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China voltará a emitir passaportes para viajar ao exterior

27 de dezembro de 2022

Medida passa a valer a partir de 8 de janeiro de 2023 e não abrange a emissão de vistos de turismo para estrangeiros que queiram viajar à China.

Pessoas de máscara em um aeroporto levam malas
Viajantes estrangeiros poderão obter um visto de trânsito entre 24 horas e 144 horas em algumas cidades chinesasFoto: Kyodo/picture alliance

A China anunciou nesta terça-feira (27/12) que voltará a emitir, a partir de 8 de janeiro de 2023, passaportes para cidadãos chineses que desejam viajar ao exterior a turismo ou para visitar amigos e familiares, além de retomar alguns vistos de trânsito para viajantes internacionais.

Segundo as autoridades de imigração, com a medida, os residentes chineses poderão voltar a usufruir do turismo internacional de "forma ordenada".

Além disso, os residentes da China continental poderão se beneficiar novamente da emissão de vistos para viajar a Hong Kong a turismo e a negócios.

Por outro lado, os viajantes estrangeiros poderão obter um visto de trânsito entre 24 horas e 144 horas em algumas cidades chinesas, se cumpridos uma série de requisitos.

No entanto, as autoridades de imigração chinesas não mencionaram a volta de emissão de vistos de turismo para estrangeiros que queiram viajar à China.

Sobre essa questão, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse que a China continuará ajustando "dinamicamente" as políticas de vistos "para estrangeiros" de acordo com a situação da pandemia.

Fim da exigência de quarentena

Na segunda-feira, a China já havia anunciado que iria abolir, também a partir de 8 de janeiro, a quarentena obrigatória para todos aqueles que viajarem ao país asiático.

A partir do mês que vem, será exigida apenas a apresentação de um teste negativo recente a todos que queiram entrar em território chinês.

A China é o único grande país do mundo que ainda exige quarentena para quem viaja ao seu território. Pelas regras atuais, o confinamento tem duração de cinco dias, seguidos de outros três de observação domiciliar - uma redução considerável se comparada aos 21 ou até 28 dias que muitas cidades chegaram a exigir em alguns períodos.

Fim da estratégia de "zero covid”

Três anos depois do surgimento dos primeiros casos de covid-19 na cidade chinesa de Wuhan, Pequim eliminou no início de dezembro, e sem aviso prévio, a maioria das medidas mais rigorosas que sustentavam sua política de "covid zero", diante dos maiores protestos no país em três décadas e do forte impacto que essas regras estavam tendo na economia.

No entanto, e desde então, a China enfrenta um aumento explosivo do número de infectados pelo vírus, com crematórios lotados, hospitais saturados e escassez de medicamentos nas farmácias.

No domingo, a China anunciou que não publicaria mais estatísticas sobre a pandemia, que eram alvo de críticas pela enorme defasagem entre os números oficiais e a onda atual no país.

Neste contexto, não sendo mais possível rastrear a origem dos casos de covid-19, muitas pessoas questionaram a utilidade das quarentenas para viajantes internacionais agora banidas.

le (AFP, EFE, ots)

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