Mostras de água podem dar pistas sobre criaturas que vivem no lugar, diz pesquisador da Nova Zelândia. Projeto visa principalmente testar técnicas de coleta de informações genéticas em ecossistemas.
Anúncio
Um cientista da Nova Zelândia viajou com uma equipe para o lago Ness, na Escócia, para coletar amostras de água que podem dar pistas sobre quais criaturas vivem no local, inclusive o lendário monstro supostamente avistado mais de mil vezes nos últimos 1.500 anos.
"Mais de mil pessoas afirmam ter visto o monstro. Talvez haja ali algo de extraordinário", disse o geneticista Neil Gemmell, da Universidade de Otago, à agência de notícias AFP.
Gemmell confirma que as amostras de água que coletou serão avaliadas em busca do "DNA do monstro", mas admite que seu projeto visa principalmente testar técnicas de DNA que possam ser usadas para coletar informações genéricas da natureza.
O DNA ambiental, ou eDNA, é uma técnica de pesquisa que utiliza os traços orgânicos deixados pelos organismos vivos para identificá-los, fornecendo aos cientistas informações vitais sobre ecossistemas inteiros de uma só vez.
Longa história de avistamentos
O primeiro avistamento de uma criatura estranha no lago Ness, situado no norte da Escócia, é atribuído a São Columba, que introduziu o cristianismo na Escócia no século 6º. O mais recente foi em 26 de março de 2018, por um casal dos EUA.
Muitos que afirmam ter visto a criatura a descrevem como um ser reptiliano de pescoço longo, o que levou a teorias de que Nessie – como o monstro é carinhosamente apelidado – pudesse ser um plesiossauro remanescente. Acredita-se que esse animal da era dos grandes sáurios tenha sido extinto há pelo menos 66 milhões de anos.
MD/afp/ots/dw
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
Oito tesouros lendários e seus mistérios
O ser humano sempre foi fascinado por tesouros misteriosos. Muitos acabaram virando tema de livros e filmes, como a "Canção dos Nibelungos", "A Ilha do Tesouro" e a série cinematográfica "Indiana Jones".
Foto: picture-alliance/dpa/B. Walton
Trem de ouro nazista
Desde os anos 1970, circula o boato de que os nazistas esconderam um trem carregado de ouro, mas não há documentação a respeito. No fim da Segunda Guerra Mundial, na tentativa de preservar dos soviéticos a preciosa carga, os nazistas teriam deixado os vagões num túnel da ferrovia entre Wroclaw e Walbrzych, na zona mineira da Baixa Silésia. A região é cortada por numerosos caminhos subterrâneos.
Foto: Getty Images/AFP/J. Skarzynski
Cidade submersa
A Atlântida teria sido uma cidade magnífica na Antiguidade. Pena que desapareceu no fundo do mar 11 mil anos atrás. Durante séculos, pesquisadores e mergulhadores investiram fortunas em busca de indícios de que ela realmente existiu. Afinal, a Atlântida não foi inventada por um marinheiro bêbado, mas citada pelo filósofo grego Platão em pessoa.
Foto: picture-alliance/KPA Honorar & Belege
Câmara perdida na guerra
Muitos consideram a luxuosa Câmara de Âmbar do Palácio de Catarina, perto de São Petersburgo, Rússia, uma das maravilhas do mundo. Na 2ª Guerra Mundial, o original foi transportado em 28 caixas pelo exército alemão até o castelo de Königsberg. Depois da guerra apenas algumas partes reapareceram, o resto continua perdido. Uma réplica pode ser vista no Palácio de Catarina.
Foto: picture alliance/akg
Tesouro de Lima
Em 1820, em meio à resistência ao domínio colonial espanhol, o administrador do Peru e a Igreja se apressaram em salvar suas riquezas. Entre elas, uma estátua da Virgem Maria, de ouro e decorada com joias, a qual teria sido escondida na Ilha dos Cocos, na Costa Rica. Robert Louis Stevenson se inspirou na lenda para o clássico "Ilha do Tesouro", filmado por Orson Welles em 1965, entre outros.
Foto: picture-alliance/United Archives/IFTN
Arca da Aliança
A Arca da Aliança teria sido confeccionada há 3 mil anos em madeira de acácia, revestida em ouro por dentro e por fora, a fim de transportar as pedras onde estavam inscritos os Dez Mandamentos. Especialistas acham que a arca desapareceu por volta de 2.600 anos atrás, podendoo encontrar-se sob o Monte do Templo, em Jerusalém. Sua existência nunca foi arqueologicamente provada.
Foto: DW/Maksim Nelioubin
Tesouro dos Nibelungos
Também na Alemanha há tesouros esperando ser encontrados. De acordo com o poema épico "Nibelungenlied" (Canção dos Nibelungos), perto da cidade de Worms, Hagen von Tronje teria despejado no fundo do rio Reno o correspondente a 12 caminhões de joias e ouro. Inúmeros mergulhadores já procuraram o lendário tesouro, sem sucesso.
O Santo Graal, o cálice que Jesus teria usado na Última Ceia, é procurado deste os tempos do legendário rei Artur, no século 12. Quando Cristo foi crucificado, diz-se que um de seus discípulos perservou um pouco do sangue divino nessa taça. Ela é a causa das aventuras de Harrison Ford e Sean Connery no filme "Indiana Jones e a Última Cruzada", de 1989.
Foto: picture alliance/United Archives/IFTN
No fim do arco-íris
Para encerrar, a lenda do homem convencido de que havia um tesouro no fim do arco-íris. Depois de uma longa e cansativa busca, ele desistiu, mas acabou encontrando a si mesmo. Só então entendeu que o tesouro que procurava estava dentro dele o tempo todo: a felicidade. Aí talvez esteja algo que todos os aventureiros têm em comum.