China reporta primeira morte por coronavírus em seis meses
20 de novembro de 2022
Anúncio ocorre em meio à imposição de novas e severas medidas restritivas na capital, Pequim, e em outras regiões do país, para evitar novos surtos.
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A China anunciou sua primeira morte por coronavírus em quase meio ano em momento em que o governo do país impõe novas medidas restritivas na capital, Pequim, e em outras regiões do país para evitar novos surtos.
A Comissão Nacional de Saúde relatou neste domingo (20/11) a morte de um homem de 87 anos em Pequim – a primeira desde 26 de maio – acrescentando que havia registrado mais de 24 mil infecções em todo o país no dia anterior.
A última morte havia sido relatada em Xangai, que registrou um grande aumento nas infecções por covid-19 durante o verão.
Enquanto o mundo está se ajustando para viver com o coronavírus, a China manteve sua política de "covid zero", destinada a eliminar infecções por meio de testes em massa, rastreamento de casos, lockdowns e quarentenas.
Restrições em Pequim
No início deste mês, Pequim surpreendeu, anunciando sua mais significativa flexibilização das restrições em relação ao coronavírus, incluindo uma redução dos tempos de quarentena para chegadas internacionais.
No entanto, não houve relaxamento na abordagem "zero covid", apesar de suas graves consequências sociais e econômicas.
Em um sinal de que a reabertura da China, três anos após o início da pandemia, ainda pode ser interrompida, os residentes de Pequim – onde 621 casos diários foram relatados no domingo – foram instruídos a não saírem de seus bairros na cidade.
Um grande número de restaurantes, lojas, shoppings, escritórios e prédios de apartamentos também foram fechados ou isolados.
Vários parques, pavilhões esportivos e ginásios permanecem fechados.
Enquanto isso, a cidade de Guangzhou, no sul – um ponto crítico da atual onde de contágios – registrou 8 mil novas infecções no domingo, levando a uma triagem geral no bairro de Haizhu, onde residem cerca de 1,8 milhão de pessoas.
A megacidade foi palco na semana passada de confrontos entre manifestantes, revoltados com o novo bloqueio, e a polícia.
md (AFP, AP)
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.