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Cientistas descobrem planeta semelhante à Terra

25 de agosto de 2016

Planeta em torno de estrela anã vermelha e seria potencialmente habitável. Exoplaneta batizado de "Proxima b" fica a apenas 4,5 anos-luz da Terra e, segundo cientistas, poderia ser visitado no prazo de uma geração.

Ilustração mostra Proximo b orbitam em Proxima CentauriFoto: picture-alliance/dpa/ESO/M. Kornmesser

Cientistas descobriram um planeta parecido com a Terra, que orbita ao redor de uma estrela numa zona com temperaturas que permitiriam a presença de água no estado líquido e, portanto, vida. A conclusão do estudo foi publicada nesta quarta-feira (24/08) na revista científica Nature.

O exoplaneta foi batizado de Proxima b e orbita em torno da estrela anã vermelha Proxima Centauri, a mais próxima do nosso Sol. A possibilidade da existência de vida nesses tipos de planetas fora do Sistema Solar é um tema de debate entre a comunidade científica internacional.

Estudos futuros poderão revelar se a atmosfera desse planeta possui componentes químicos que indicam a possibilidade de vida, como o metano.

Um planeta e três sóis

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"A questão fundamental da nossa iniciativa era descobrir se havia planetas potencialmente habitáveis orbitando em torno desse tipo de estrelas. Sabemos agora que há pelo menos um planeta com características semelhantes às da Terra", disse Pete Worden, do Observatório Europeu do Sul (ESO).

O Proxima b, localizado a 40 trilhões de quilômetros da Terra, é o mais próximo entre os 3,5 mil exoplanetas descobertos desde 1995, afirma o estudo.

"Este planeta rochoso é um pouco maior em massa do que a Terra e também pode ser o planeta mais próximo que possa abrigar vida fora do Sistema Solar", declarou o ESO, em um comunicado. O Proxima b tem pelo menos 1,3 vezes a massa terrestre e completa uma volta em torno de Proxima Centauri a cada 11,2 dias.

Astrônomos detectaram os primeiros sinais do Proxima b em 2013, mas precisaram de observações complementares, com instrumentos mais precisos, para confirmar as suspeitas. O estudo foi feito com o espectrógrafo HARPS do telescópio de 3,6 metros da ESO no Observatório La Silla, no Chile, e a estrela foi monitorada simultaneamente com outros telescópios do mundo.

Apesar de ser potencialmente habitável, os cientistas afirmam que outros fatores são fundamentais para isso, como uma atmosfera que o proteja e esquente. "Possibilidades existem, mas para verificar é muito trabalhoso. São muitas horas de observação, e com instrumentos que ainda nem existem", ressaltou Pedro Amado, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia (IAA) e um dos autores do estudo.

"No marco deste projeto, Proxima b constitui o único planeta que poderia ser visitado no prazo de uma geração", acrescentou Amado.

CN/efe/rtr/afp

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