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China testa sistema de transporte público sem motorista

24 de outubro de 2017

Mistura entre ônibus, trem e bonde é movido a baterias recarregáveis. Custos equivalem a 20% dos de sistema convencional. Veículos elétricos são aposta da China em indústria promissora e contra poluição.

Veículo conhecido como ART é testado em Zhuzhou
Veículo conhecido como ART é testado em ZhuzhouFoto: picture-alliance/dpa/Imaginechina

O primeiro sistema público de transporte rápido sem motorista do mundo foi testado com sucesso na cidade chinesa de Zhuzhou, na província de Hunan, informou nesta terça-feira (24/10) a agência oficial de notícias Xinhua.

Com capacidade para transportar até 300 passageiros, o veículo testado é uma mistura entre ônibus, trem e bonde. Ele tem três vagões, mede 32 metros de comprimento, tem uma velocidade máxima de 70 quilômetros por hora e está equipado com sensores para ler as dimensões das ruas. Ele é movido à eletricidade, com baterias recarregáveis.

A empresa que construiu o Autonomous Rail Rapid Transit (ART) quer ampliar o veículo para cinco vagões, o que deverá aumentar a capacidade de transporte para 500 passageiros. No teste, o veículo fez um percurso de três quilômetros, levando passageiros por pistas virtuais nas ruas de Zhuzhou durante 24 horas.

O sistema e o veículo foram desenvolvidos pelo braço de pesquisas da CRRC Zhuzhou Locomotive, empresa que produz peças para a ferrovia de alta velocidade da China.

"Operando em pistas virtuais por meio de sensores montados no veículo, o trem pode ajustar sua tração, frenagem e indicações às ordens do sistema central", disse Feng Jianghua, engenheiro-chefe da CRRC Zhuzhou Locomotive. Ele acrescentou que o veículo será lançado oficialmente em 2018.

A CRRC Zhuzhou Locomotive salientou ainda que o sistema custa apenas o equivalente a 20% de um sistema de bonde tradicional – uma solução que facilitaria a ampliação de sistemas de transporte público especialmente em localidades que não têm recursos financeiros para novas linhas de metrô e trem.

Veículos elétricos

Novas ideias no âmbito do transporte público são bem-vindas na China, um país assolado por altíssimos níveis de poluição atmosférica e por engarrafamentos.

A China tem os planos governamentais mais agressivos do mundo para promover o desenvolvimento de carros elétricos, por exemplo. Os líderes comunistas os enxergam como uma indústria promissora e uma maneira de limpar cidades mergulhadas no smog (mistura de fumaça e neblina).

No último domingo, os primeiros dez ônibus elétricos começaram a circular nas ruas de Pequim, onde até finais deste ano as autoridades esperam que 4.500 desses veículos estejam em pleno funcionamento, segundo informou também a Xinhua.

Os ônibus têm 18 metros de comprimento e são pintados de vermelho. Serão alimentados por baterias que podem ser carregadas em apenas 15 minutos e têm a possibilidade de percorrer até 130 quilômetros com apenas uma carga, segundo a autoridade de transporte de Pequim.

A cidade é considerada uma das capitais mais contaminadas do mundo. O trânsito, as usinas termoelétricas e os sistemas de calefação são alguns dos principais causadores da poluição, algo que Pequim tenta combater com limitações à circulação de veículos e a substituição gradual do carvão por gás natural como fonte de energia.

Segundo a Xinhua, o número de veículos elétricos que atualmente circulam pela capital chinesa é de cerca de 151.500.

RK/efe/ap/ots

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