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Cidadã indonésia recebeu US$ 90 para atacar Kim Jong-nam

25 de fevereiro de 2017

Detida afirma ter sido induzida a acreditar que se tratava de trote para um programa de câmera indiscreta. Perduram as suspeitas de que o líder político da Coreia do Norte teria ordenado atentado.

Diplomata indonésio Andreano Erwin defende inocência de sua compatriota
Diplomata indonésio Andreano Erwin defende inocência de sua compatriotaFoto: picture-alliance/dpa/MAXPPP

Uma mulher indonésia que participou do assassinato do meio-irmão do ditador norte-coreano Kim Jong-un teria recebido o equivalente a 90 dólares para atacá-lo no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur.

Após conversar com ela, o vice-embaixador indonésio na Malásia, Andreano Erwin, assegura que a jovem de 25 anos não sabia tratar-se de um atentado, tendo sido paga para supostamente passar um trote para um show de TV de "câmera indiscreta".

Segundo o diplomata, ela agiu de boa-fé, acreditando que o líquido que lhe fora entregue fosse "algo assim como óleo para bebês". Indagada sobre quem a contratara, ela respondeu vagamente que "alguém havia lhe pedido".

Nesta sexta-feira (24/02) a polícia da Malásia confirmou que no rosto de Kim Jong-nam encontraram-se vestígios no altamente tóxico "agente VX", classificado pela Organização das Nações Unidas como arma de destruição em massa. Quantidades mínimas gás dos nervos já acarretam a paralisação de funções orgânicas importantes e morte dolorosa.

Persona non grata para o ditador

"Assim ele foi envenenado": chefe de polícia malaio demonstra procedimento fatal contra Kim Jong-namFoto: Getty Images/AFP/M. Vatsyayana

Imagens de uma câmara de segurança divulgadas na última segunda-feira mostram duas mulheres se aproximando da vítima, em 13 de fevereiro, no aeroporto da capital malaia. Uma delas o aborda por trás, pressionando-lhe um lenço contra o rosto.

Em seguida ao ataque, Kim Jong-nam se dirige ao pessoal do aeroporto. A polícia local relata que ele morreu em meio a cólicas e convulsões, a caminho do hospital. A mídia sul-coreana especula que o assassinato possa ter sido ordenado por Kim Jong-un, com quem seu meio-irmão caíra em desgraça desde 2001, quando foi apanhado em Tóquio com um passaporte falso.

Pouco após o ataque em Kuala Lumpur foi detida uma mulher de 28 anos, identificada como Doan Thi Huong, portadora de passaporte vietnamita, que a cúmplice indonésia afirma desconhecer. Segundo a polícia malaia, uma das mulheres passou mal e vomitou no cárcere. Deduz-se que se trate da vietnamita, já que, de acordo com o vice-embaixador indonésio, sua compatriota está saudável.

AV/afp,dpa

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