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Cidade americana acopla câmeras ao uniforme de policiais

9 de abril de 2015

Após a morte de um homem por um policial no estado da Carolina do Sul, policiais de North Charleston usarão câmeras acopladas ao uniforme. Atirador teria histórico de uso excessivo de força contra afrodescendentes.

USA Polizist erschießt Mann Videostill
Foto: Reuters

Após o incidente que resultou na morte de um homem negro por um policial , o prefeito de North Charleston, Keith Summey, declarou nesta quarta-feira (08/04) que a cidade irá adquirir cerca de 100 câmeras corporais para serem acopladas aos uniformes de policiais. Summey confirmou também que o atirador, Michael Thomas Slager, foi demitido da polícia.

O vídeo feito por um cinegrafista amador, que registrou o momento em que o policial atira em Walter Scott, de 50 anos, gerou indignação em todo o país. As imagens mostram que Slager dispara oito vezes nas costas do homem, que fugia após um confronto físico com o policial.

A vítima teria sido abordada pelo policial em razão de um defeito na luz de freio de seu carro. O pai de Scott acredita que seu filho, pai de quatro crianças, tentou fugir "porque devia pagamentos da pensão alimentícia" e temia ser preso, e diz estar aliviado com a divulgação do vídeo. Ele comparou a ação do policial a de um caçador que "caça um cervo que corre pela mata".

"Retrocesso ao século 19"

O homem que filmou o incidente com a câmera de seu celular ao passar pelo local, Feidin Santana, disse que antes dos tiros houve uma briga corporal entre o policial e Scott. "Eles estavam no chão, e o policial tinha a situação sob controle", afirmou Santana, de 23 anos, à rede MSNBC. Havia uma arma de choque que não chegou a ser utilizada contra Slager, o que contraria a versão do policial de que Scott teria brigado para tomá-la de suas mãos.

Segundo relatos na imprensa, em 2013 Slager se envolveu em um incidente no qual teria feito uso excessivo de força contra afrodescendentes. Na ocasião ele utilizou sua arma de choque.

O parlamentar do estado da Carolina do Sul, James Clyburn, afirmou à DW que o impacto da morte de Walter Scott foi expressivo, porque as pessoas puderam ver exatamente o que aconteceu. "Incidentes como esse vêm ocorrendo. Acontece que, nesse caso, pudemos ver as imagens."

RC/ap/rtr/dpa

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