Concentração de ozônio no ar atinge nível duas vezes superior ao permitido, lançando o primeiro alerta em mais de uma década. Prefeitura pede que população permaneça em ambientes fechados e limita tráfego na cidade.
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A prefeitura da Cidade do México ordenou medidas de restrições de tráfego e recomendou que a população evitasse sair ao ar livre nesta terça-feira (15/03) devido à poluição atmosférica. Pela primeira vez em 13 anos, o governo municipal decretou estado de alerta ambiental, depois que a concentração de ozônio atingiu níveis duas vezes maiores do que o permitido.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, um sistema de alta pressão que atingiu a região central do país nos últimos três dias somado com a intensa radiação solar na segunda-feira criaram as condições para o aumento da concentração de ozônio na atmosfera.
Autoridades pediram que a população evitasse exercícios fiscos e atividades ao ar livre, além de permanecer em ambientes fechados entre 13h e 19h. Para reduzir a poluição, a prefeitura da metrópole de mais de 20 milhões de habitantes determinou a suspensão de algumas atividades industriais poluentes e limitou a circulação de automóveis entre 5h e 22h.
Concentração de ozônio prejudica produção de arroz
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A última vez que a cidade emitiu um alerta assim foi em setembro de 2002. Em 2005, no Ano Novo, a Cidade do México emitiu um alerta referente à poluição causada por partículas, que foi afetada pela quantidade de fogos de artifícios usados na época.
O ozônio, um elemento chave da fumaça, é um derivado do oxigênio criado pela radiação solar combinada com outros poluentes, como hidrocarbonetos e óxido de nitrogênio. Ele causa problemas respiratórios e é especialmente perigoso para crianças e idosos.
CN/rtr/dpa/ap
Alarmantes mortes em massa de animais
Milhares de animais selvagens vêm morrendo mundo afora. Ainda que as causas não tenham sido esclarecidas, a poluição e as mudanças climáticas são parte do mistério.
Foto: picture-alliance/dpa/Scorza
Tragédia no Rio de Janeiro
Somente este ano já foram registrados pelo menos 35 incidentes isolados de mortandade de peixes. Mais de 33 toneladas de peixes mortos foram retirados da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro (foto), locação dos Jogos Olímpicos de 2016. A poluição priva os animais do oxigênio de que necessitam para sobreviver.
Foto: picture-alliance/dpa/Scorza
Pássaros famintos
A costa oeste da América do Norte registrou morte sem precedentes de pássaros marinhos em 2015. Foram contadas até 10 mil aves tombadas. Depois de descartados doenças e traumas, o aquecimento global foi responsabilizado. Em fevereiro de 2016, recolheram-se por volta de 8 mil aves marinhas mortas no Alasca. Elas morreram de fome – embora seu alimento principal seja peixe.
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Thiessen
Herpes mortal em tartarugas
A ameaçada tartaruga-verde é uma das maiores tartarugas marinhas do mundo. Um vírus fatal do herpes – que impede a visão, a alimentação e o movimento – está afetando um crescente número desses animais. Os especialistas ainda estão investigando por que e como o vírus está se espalhando. Mais uma vez, a poluição e o aquecimento global parecem ser os principais culpados.
Foto: cc-by-Peter Bennett & Ursula Keuper-Bennett
Antílopes quase extintos
No início do ano passado, cientistas estimaram que mais da metade de todos os antílopes saiga, uma espécie seriamente ameaçada, tenham morrido em menos de duas semanas. Os pesquisadores advertiram que a espécie estava sofrendo as consequências das mudanças climáticas e poderia se extinguir no prazo de um ano. Até agora, não houve relatos sobre novas mortes em massa.
Foto: Imago/blickwinkel
Lulas em decomposição
No início de 2016, milhares de lulas gigantes foram encontradas mortas na costa do Chile – para a preocupação dos moradores e de cientistas. Embora esse fenômeno não seja novo na área, a enorme escala em que ocorreu é. Mais uma vez, o aquecimento global e o El Niño parecem ser os mais prováveis responsáveis pelas mortes.
Foto: Getty Images/AFP/Stringer
Calor demais para morcegos
Em 2015, milhares de morcegos caíram do céu em Bhopal, na Índia. Um ano antes, por volta de 100 mil dessas criaturas foram encontrada mortas no estado de Queensland, na Austrália. As ruas, árvores e quintais estavam cobertos com morcegos mortos ou moribundos. Esses mamíferos voadores são muito sensíveis ao calor e não conseguem suportar temperaturas elevadas.
Foto: Berlinale
Baleias cometem suicídio
As baleias naturalmente encalham e morrem, mas a poluição e as mudanças climáticas estão causando, provavelmente, um aumento desse fenômeno. Está acontecendo em todo o mundo: na Alemanha, nos EUA, na Nova Zelândia. No Chile, ao menos 400 baleias encalhadas foram registradas em 2015. Na foto, veem-se algumas das 29 cachalotes que foram encontradas mortas no norte europeu desde o início deste ano.