Cientistas revelam origem dos enxames de gafanhotos
2 de março de 2025
Pesquisa com realidade virtual esclarece comportamento coletivo dos enxames, o que pode ajudar a proteger plantações e estoques de alimentos, além de contribuir para a compreensão das aglomerações humanas.
Entender como os gafanhotos do deserto se comportam em grupos pode ajudar a prever enxames no futuroFoto: Yasuyyoshi Chiba/AFP/Getty Images
Os danos às plantações foram estimados em 8,5 bilhões de dólares (R$ 50 bilhões), atingindo uma região onde 23 milhões de pessoas enfrentam grave insegurança alimentar.
Durante essas invasões, os gafanhotos do deserto (Schistocerca gregaria) comem o equivalente a seu próprio peso todos os dias. A praga em escala bíblica consumiu 160.000.000 quilos de comida por dia – o suficiente para alimentar 800.000 pessoas durante um ano.
Há décadas os cientistas tentam entender como os gafanhotos individuais se reúnem em enxames. Essa compreensão pode ser vital para prever e gerenciar novos surtos.
Um novo modelo, publicado na semana passada na revista científica Science, começa a desvendar a mente coletiva dos gafanhotos. O estudo descreve como os gafanhotos individuais passam de se comportar como animais solitários para enxames gigantes com movimentação coletiva.
"Nosso trabalho fornece uma nova perspectiva para considerar a movimentação coletiva em animais e também na robótica", explicou Iain Couzin, autor principal do estudo e neurobiólogo do Centro de Estudos Avançados do Comportamento Coletivo de Constança, na Alemanha.
"Uma aplicação é uma nova classe de modelos preditivos de como e para onde os enxames se movem. Pesquisas futuras sobre isso poderão impactar os meios de subsistência de 1 em cada 10 pessoas no planeta", disse Couzin à DW.
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Ajuda da realidade virtual
Os enxames de gafanhotos ameaçam a segurança alimentar há milênios e têm desempenhado seu papel na história – os gafanhotos foram uma das 10 pragas trazidas ao Egito segundo o Livro do Êxodo.
Cientistas vêm tentando entender como os gafanhotos individuais se movem em multidões coletivas quando enxameiam. Em 2006, Couzin desenvolveu um modelo explicando como os gafanhotos marchariam juntos em uma linha quando se organizam em enxames.
"Este modelo veio da física de partículas e sugeriu que os indivíduos colidem uns com os outros aleatoriamente, então fluem juntos todos na mesma direção se houver uma alta densidade de indivíduos", disse Couzin.
O autor do estudo Sercan Sayin começou a testar esse modelo em gafanhotos usando um cenário de realidade virtual para esses insetos. Sayin fez os insetos se moverem em uma bola cercada por vistas panorâmicas em telas. Essas paisagens reconstruíram o mundo em 3D para fazer com que os gafanhotos pensassem que estavam em um enxame.
Ele, porém, não conseguiu replicar as descobertas de 2006 de que a densidade animal era responsável pela formação dos enxames de gafanhotos.
Visão indica comportamento de enxame
Experimentos de campo no Quênia durante o enorme enxame de 2020 mostraram que certas pistas visuais fizeram com que os gafanhotos se comportassem com movimentos coletivos ao enxamear.
"Anteriormente, pensávamos que esbarrar uns nos outros causava enxames, mas nossos experimentos mostraram que a visão é importante", disse Couzin. "Descobrimos, em vez disso, que [os comportamentos de enxame] são desencadeados pelo tipo de informação sensorial ao redor deles, não por quantos gafanhotos os cercam."
Compreender movimento coletivo de enxames de gafanhotos pode ajudar a prever o comportamento humano em multidõesFoto: Stefan Rosseau/empics/dpa
Jan Ache, neurobiólogo da Universidade de Würzburg, na Alemanha, que não estava envolvido no estudo, disse que a pesquisa expande um modelo matemático de enxames que reconhece a individualidade dos gafanhotos.
"Para que os gafanhotos tenham movimento coletivo, eles precisam de formas muito básicas de processamento cognitivo – onde os insetos integram sua própria posição em relação à posição daqueles ao seu redor e, em seguida, seguem ativamente outros gafanhotos", disse ele.
Isso ocorre em gafanhotos individuais, mas quando eles se juntam em multidões, cria o efeito emergente de um enxame.
Como o cérebro toma decisões
Ache disse que os gafanhotos são fascinantes de estudar porque eles existem em dois estados diferentes: solitários ou em enxame. Normalmente evitativos, os insetos mudam para bandos em marcha após várias horas de aglomeração.
"Quando eles mudam de um tipo para outro, o cérebro está em dois estados diferentes. Em cada estado, os mesmos neurônios conduzem comportamentos muito diferentes, como ser atraído ou repelido por outros gafanhotos", disse Ache.
Em última análise, as descobertas dizem respeito à tomada de decisões em sistemas neuronais, explicou Couzin. "No nível básico, há competição entre grupos de neurônios no cérebro. O cérebro deve chegar a um consenso e tomar uma decisão sobre o movimento.".
Em outras palavras, quando há um conflito no cérebro, as vias neuronais competem até que uma decisão seja tomada, no momento em que uma via "sai vencedora" sobre a outra.
Em seus experimentos, as pistas visuais de outros gafanhotos na frente acabam servindo como como um alvo, fazendo com que os sistemas de navegação puxem o organismo na mesma direção.
"Isso é muito semelhante à dinâmica de opinião em humanos, onde as pessoas adotam opiniões semelhantes às de outras e descartam opiniões diferentes", disse Couzin.
Prever enxames e multidões?
Couzin disse que o novo modelo tem implicações importantes para prever enxames no mundo real.
"Se fomos capazes de criar um modelo prevendo como os enxames se movem, [isso significa que] anteriormente estávamos usando o modelo errado. O que está implicado são novas maneiras de prever como e onde os enxames se movem com base em uma compreensão biológica do movimento coletivo", disse o pesquisador.
Também pode ajudar a entender como os peixes se movem em cardumes; os pássaros em bandos e, potencialmente, como os mamíferos se movem em rebanhos. Couzin também aplica sua pesquisa em robôs, criando movimento coletivo em veículos autônomos.
Ele disse que suas descobertas podem ser levadas em conta em multidões humanas também, talvez para ajudar a evitar aglomerações, mas ressaltou que "é muito cedo para fazer qualquer afirmação, pois esses experimentos não foram feitos".
O mês de fevereiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
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Dedo em riste e ânimos exaltados entre Trump e Zelenski
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Morre Roberta Flack, conhecida por "Killing Me Softly"
A cantora americana de R&B Roberta Flack morreu aos 88 anos. Flack alcançou o estrelato na década de 1970 com sucessos como "Killing Me Softly With His Song" e "The First Time Ever I Saw Your Face". Seus trabalhos em jazz, pop e soul, e sua forte defesa dos direitos civis respaldaram seu sucesso entre um público fiel. A cantora venceu cinco de 14 indicações ao Grammy em sua carreira. (24/02)
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Conservadores lideram na eleição alemã e encerram era Scholz
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"O Último Azul" vence Urso de Prata na Berlinale
"O Último Azul", filme brasileiro dirigido por Gabriel Mascaro, conquistou o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim, a segundo maior honraria do evento. Já o Urso de Ouro, maior prêmio da competição, foi vencido pelo filme norueguês "Drommer", de Dag Johan Haugerud. (22/02)
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Moraes determina bloqueio do Rumble no Brasil
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou (21/02) o bloqueio da rede social Rumble no Brasil, acusando a plataforma de "reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos" de ordens judiciais, além de tentativas de "não se submeter ao ordenamento jurídico brasileiro [...] para instituir um ambiente de total impunidade e de 'terra sem lei' nas redes sociais brasileiras". (21/02)
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Grupo islamista alega que reféns teriam sido mortos em bombardeio de Israel. Vítimas são um bebê de 9 meses, seu irmão de 4 anos, a mãe deles, de 32 anos, e um idoso de 83 anos. O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) acusou o Hamas de ter transformado o ato em palco político. (20/02)
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Irritado ao ouvir de Volodimir Zelenski que vive numa "bolha de desinformação" após ter ecoado a linha oficial do Kremlin e atribuído à Ucrânia a culpa pela invasão russa em 2022, o presidente americano Donald Trump chamou o colega de "ditador" e aconselhou-o a ser "rápido" se não quiser "ficar sem país". A escalada diplomática é mais um passo no estranhamento entre EUA e Ucrânia. (19/02)
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Procuradoria denuncia Bolsonaro e outros 33 ao STF por tentativa de golpe
A Procuradoria-Geral da República denunciou Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente é acusado de cinco crimes, que juntas somam até 43 anos de prisão: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. (18/02)
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Avião capota no Canadá
Um avião da Delta capotou em acidente ocorrido no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto, no Canadá, ficando de barriga para cima na pista e deixando ao menos 15 feridos. O terminal ficou horas paralisado após o acidente. (17/02)
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Candidatos a chanceler federal se enfrentam em debate na Alemanha
Temas como imigração, economia, relação com Estados Unidos e guerra na Ucrânia pautaram o primeiro debate com os quatro principais candidatos a chanceler federal. O evento colocou Olaf Scholz, do SPD, contra seu principal rival, Friedrich Merz, que lidera com folga as pesquisas de intenção de voto. Também participaram Alice Weidel, da AfD, e o vice-chanceler Robert Habeck, dos Verdes. (16/02)
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Tumulto deixa dezenas de mortos em estação de trem na Índia
Pelo menos 15 pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas em um tumulto em uma estação ferroviária na capital da Índia, Nova Délhi, quando uma multidão tentava chegar na maior congregação religiosa do mundo, o Khumba Mela. No mês passado, 30 pessoas morreram em um tumulto no festival hindu de Kumbh Mela, no norte da Índia. (15/02)
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Vice-presidente dos EUA pede resgate de valores europeus e fim do "cordão sanitário"
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Carro avança sobre multidão em Munique, na Alemanha
Um automóvel atropelou um grupo de pessoas no centro de Munique, deixando 30 feridos. As causas do incidente estão sendo investigadas. O governador da Baviera, Markus Söder, falou em "possível atentado". O motorista do automóvel seria um afegão de 24 anos que tinha autorização de permanência no país. Chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, diz que suspeito "tem que deixar o país". (13/02)
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Governo em Berlim prolongou por mais seis meses os controles em todas as suas fronteiras exteriores, a fim de "frear a imigração irregular", segundo o chanceler federal Olaf Scholz. A medida foi adotada em setembro de 2024. (12/02)
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EUA e Reino Unido rejeitam declaração de Paris sobre IA
Em torno de 60 países assinaram em Paris uma declaração que pede o uso transparente e sustentável da inteligência artificial e regulamentações internacionais, com EUA e Reino Unido sendo as notáveis ausências na lista de signatários. O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, expôs na cúpula as várias reservas dos EUA em relação ao tema.(11/02)
Foto: Thomas Padilla/AP Photo/picture alliance
Donald Trump impõe tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio
Presidente dos EUA, Donald Trump, assina ordem executiva determinando imposição de tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio, o que poderá afetar as exportações brasileiras. O decreto de Trump cancela isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, em uma medida que pode aumentar o risco de uma guerra comercial multifacetada. (10/02)
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Hamas anuncia retirada do exército israelense do corredor de Netzarim, em Gaza
O corredor de Netzarim é uma faixa de terra que divide o enclave palestino em norte e sul. Ele foi estabelecido por Israel quando o conflito em Gaza começou e até agora era militarizado pelo exército israelense. Como parte da trégua entre Israel e o Hamas, o exército israelense se comprometeu a se retirar do corredor e, assim, permitir que os palestinos retornem ao norte de Gaza. (09/02)
Prisioneiros palestinos libertados são saudados por uma multidão ao chegarem à Faixa de Gaza depois de serem libertados de uma prisão israelense. Israel e o grupo extremista Hamas concluíram neste sábado a quinta troca de reféns e prisioneiros, como parte do acordo de cessar-fogo em curso. (08/02)
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Rio vermelho
A água do rio Sarandí, na província de Buenos Aires, ganhou um tom vermelho vivo. A suspeita é de que o fenômeno tenha sido causado pelo vazamento de corante da indústria têxtil ou de resíduos químicos de uma fábrica próxima ao rio, que atravessa o município de Avellenada, a quase 10 quilômetros de Buenos Aires. (07/02)
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O ministro da defesa de Israel, Israel Katz, ordenou que o exército prepare um plano para a saída de "qualquer residente de Gaza que deseje sair", após declarações do presidente americano, Donald Trump, sobre um possível deslocamento dos habitantes de Gaza. (06/02)
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Milei segue passos de Trump e retira Argentina da OMS
Presidente da Argentina, Javier Milei, segue exemplo de seu colega em Washington, Donald Trump, e retira o país da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele acusou a entidade de "crime de lesa humanidade" ao intervir nas soberanias nacionais e repetiu acusações do líder americano de "má gestão da saúde". (05/02)
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Atirador deixa mortos em escola na Suécia
Um atirador matou cerca dez pessoas em um ataque a uma escola para adultos em Örebro, na Suécia. A polícia informou que o agressor também estava entre os mortos. A Suécia vem enfrentando uma onda de tiroteios e ataques a bomba resultantes do problema endêmico no país de crimes de gangues. (04/02)
Governo federal regulamenta poder de polícia da Funai
Decreto regulamenta o poder de polícia de agentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A função foi prevista na lei que criou o órgão, em 1967, mas nunca havia sido regulamentada. Funcionários poderão usar a força para combater violações como ataques ao patrimônio cultural, invasões e atividades de exploração exercidas por terceiros dentro de terras indígenas. (03/02)
Foto: Reuters/Handout FUNAI
Multidão protesta contra fim do "cordão sanitário" em Berlim
Protestos eclodiram em toda a Alemanha após partido conservador CDU acatar votos da ultradireita em projeto anti-imigração, rompendo o isolamento da sigla AfD no parlamento alemão. Polícia registrou confrontos com manifestantes. Na capital alemã, 160 mil pessoas se reuniram e direcionaram palavras de ordem contra o candidato a chanceler federal Friedrich Merz. (02/02)
Foto: John Macdougall/AFP/Getty Images
Morre Horst Köhler, ex-presidente da Alemanha
O ex-presidente da Alemanha Horst Köhler morreu aos 81 anos em Berlim. Ele foi o nono presidente alemão do pós-guerra, entre 2004 e 2010. Enquanto esteve no cargo, ele se dedicou a temas voltados para as relações exteriores, projetos de desenvolvimento na África e mudanças climáticas. Antes de entrar para a política, Köhler foi economista e diretor do FMI. (01/02)