Ela tem quatro velas, sendo que cada uma deve ser acesa sucessivamente em um dos domingos do Advento. Originalmente, a coroa era feita de madeira e tinha 24 velas. Seu inventor foi Johann Hinrich Wichern, um teólogo evangélico e educador, em 1839. O objeto era usado para a contagem regressiva para o Natal.

Já no final da Idade Média, as pessoas se juntavam nas feiras natalinas no período que antecedia o Natal. Naquela época o foco não era o vinho quente, mas sim obter suprimentos para a estação mais fria do ano. Mais tarde, artesãos, fabricantes de brinquedos e vendedores de doces começaram a oferecer seus produtos no local. Hoje há mercados de Natal em todo o mundo.

No século 19, houve uma mudança de percepção sobre o inverno: ele passou a não ser mais visto como uma estação dura e difícil e, assim, ganhou um ar um pouco mais alegre e até mesmo romântico. Isso mudou também os bonecos de neve: no passado, eram representados como sombrios e ameaçadores, enquanto hoje têm uma expressão mais amigável.

Protetora, a árvore de Natal mantinha seus galhos sobre as ofertas do Menino Jesus. Inicialmente, era um privilégio dos mais ricos. Foi somente a partir do século 19, quando foram criadas mais florestas de pinheiros e abetos, que mais famílias passaram a ter acesso à árvore. Mais tarde, o costume se espalhou da Alemanha para todo o mundo.

Na Idade Média, as crianças ganhavam presentes de São Nicolau no dia 6 de dezembro. No entanto, os protestantes não gostavam dessa veneração ao santo católico. E, assim, o reformador Martinho Lutero fez com que a troca de presentes fosse transferida para 24 de dezembro. A partir de então, o Menino Jesus passou a trazer os presentes. O "Christkind" (Menino Jesus) é representado por um anjo.

Todas as crianças esperam impacientemente pelo momento da troca de presentes na véspera de Natal. Aliás, o termo que representa esse ato ("Bescherung") vem da palavra do alto alemão médio "beschern", que se traduz como "distribuição de Deus". Ou seja, os presentes de Natal eram vistos como "ofertas de Deus", assim como ofertas de Cristo ou do Menino Jesus.

Todos os anos, a tradicional Missa da Noite de Natal ("Christmette"), realizada à meia-noite da véspera de Natal, atrai pessoas à igreja que não costumam ir com frequência ao local. A palavra "Mette" vem do latim e significa matutino. Até o século 18, a missa acontecia nas primeiras horas do dia 25 de dezembro. A cerimônia em si, porém, não mudou praticamente nada.

Há séculos, atores amadores encenam a história de Natal. No passado, a encenação incluía passagens adicionais da Bíblia como, por exemplo, a expulsão de Adão e Eva do paraíso. Ao longo do tempo, o espetáculo se concentrou mais na história do nascimento de Jesus – a atual "encenação do Presépio".

A origem desta tradição de Natal está no fato de que na Alemanha o Natal costumava ser celebrado em grande estilo apenas no dia 25, por causa de um período de jejum de meados de novembro até o dia de Natal para lembrar a pobreza de Maria e José. Outra razão para uma refeição rápida e barata na noite de Natal é que muitos trabalham e ainda estão ocupados com os preparativos natalinos no dia 24.

O que não pode faltar nesta época do ano são as bolachinhas natalinas. Ocupação ideal para os dias frios e chuvosos, são também o acompanhamento ideal para uma xícara de chá ou café.

Os 12 dias entre Natal e Dia de Reis, comemorado em 6 de janeiro, são normalmente ásperos ("rau", em alemão), e, por isso, usa-se o termo "Rauhnächte" para o período? Não, "rau" vem do alto alemão médio. Significa "peludo" e se refere aos demônios revestidos por uma pelagem que, segundo crenças populares, perambulavam nessas noites. Para afastá-los, as pessoas deveriam acender incensos.

De 4 a 13 de janeiro, os moradores de Nova York podem levar os pinheiros já despidos da decoração para a 'MulchFest' mais próxima e assistir à sua trituração. Ao final do processo, os pinheiros natalinos são transformados em lascas de madeira que servem como um fertilizante natural. Esse adubo é colocado em áreas verdes como parques, campos esportivos e hortas comunitárias da cidade.

Muitos parques zoológicos na Europa recebem as árvores não vendidas no comércio para dar aos elefantes. Em geral, as que decoraram as moradias não servem para isso por causa do risco de algum enfeite não removido fazer mal ao elefante.

Para os que não suportam a ideia de cortar uma árvore, a Our City Forest em San Jose, Califórnia, encontrou uma solução. A organização florestal urbana sem fins lucrativos aluga árvores de Natal em vasos. Depois do Natal, as árvores são devolvidas à terra, onde continuam a crescer. É possível, inclusive, alugar a mesma árvore a cada ano, até que ela não caiba mais na sala.

Não existe Natal sem luzes. Felizmente, elas também podem ser ecológicas. Manchester afirma ser a primeira cidade do Reino Unido a utilizar luzes recicladas na sua decoração natalina deste ano. As 360 mil lâmpadas LED de baixa energia correspondem a 35 quilômetros de iluminação, que se estende por toda a cidade. Também elas são feitas de material reciclado e são na sua maioria biodegradáveis.

Embora a Alemanha seja famosa pelos seus belos mercados de Natal, a maioria não é exatamente ecológica. Mas o mercado de Natal de Frankfurt está mais verde este ano. Desde copos reutilizáveis a lâmpadas LED mais eficientes, há alternativas ecológicas por todo o lado. Na verdade, aqueles que desejam operar um estande precisam primeiro atender a certas diretrizes ambientais.

Esta "árvore de Natal" única em Palawan também serve como lembrete aos danos causados pela exploração madeireira ilegal. Com mais de 5m de altura, a "árvore" é composta de 86 motosserras das mais de mil confiscadas pela rede de ONGs de Palawan (PNNI) ao longo de 10 anos. Ela fica ali durante todo o ano, para que as pessoas se lembrem de guardar sua floresta intocada para as futuras gerações.

Na época natalina, há pistas de gelo para patinação em muitas cidades ao redor do mundo. Mas, como requerem muita energia, são notoriamente pouco ecológicas. Por isso, este ano, a Cidade do México acabou com a tradicional pista de gelo e a substituiu por uma superfície de acrílico. Ela permite deslizar e economiza muita eletricidade e emissões de CO2.

Quem não quer substituir as velas naturais por elétricas deve pensar em evitar parafina e outros óleos cuja produção impacta o meio ambiente. Velas de cera são uma solução, mas não ideal, por isso, usar com economia e, de preferência, do apicultor mais próximo.

Uma boa ação, como apoiar iniciativas de ONGs ecológicas, é um investimento no futuro. E, quem gosta de embrulhar, uma dica: panos coloridos e guardanapos decorados são uma boa alternativa.

Decorações feitas com tecido, papel, madeira ou palha não só são mais ecológicas, como bem mais criativos do que os produtos industrializados. Há muita inspiração e materiais à nossa volta. Mãos à obra!