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O presidente mais jovem

2 de julho de 2010

Aos 51 anos, democrata-cristão ocupa a chefia de Estado da RFA, após ter sido o mais jovem governador da história do país. Além disso, é o primeiro católico no cargo em mais de 40 anos.

Christian Wullf no juramento de posseFoto: AP

Nascido em 19 de junho de 1959 em Osnabrück, Baixa Saxônia, Christian Wilhelm Walter Wulff é o décimo e mais jovem presidente da história da República Federal da Alemanha.

A infância do político não foi fácil, e logo ele foi forçado a assumir responsabilidades. Quando contava apenas dois anos de idade, seus pais se separaram, e, quando tinha 14 anos, o padrasto abandonou a família, depois de ser diagnosticada múltipla esclerose na mãe de Christian Wulff. Durante a adolescência, ele teve não só que cuidar da mãe inválida como brigar com o padrasto pela moradia e o sustento da família.

Político precoce

Wulff começou bem cedo sua carreira política. Em 1975, ainda colegial, aderiu à conservadora União Democrata Cristã (CDU), e aos 19 anos já era membro do diretório federal do partido. Após o estudo de Direito, entrou para o conselho municipal de Osnabrück, do qual se tornou, em 1989, presidente da bancada democrata-cristã. No ano seguinte passou a praticar a advocacia em sua cidade natal.

Em 2003, Christian Wulff foi eleito governador da Baixa Saxônia, ao derrotar Sigmar Gabriel, e tornando-se o político mais jovem a assumir a administração de um estado federado alemão. Em duas tentativas anteriores, em 1994 e 1998, ele fora derrotado pelo social-democrata Gerhard Schröder.

No posto de governador, Wulff se dedicou ao saneamento orçamentário do estado, que melhorou consideravelmente sua posição dentro do país, nos quesitos rendimento econômico e emprego. Desde logo, evitou um curso polêmico, adotando um papel representativo e paternalista, e opondo, à oposição, uma política pragmática. Em abril de 2010, colocou a teuto-turca Aygül Özgan à frente da Secretaria de Assuntos Sociais, como primeira mulher de origem estrangeira em um gabinete alemão.

"Vontade incondicional de poder"

Em entrevista relativa às eleições parlamentares de 2009, Wulff descartou qualquer ambição à Chancelaria Federal, afirmando que "me falta a vontade incondicional de poder, a disposição de subordinar tudo a ela".

Em 35 anos de carreira política, Wulff jamais foi um homem de decisões inesperadas. Confirmando esse histórico de cautela e confiabilidade, só renunciou ao cargo de governador no próprio dia da eleição presidencial, quando se constatou que dispunha da maioria necessária.

Christian Wulff considera o novo cargo político "uma grande aventura", e anunciou que pretende transformar o palácio presidencial de Bellevue, em Berlim, num "think tank para a Alemanha". Com o apoio das cabeças pensantes da ciência, política e das artes, promete fornecer impulsos para questões urgentes relativas ao futuro do país. Estas incluem os desafios demográficos, a integração dos imigrantes e, não menos importante, "a saída da crise financiada através de dívidas e, desse modo, a consolidação dos orçamentos públicos".

O décimo presidente federal da Alemanha é o segundo católico no cargo desde 1949: depois de Heinrich Lübke (1959-1969), todos os demais sete chefes de Estado alemães eram protestantes. Separado da primeira esposa desde 2006, com quem esteve casado por 20 anos e teve a filha Annalena, ele casou em 2008 com sua assessora, Bettina, com quem tem um filho, Linus Florian.

AV/apd/dpa/kna
Revisão: Roselaine Wandscheer

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