China revoga quarentena para viajantes do exterior
26 de dezembro de 2022A China vai abolir, a partir de 8 de janeiro, a quarentena obrigatória para todos aqueles que viajarem ao país asiático, anunciaram nesta segunda-feira (26/12) as autoridades sanitárias chinesas, em mais uma medida de afrouxamento das restrições anticovid.
A partir do mês que vem, será exigida apenas a apresentação de um teste negativo recente a todos que queiram entrar em território chinês, informou em um comunicado a Comissão de Saúde da China, órgão que tem status de ministério.
A China é o único grande país do mundo que ainda exige quarentena para quem viaja ao seu território. Pelas regras atuais, o confinamento tem duração de cinco dias, seguidos de outros três de observação domiciliar.
Três anos depois do surgimento dos primeiros casos de covid-19 na cidade chinesa de Wuhan, Pequim eliminou no início de dezembro, e sem aviso prévio, a maioria das medidas mais rigorosas que sustentavam sua política de 'covid zero', em um contexto de crescente descontentamento da população e diante do forte impacto que essas regras estavam tendo na economia.
No entanto, e desde então, a China enfrenta um aumento explosivo do número de infectados pelo vírus. Muitos hospitais estão saturados e as farmácias sofrem com escassez de medicamentos.
Xi rompe silêncio
Nesta segunda-feira, o líder do país, Xi Jinping, pediu às autoridades medidas para "proteger com eficácia" as vidas de seus habitantes diante do avanço da covid-19, em suas primeiras declarações públicas desde que Pequim relaxou as restrições.
"Deveríamos lançar uma campanha sanitária patriótica de maneira mais afinada", para fortalecer "a prevenção e o controle" da epidemia e "proteger com eficácia a vida, a segurança e a saúde das pessoas", disse Xi, citado pela emissora estatal CCTV.
"A prevenção e o controle da covid-19 na China estão se deparando com uma situação nova e com tarefas novas", acrescentou.
A China anunciou ontem que não publicaria mais estatísticas sobre a pandemia, que eram alvo de críticas pela enorme defasagem entre os números oficiais e a onda atual no país.
jps (AFP, ots)