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Cientistas tentam identificar vítimas da "eutanásia" nazista

2 de maio de 2017

Instituto Max Planck na Alemanha pesquisará entre 2 e 3 mil compostos cerebrais para identificar vítimas e restaurar a história dos que morreram nas mãos do regime de Hitler. Trabalhos deverão levar três anos.

Deverão ser examinados entre 2 e 3 mil restos de cérebros de vítimas do regime nazista.
Deverão ser examinados entre 2 e 3 mil restos de cérebros de vítimas do regime nazista. Foto: picture-alliance/AP Photo/P. Giannakouris

 O Instituto Max Planck da Alemanha anunciou nesta terça-feira (02/05) a realização um projeto de pesquisas em cérebros de mortos pelo regime nazista, após a descoberta de compostos cerebrais de vítimas de eutanásia em arquivos em Berlim e Munique. Uma equipe de especialistas dará início em junho ao trabalho, que deverá levar três anos até a conclusão.

"A tarefa é identificar nominalmente todas as vítimas dos crimes nazistas para então determinar uma cifra confiável de vítimas", afirmou o historiador Gerrit Hohendorf, que integra o projeto.

Os pesquisadores terão de realizar um trabalho pormenorizado. Milhares de compostos cerebrais, presumivelmente entre 2 e 3 mil pessoas, deverão ser examinados. "Com base nos registros de pacientes, até onde eles estejam disponíveis, poderemos identificar se eles foram ou não vítimas de eutanásia", explicou Hohendorf.

O objetivo, segundo o historiador, é pesquisar a história das vítimas e restaurar a dignidade dos que morreram nas mãos dos nazistas. Em 1990, restos de cérebros foram encontrados no cemitério Waldfriedhof em Munique. Novas descobertas foram feitas em 2015 e 2016,

O antigo Instituto Alemão de Pesquisa Psiquiátrica (DFA), o predecessor do Instituto Max Planck, apoiava o regime nazista. Um de seus diretores, Ernst Rüdin, teve papel decisivo na chamada Lei de Higiene Racial, e foi corresponsável pelo extermínio de pessoas com transtornos psiquiátricos e deficiência mental.

RC/dpa

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