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CIA indica que 15 mil soldados russos já morreram na Ucrânia

21 de julho de 2022

Número de feridos russos seria três vezes maior. Diretor do serviço secreto americano avalia que a tendência é a Rússia manter a maior parte do seu efetivo na região do Donbass, no leste ucraniano.

Soldado ferido está sentado em uma cama de hospital, com uniforme militar. Ele recebe medicação na veia e tem a cabeça enfaixada.
Soldado ferido aguarda atendimento em hospital militar de Zaporíjia, no sudeste da UcrâniaFoto: Emre Caylak/AFP

O diretor da Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, estima que em torno de 15 mil soldados russos já morreram desde o início oficial da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Ele avalia que o número de militares russos feridos em combate pode chegar a 45 mil.

As afirmações foram proferidas na noite desta quarta-feira (20/07) durante uma conferência de segurança em Aspen, no estado do Colorado.

"As mais recentes estimativas da comunidade de inteligência americana apontam para algo próximo de 15 mil [soldados russos] mortos e talvez três vezes mais de feridos. Portanto, um montante significativo de baixas", afirmou Burns. "Os ucranianos também sofreram também, provavelmente um pouco menos do que isso."

A Rússia classifica as mortes de militares como segredo de Estado e não divulgou nenhuma atualização sobre possíveis perdas nos últimos meses. Em 25 de março, o Kremlin informou que 1.351 soldados russos haviam morrido no conflito.

Kiev, por sua vez, anunciou em junho que entre 100 e 200 soldados ucranianos estavam morrendo diariamente nas batalhas.

Aprendendo com fracasso em Kiev

Burns destacou que o fato de as Forças Armadas russas terem deslocado suas tropas do norte para o leste da Ucrânia, na região do Donbass, indica que podem ter aprendido com os próprios equívocos cometidos no início da guerra, quando tentaram tomar a capital Kiev, sem sucesso.

"De certo modo, o que os militares russos fizeram foi retirarem-se para uma guerra mais confortável, em certo sentido, utilizando suas vantagens e poder de fogo de longo alcance para se distanciar e destruir alvos ucranianos de maneira efetiva, e compensar as deficiências de contingente que ainda experimentam", destacou Burns.

Nesta quarta-feira, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, comentou que as "tarefas" militares de Moscou na Ucrânia iriam agora além do Donbass, no sinal mais claro, até hoje, de que a Rússia expandiu seus alvos de guerra.

gb/av (Reuters, DPA)

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