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CatástrofeBrasil

Chuvas causam destruição e mortes no estado de São Paulo

31 de janeiro de 2022

Ao menos 21 pessoas morreram desde sexta-feira, incluindo oito crianças. Temporais provocaram deslizamentos de terra, enchentes e alagamentos e deixaram centenas de desalojados.

Bombeiros e moradores buscam vítimas após deslizamento em Franco da Rocha
Bombeiros e moradores buscam vítimas após deslizamento em Franco da Rocha, onde oito mortes foram confirmadasFoto: Orlando Junior/Futura Press/AP Photo/picture alliance

Fortes chuvas causaram deslizamentos de terra, alagamentos, enchentes e a morte de ao menos 21 pessoas no estado de São Paulo entre a última sexta e esta segunda-feira (31/01), incluindo oito crianças.

O número de mortes foi atualizado pelo Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, em entrevista ao G1 e à TV Globo na manhã desta segunda. Segundo o governo paulista, cerca de 500 pessoas estão desalojadas.

Neste domingo, o governador João Doria (PSDB) anunciou a liberação de R$ 15 milhões para ajudar as cidades atingidas. Ele sobrevoou Franco da Rocha e Francisco Morato, na Grande São Paulo, que estão entre as localidades mais afetadas pelos temporais.

"Estou acompanhando com muita tristeza os danos causados pelas fortes chuvas em SP", escreveu Doria no Twitter, manifestando solidariedade às famílias e amigos das vítimas. "Estamos trabalhando nos resgates e autorizei recursos para acolher os atingidos."

Entre mais atingidas pelos temporais estão ainda: Arujá, Embu das Artes, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jaú, Capivari, Montemor, Rafard, Ribeirão Preto e Itapevi.

A prefeitura de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, confirmou cinco mortes na cidade, e ainda há feridos e desaparecidos.

No domingo, as autoridades locais alertaram que uma represa na região estava com quase 80% de sua capacidade, o que poderia levar à abertura das comportas e causar mais alagamentos. "Se você mora em área de risco de alagamento, procure abrigo na casa de amigos e parentes", escreveu a prefeitura em alerta divulgado no Twitter.

Em Francisco Morato, quatro pessoas morreram, entre elas três crianças e um adolescente.

Em Várzea Paulista, cinco pessoas de uma mesma família, incluindo três crianças, morreram após a casa onde moravam ser atingida por um deslizamento de terra.

Em Embu das Artes, na Grande São Paulo, três pessoas da mesma família, incluindo uma criança de quatro anos, morreram após uma casa ser atingida por um deslizamento de terra.

Em Arujá, também na Grande São Paulo, um homem de 59 anos morreu após seu carro ficar submerso.

Em Jaú, no interior do estado, um homem de 61 anos morreu afogado após sua casa ser inundada pela água da chuva.

Em Ribeirão Preto, um homem de 57 anos foi arrastado pela enxurrada.

Em Itapevi, na Grande São Paulo, um bebê de quatro meses de idade morreu após um deslizamento.

Prefeitura de Franco da Rocha alertou que ma represa na região estava com quase 80% de sua capacidade, o que poderia levar à abertura das comportas e causar mais alagamentosFoto: Orlando Junior/Futura Press/AP Photo/picture alliance

No fim deste domingo, a Defesa Civil do Estado mantinha ativo alerta de chuvas fortes, seguidas por raios e ventos em boa parte do estado, com risco, em áreas vulneráveis, de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, enchentes e ocorrências relacionadas a raios e ventos.

O Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, deverá visitar São Paulo nesta segunda.

Na capital paulista, as fortes chuvas levaram à suspensão da vacinação contra a covid-19 neste domingo (30), para segurança dos cidadãos e funcionários, segundo a prefeitura. Na manhã desta segunda, continuava a chover na cidade.

Chuvas fortes vêm causando estragos no Brasil desde o início do período chuvoso, tendo provocado enchentes devastadoras e 24 mortes na Bahia e outros 19 óbitos em Minas Gerais, onde também levaram a uma suspensão das atividades de mineradoras.

lf (Reuters, AFP, ots)

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