universidades de Rice e Stanford, nos Estados Unidos, antes de regressar a sua terra de origem para abrir um laboratório na Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, em Shenzhen, onde também tem duas empresas de genética.
A universidade se distanciou de He após o polêmico anúncio, afirmando que ele estava numa licença não remunerada desde fevereiro e "violou gravemente a ética acadêmica".
Oito casais se candidataram para os experimentos de He, todos formados por pais portadores de HIV e mães livres do vírus. Segundo He, além das gêmeas nascidas, houve outra "potencial gravidez" envolvendo um segundo casal, mas ainda não está claro se a gestação ainda está em curso.
Mais de 120 cientistas chineses divulgaram uma carta aberta a He, na qual condenam sua experiência de edição genética e alertam para profundas implicações médicas e éticas. Cientistas de outros países também se manifestaram.
A edição genética para propósitos reprodutivos pode ser considerada no futuro, "mas apenas quando houver uma necessidade médica convincente", com uma compreensão clara dos riscos e benefícios, afirmou Victor Dzau, presidente da Academia Nacional de Medicina dos EUA. "Não seguir tais diretrizes seria um ato irresponsável", disse.
Especialistas alertaram que a edição genética de embriões humanos pode criar mutações indesejadas, que podem ter consequências durante toda a vida.
LPF/ap/rtr/afp
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Começa a cúpula do G20 em Buenos Aires
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Um problema técnico no avião que levava Angela Merkel para cúpula do G20, na Argentina, fez com que a viagem fosse adiada. O avião precisou fazer uma escala forçada em Colônia. O problema ocorreu uma hora após a decolagem em Berlim. A chanceler federal da Alemanha perderá o início do evento em Buenos Aires, mas pretende chegar para o jantar com líderes. (29/11)
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UE fixa data para fim da era do carbono
Numa estratégia de longo prazo, a União Europeia (UE) instou governos, empresas e cidadãos a aderirem à ambiciosa meta de cortarem as emissões de gases do efeito estufa, deixando de lado os combustíveis fósseis, e atingirem a chamada "neutralidade climática" até 2050. (28/11)
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Morre criador do "Bob Esponja"
O criador do famoso desenho "Bob Esponja", Stephen Hillenburg morreu, aos 57 anos, nos Estados Unidos, após complicações de uma esclerose lateral amiotrófica (ELA). Nascido em 21 de agosto de 1961 em Lawton, Hillenburg foi professor de Biologia Marinha antes de se dedicar totalmente ao desenho criado em 1999. Ele deixou a esposa e um filho. (27/11)
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Dezenas de baleias morrem na Nova Zelândia
Mais de 140 baleias-piloto morreram encalhadas no fim de semana na Ilha Steward, no sul da Nova Zelândia. Elas ficaram presas na baía Mason, em dois grupos separados por dois quilômetros. Aproximadamente metade das baleias já estava morta quando os socorristas chegaram. A causa do encalhe não foi determinada. Mas doenças, predadores ou condições climáticas extremas podem ter sido fatores. (26/11)
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Os líderes dos 27 países restantes na União Europeia após a saída do Reino Unido do bloco deram seu aval aos termos para o Brexit acordados com a primeira-ministra britânica, Theresa May. Além do acordo sobre como se dará a separação, já aprovado por ministros, foi aprovada a declaração política sobre como deve ser a relação entre ambas as partes, a ser anexada ao pacto principal. (25/11)
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Com gás lacrimogêneo e canhões d'água, 3 mil de policiais enfrentaram manifestantes reunidos no centro de Paris para protestar contra o aumento da tributação de combustíveis decretado por governo Macron. "Coletes amarelos" portavam cartazes com dizeres como “morte aos impostos”. Nos últimos dias também houve bloqueios de estradas pelo país. (24/11)
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Os preparativos para o mercado de Natal nas proximidades da igreja Gedächtniskirche, em Berlim, incluem este ano medidas severas de proteção. Gradesde metal e sacos de areia vão formar uma fortaleza em torno da praça Breitscheidplatz, onde em 2016 um tunisiano usou um caminhão para avançar sobre as barracas do mercado, matando 12 pessoas e ferindo mais de 70. (22/11)
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Cubanos que integram o programa Mais Médicos receberam uma orientação do país caribenho e começaram a deixar de atender pacientes em alguns municípios. Representantes do Brasil, de Cuba e da Organização Pan-Americana da Saúde, que intermediou o contrato entre os dois países, se reuniram em Brasília e decidiram que os médicos cubanos deixarão gradualmente o programa até 12 de dezembro. (20/11)
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Descoberto afresco com cena da mitologia greco-romana
Arqueólogos revelaram no parque arqueológico de Pompeia um afresco até então desconhecido: a "cena de sensualidade" mostra a princesa Leda sendo seduzida por um cisne, que na realidade é Zeus, rei dos deuses do Olimpo, metamorfoseado. A antiga cidade foi soterrada no ano 79 pelo vulcão Vesúvio. "As descobertas extraordinárias continuam", comentou o diretor do parque, Massimo Osanna. (19/11)
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Macron pede união franco-alemã para evitar "caos"
Em Berlim, o presidente francês Emmanuel Macron disse que cabe à França e à Alemanha a abertura de "uma nova etapa" na construção de uma Europa soberana para evitar o risco de "caos global". "A Europa, e dentro dela o par franco-alemão tem a obrigação de não deixar o mundo mergulhar no caos e sim acompanhá-lo no caminho da paz", disse Macron. (18/11)
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Submarino argentino desaparecido há um ano é localizado
O Ministério da Defesa e a Marinha da Argentina informaram que a empresa americana Ocean Infinity encontrou o submarino argentino ARA San Juan, desaparecido há um ano nas águas do Atlântico com 44 tripulantes a bordo. O submarino foi encontrado a 900 metros de profundidade. As imagens dos destroços sugerem que a embarcação sofreu uma "implosão" no casco por causa da pressão do mar. (17/11)
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Camboja condena ex-líderes comunistas
O Tribunal Internacional do Camboja condenou a prisão perpétua os dois últimos líderes vivos do Khmer Vermelho por genocídio e crimes contra a humanidade cometidos pelo regime comunista entre 1975 e 1979. Os acusados são Nuon Chea, de 92 anos, o segundo na hierarquia e ideólogo da organização, e Khieu Samphan, de 87, ex- chefe de Estado. (16/11)
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Crise no Reino Unido
A primeira-ministra britânica, Theresa May, luta por sua sobrevivência política enquanto busca apoio para um acordo preliminar para o Brexit alcançado com a União Europeia (UE). May defendeu sua estratégia perante o Parlamento Britânico, após dois de seus ministros e dois secretários de Estado anunciarem suas renúncias. (15/11)
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Cuba abandona Mais Médicos
Cuba comunicou que, após cinco anos, vai se retirar do programa Mais Médicos devido a declarações "ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro. Para Havana, as modificações sinalizadas pelo futuro governo no projeto são "inaceitáveis". Bolsonaro reagiu ao anúncio, afirmando que "infelizmente" Cuba não aceitou as condições impostas para a continuidade do programa. (14/11)
Foto: DW/C. Neher
Incêndio mortal na Califórnia
O número de mortos do incêndio florestal "Camp Fire", no norte da Califórnia, aumentou para 42, fazendo com que este seja não apenas o pior incêndio da história do estado da costa oeste dos Estados Unidos como também o mais mortal. O Camp Fire atinge uma área de 470 quilômetros quadrados e, em cinco dias, consumiu mais de 7,1 mil residências e outras estruturas. (13/11)
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Morre aos 95 anos Stan Lee
Morreu aos 95 anos, Stan Lee, lenda dos quadrinhos e pai dos mais importantes personagens da Marvel, como Homem-Aranha, Hulk e X-Men. Como escritor e editor, Lee foi a chave para a ascensão da Marvel como um império dos quadrinhos na década de 1960. Em colaboração com artistas como Jack Kirby e Steve Ditko, ele criou super-heróis que encantaram várias gerações de leitores. (12/11)
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Macron discursa contra o nacionalismo
O presidente Emmanuel Macron recepcionou líderes mundiais em Paris para as celebrações dos cem anos do armistício da Primeira Guerra. Ele criticou sentimentos de nacionalismo e alertou para "demônios antigos" que ameaçam a paz. "Ao dizer 'nossos interesses em primeiro lugar, não importa o que aconteça aos outros', você apaga a coisa mais preciosa que uma nação pode ter: seus valores morais."
Foto: Reuters/B. Tessier
Fim da Primeira Guerra Mundial
O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, protagonizaram um encontro histórico em Compiègne, ao norte de Paris, no mesmo lugar onde, cem anos atrás, a Alemanha e as potências aliadas assinaram o armistício que encerrou a Primeira Guerra Mundial. Merkel e Macron depositaram uma coroa de flores no local. (10/11)
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Os 80 anos da "Noite dos Cristais"
Uma cerimônia do Conselho Central dos Judeus em Berlim marcou os 80 anos da "Noite dos Cristais", quando, na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, houve tumultos generalizados contra judeus e instituições e estabelecimentos judaicos em toda a Alemanha. No evento, a chanceler federal Angela Merkel reiterou a necessidade de se agir de forma decidida contra o antissemitismo e o racismo. (09/11)
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Trudeau pede perdão por recusa de judeus
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, se desculpou formalmente, em nome de seu país, pela recusa do Canadá em aceitar centenas de refugiados judeus que fugiam da Alemanha nazista pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Do grupo recusado, mais de 250 morreram durante o Holocausto. "Lamentamos por não termos pedido desculpas antes", afirmou o premiê. (08/11)
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Procurador-geral dos EUA renuncia
O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, renunciou ao cargo a pedido do presidente americano, Donald Trump. A relação entre os dois estava estremecida há pouco mais de um ano, desde que Sessions se afastou da investigação sobre a suposta ingerência russa nas eleições presidenciais. (07/11)
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Eleições nos Estados Unidos
Os eleitores americanos foram às urnas para renovar parte do Congresso. As eleições de meio de mandato ("midterm") ocorrem sempre cerca de dois anos após a posse do presidente e, especialmente neste ano, são vistas como um referendo sobre a gestão na Casa Branca. Se perder maioria no Congresso, Donald Trump pode ter projetos travados pelo restante do mandato. (06/11)
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Egito cancela visita oficial do Brasil
O governo do Egito cancelou uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, faria ao país árabe. O governo brasileiro foi informado sobre a decisão às vésperas da viagem, algo atípico na diplomacia. Cairo alegou problemas na agenda, mas o gesto foi entendido como uma retaliação a declarações pró-Israel feitas recentemente pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. (05/11)
Foto: picture alliance/AP Photo/A.Cubillos
Primeiro dia do Enem 2018
Milhões de candidatos em todo o Brasil participaram do primeiro dia de provas do Enem 2018, que contou com 45 questões de ciências humanas, 45 questões de linguagens e uma redação. O tema da dissertação foi "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet". O segundo dia de exame ocorre em 11 de novembro, com questões de ciências da natureza e matemática. (04/11)
Foto: Agência Brasil/V. Campanato
Tensão no Paquistão após absolvição de cristã
O destino da paquistanesa Asia Bibi, uma cristã condenada à morte por blasfêmia e que foi absolvida da sentença há alguns dias, foi posto num limbo depois que o Paquistão permitiu que extremistas islâmicos apelassem contra sua absolvição. Críticos condenaram o governo por ceder aos radicais. Ela segue presa, enquanto seu advogado deixou o Paquistão dizendo temer por sua vida. (03/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Hassan
Professores contra "escola neutra" na Alemanha
Cerca de 100 professores de uma escola em Hamburgo lançaram um manifesto contra a plataforma online criada pelo partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que permite que alunos denunciem professores que expressarem opiniões políticas durante as aulas. Profissionais acusam a AfD de "distorção dos princípios democráticos" e defendem a liberdade de opinião. (02/11)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Moro aceita chefiar Ministério da Justiça
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o comando do Ministério da Justiça. Após reunião no Rio de Janeiro, Moro disse em nota estar "honrado" com o convite e que aceita o cargo com "certo pesar", pois terá abandonar seus 22 anos de magistratura. (01/11)