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Acelerador de partículas

30 de março de 2010

Maior acelerador de partículas do mundo foi capaz de promover colisão de prótons a uma velocidade próxima à da luz. Cientistas esperam desvendar mistérios que circundam formação do universo.

Depois de falhar em 2008, experimento surte efeitoFoto: picture alliance/dpa

Cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern)conseguiram nesta terça-feira (30/03) reproduzir, em pequena escala, o fenômeno do Big Bang, que deu origem ao universo há 13,7 bilhões de anos.

O experimento conduzido no maior acelerador de partículas do mundo provocou a colisão de feixes de prótons a uma velocidade de 7 TeV (tera-elétron volts), apenas uma nanofração de segundo abaixo da velocidade da luz.

Segundo os físicos do projeto, o feito obtido irá permitir que pesquisadores examinem a natureza da matéria e a origem das estrelas e dos planetas.

"Este é um avanço enorme. Estamos chegando onde jamais ninguém conseguiu chegar. Conquistamos um novo território para a física", comemorou Oliver Buchmüller, um dos coordenadores do projeto.

Depois de algumas horas de atraso – causado por um problema no sistema de segurança da máquina – o sucesso do acelerador de partículas foi aplaudido nas salas de controle, assim que os detectores indicaram a colisão a uma velocidade recorde.

LHC tem 27 quilômetros de perímetroFoto: AP

Máquina mais complexa do mundo

O feito científico sem precedentes aconteceu no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), um anel com 27 quilômetros de perímetro. O acelerador foi construído a 100 metros de profundidade na fronteira entre França e Suíça.

A maior e mais complexa máquina de pesquisa do mundo custou 9,4 bilhões de dólares. Em seu interior, quando duas partículas de próton colidem, geram uma temperatura 100 mil vezes mais alta do que o núcleo do sol, concentrada num espaço minúsculo. Ao mesmo tempo, o sistema de refrigeração do LHC mantém as instalações a 271,3ºC negativos.

A informação coletada nos grandes experimentos do acelerador de partículas é suficiente para lotar cerca de 100 mil DVDs por ano. Milhares de computadores em todo o mundo estão integrados numa rede para armazenar todos esses dados.

Ilustração mostra as colisões de prótons que acontecem no interior do aceleradorFoto: picture alliance/dpa

Quando apurarem os resultados do recente experimento, os cientistas esperam desvendar alguns mistérios do cosmos – por exemplo, como a matéria foi convertida em massa depois do Big Bang e o que é a matéria negra – ou invisível –, que compõe parte significativa do universo.

Os cientistas do Cern já haviam tentado fazer esse experimento em 2008, mas um problema técnico levou ao adiamento do projeto.

NP/lusa/afp/rts
Revisão: Simone Lopes

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