CEO da rede varejista faz pedido de desculpas após dizer que carne brasileira não atendia às exigências e normas do mercado francês. Filial brasileira do grupo sofreu boicote e crise de imagem.
A crise começou na quarta-feira passada (20/11), quando o CEO global do grupo francês, Alexandre Bompard, enviou uma mensagem pública ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França anunciando que não compraria mais carnes dos países do Mercosul para abastecer o mercado francês, pois ela "não atende às suas exigências e normas".
Mas as repercussões foram muito além da França e dos negociadores da UE. Frigoríficos brasileiros decidiram pararam de abastecer as lojas do Carrefour no Brasil – maior operação do grupo fora da França –, com o apoio do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Formou-se diante da empresa uma crise de imagem superior à da tortura e morte de um homem negro em uma unidade da rede em 2020, e nesta terça-feira Bompard pediu desculpas formais ao governo brasileiro.
A DW conversou com Felipe Monteiro, professor de estratégia global do INSEAD, uma faculdade de administração da França, e Felippe Serigati, pesquisador do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), para analisar cinco aspectos ligados às decisões tomadas pelo Carrefour e às reações do setor privado e do governo brasileiros.
1) Protecionismo em alta
A decisão do Carrefour de interromper a compra de carne de países do Mercosul tem impacto mais simbólico do que prático – cerca de 90% das carnes vendidas nas lojas da rede na França já vêm da pecuária francesa. Mas são o capítulo mais recente do protecionismo comercial, que está em alta no mundo e deve ganhar mais força com a posse de Trump na Casa Branca, avalia Serigati.
O presidente eleito dos Estados Unidos afirma que "ama tarifas", e já anunciou que todos os produtos importados que chegam ao país terão que pagar mais impostos alfandegários.
"O mundo está entrando num ambiente crescentemente protecionista. É ruim para o mundo, mas é a realidade que temos para hoje", afirma Serigati. "E esse imbróglio com o Carrefour não será o último que veremos."
2) CEOs com cada vez mais dimensão geopolítica
A nota de Bompard destinava-se principalmente a agricultores e políticos franceses, mas rapidamente ganhou contornos de uma crise diplomática, poucos dias após a visita oficial do presidente francês, Emmanuel Macron, ao Rio de Janeiro para a cúpula do G20.
No Brasil, o ministro da Agricultura e o presidente reagiram, e tanto a embaixada francesa no Brasil como a embaixada brasileira na França se envolveram ativamente nas conversas.
"Isso mostra que hoje, não importa o setor, declarações de CEOs podem ter impactos geopolíticos acelerados e inesperados", diz Monteiro, do INSEAD. "É um lembrete do quanto uma empresa global, na hora de se posicionar, tem que pensar no impacto global, e não apenas no local."
Ele avalia que a mensagem inicial do CEO do Carrefour era mais focada no mercado francês, sem levar em conta o quão rapidamente ela ganharia proporções globais e acabaria tendo efeitos negativos importantes para a própria empresa.
"Antigamente, se você estava em um setor mais crítico, como defesa, tinha que tomar muito cuidado com o que falava pelos impactos políticos. Hoje isso vale para diversos setores, incluindo varejo e alimentação – pronunciamentos podem ganhar uma conotação geopolítica muito rapidamente, acelerados por mídias sociais", afirma.
Anúncio
3) Cúpula Mercosul-UE acirrou clima
A manifestação inicial do CEO do Carrefour e os protestos de agricultores e pecuaristas franceses estão relacionados a uma reunião de cúpula entre o Mercosul e a UE que ocorre na próxima semana, e que tentará chegar a uma versão final sobre o acordo de livre comércio entre os dois blocos.
A eleição de Trump é um estímulo para o acordo, diz Serigati, da FGV, pois interessa a ambos os blocos fechá-lo antes que ele tome posse na Casa Branca. Ele prevê que países da UE provavelmente adotarão tarifas de retaliação contra os Estados Unidos, e que isso criaria um clima desfavorável para avançar no livre comércio com o Mercosul.
Negociadores do Brasil afirmaram ao jornal Valor Econômico que estão moderadamente otimistas sobre a cúpula da próxima semana – e que segue existindo dissenso em relação a menções no texto do acordo sobre desmatamento e proteção de compras públicas como estratégia industrial, defendida pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva.
"Quando você está numa fase de pré-finalização de negociação, sempre há técnicas de mobilização para tentar melhorar a barganha de cláusulas específicas", diz Monteiro, do Insead.
4) Reação brasileira pode ser forte quando custo é baixo
Outro aspecto notável na crise entre o Carrefour e o Brasil foi a velocidade e a magnitude da reação dos produtores e comerciantes brasileiros.
Na sexta-feira, dois dias após a carta do CEO do Carrefour ser publicada, JBS e Masterboi anunciaram que parariam de vender carnes bovinas ao Carrefour Brasil, e foram acompanhadas por outros frigoríficos, como Marfrig. O boicote foi depois estendido às carnes suína e de frango, e outros setores entraram na mobilização.
Uma carta aberta em defesa da carne brasileira e contra o Carrefour organizada pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) reunia no domingo a assinatura de 44 entidades do setor produtivo, incluindo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a indústria sucroenergética (Unica), entre outras.
O diretor executivo da Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp), Edson Pinto, também pediu a seus associados que parassem de comprar produtos no Carrefour e nas atacadistas que pertencem à rede – Atacadão e Sam's Club.
Para Serigati, da FGV, a declaração do CEO do Carrefour gerou prejuízos para o grupo, mas trouxe um "grande resultado positivo" para o Brasil: "Uma união de diversos segmentos, não apenas do agronegócio brasileiro, mas em defesa do interesse nacional".
Ele avalia que parte do sucesso do boicote ao Carrefour brasileiro se deve ao fato de ter sido uma decisão de custo muito baixo para as empresas brasileiras. O montante de carne bovina exportada para a França representa 0,002% do total exportado pelo país até agora neste ano. E as carnes não entregues ao Carrefour brasileiro poderiam ser vendidas a outros supermercados, que seguiriam com a clientela interessada em comprar o produto.
"O custo dessa mobilização era praticamente nulo. E deixou uma sinalização a qualquer outro país que tenha operações no Brasil para tomar cuidado. Temos força para a defesa de nossos interesses, inclusive de maneira mais pró-ativa", diz.
5) Agricultores franceses têm pouco impacto no PIB, mas grande na política
Não é de hoje que os agricultores franceses são famosos por sua capacidade de influenciar no debate político do país – apesar de representarem 1,6% do PIB – e de gerar tumultos e imagens fortes nas cidades, com tratores despejando esterco, terra ou produtos como leite em frente a locais de decisão política.
"Existe na França uma cultura de contestação, de se manifestar, e os agricultores são muito vocais com uma série de temas", como flexibilização de regras de produção e demandas por mais subsídios. "Talvez o Mercosul esteja hoje servindo para eles como um ponto de mobilização, mas eles têm várias outras reivindicações", afirma Monteiro, do INSEAD.
Mas ele pondera que não há um setor agrícola único na França, e que enquanto alguns perderiam com o acordo com o Mercosul, outros poderiam sair ganhando, como produtores de queijos ou os envolvidos na cadeia do vinho.
Macron está do lado dos agricultores que protestam e é contra o acordo com o Mercosul. A defesa da agricultura local passa ainda pela defesa de um modo de vida e de padrões de consumo no país.
A França também enfrenta um momento político complicado, com disputas sobre o Orçamento de 2025 que impedem sua aprovação no Parlamento, greves em outros setores da economia e uma perspectiva de maiores dificuldades após a posse de Trump na Casa Branca. "Está todo mundo em carne viva, qualquer coisa gera uma reação mais forte", diz Monteiro.
O mês de novembro em imagens
O mês de novembro em imagens
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Biden anuncia cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah
Em discurso na Casa Branca, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que Israel aceitou o acordo de trégua de 60 dias o grupo xiita Hezbollah no Líbano. Ele chamou o pacto, mediado por EUA e França, de um "novo começo" para o Líbano e disse que o plano é "projetado para ser uma cessação permanente das hostilidades". (26/11)
Foto: Saul Loeb/AFP/Getty Images
Queda de avião da DHL na Lituânia deixa um morto
Um avião de carga que voava da Alemanha para a Lituânia caiu numa área residencial perto do aeroporto de Vilnius. Segundo as autoridades locais, dos quatro membros da tripulação, um morreu e três ficaram feridos. Destroços do avião atingiram um pequeno prédio de apartamentos. A queda provocou um incêndio, e as chamas chegaram a atingir o prédio. (25/11)
Foto: Lukas Balandis via REUTERS
França autoriza Ucrânia a usar armas de longo alcance contra a Rússia
Após EUA e Reino Unido, França diz que também autorizou "uso defensivo" de armas mais pesadas contra o território russo. País abastece a Ucrânia com mísseis de cruzeiro do tipo Storm Shadow (foto) desde 2023. A Alemanha, até agora, tem se recusado a fornecer essas armas. O Kremlin criticou Paris, chamando a decisão de "tiro de misericórdia" para a Ucrânia. (24/11)
Foto: Nicolas Economou/NurPhoto/picture alliance
Após tensas negociações, COP29 termina com promessa de US$ 300 bi por ano
Conferência do Clima da ONU em Baku, no Azerbaijão, terminou com promessa de US$ 300 bilhões por ano para países mais afetados por eventos climáticos extremos. Acordo tenso foi costurado na reta final do evento e sob protestos de alguns países (foto). Valor ficou abaixo dos US$ 1,3 trilhão pedidos. Reunião também aprovou regulamentação do mercado de carbono. (23/11)
Foto: Murad Sezer/REUTERS
Putin alerta para mais testes com mísseis
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu mais testes com o míssil hipersônico Oreshnik, disparado um dia antes na cidade de Dnipro, na Ucrânia. Por isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, apelou para mais sistemas antiaéreos contra as ameaças, que levaram o parlamento da Ucrânia a fechar as portas. Putin também disse que a Rússia deve começar a produção em série da nova arma. (22/11)
Foto: Press Service of the State Emergency Service of Ukraine in Dnipr/picture alliance
PF indicia Bolsonaro e outros 36 por tentativa de golpe de Estado
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os agentes apontam que Bolsonaro "analisou e alterou" uma minuta de decreto desenhada para não deixar o poder após derrota nas urnas em 2022 e que ele sabia da existência de um plano para executar Lula. (21/11)
Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images
Protesto de agricultores franceses contra acordo UE-Mercosul entra no 3º dia
Agricultores franceses fizeram barricadas, fecharam a fronteira entre a Espanha e a França e jogaram chorume em frente a prédios públicos em protesto contra um possível acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, endossou a manifestação e interrompeu a compra de carne produzida pelos países do bloco sul-americano. (20/11)
Foto: Gaizka Iroz/AFP/Getty Images
PF desbarata complô de militares para matar Lula, Alckmin e Moraes
A Polícia Federal prendeu um membro da corporação e quatro militares ligados às forças especiais do Exército suspeitos de planejarem um golpe de Estado após as eleições de 2022 e de um complô para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Inquérito envolve ainda o general Braga Netto, ex candidato a vice de Jair Bolsonaro. (19/11)
Foto: Evaristo Sa/AFP
Líderes do G20 no Rio de Janeiro
Brasil recebe líderes das 20 principais economias do planeta no Rio de Janeiro. Declaração final do encontro defende combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, taxação de super-ricos e pede soluções diplomáticas para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. (18/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Biden visita a Floresta Amazônica
O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou neste domingo a Manaus na primeira visita à Amazônia de um presidente americano em exercício, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a cúpula do G20. Ele visitou uma reserva florestal, encontrou-se com líderes locais e sobrevoou de helicóptero uma parte da floresta e o encontro dos rios Negro e Solimões. (17/11)
Foto: Manuel Balce Ceneta/AP/picture alliance
No G20 Social, Lula defende "jornadas mais equilibradas"
O presidente Lula recebeu neste sábado a declaração final do G20 Social – iniciativa da presidência brasileira do G20 para sistematizar e levar propostas da sociedade civil aos chefes de governo dos países do grupo. Ele aproveitou o evento para se entrar no debate sobre a jornada de trabalho, em evidência após proposição de PEC que acaba com a jornada 6x1. (16/11)
Foto: Daniel Ramalho/AFP
Scholz pede a Putin "paz justa e duradoura" na Ucrânia
Na primeira conversa em quase dois anos, chanceler federal alemão (foto) defendeu negociações para encerrar a guerra, enquanto líder russo insistiu em "novas realidades territoriais" em solo ucraniano. Em entrevista de TV exibida no mesmo dia, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse crer que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos apressará o fim do conflito. (15/11)
Moraes associa atentado suicida em Brasília a "gabinete do ódio" de Bolsonaro
Após Jair Bolsonaro chamar a ação de um homem-bomba em Brasília de "fato isolado", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu dizendo que o episódio é fruto do clima extremismo que se instalou no país durante o mandato do ex-presidente. Moraes descartou anistia a golpistas: "Pacificação, só com responsabilização de criminosos." A PF apura o caso. (14/11)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Biden dá as boas-vindas a Trump para iniciar a transição
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o atual mandatário, Joe Biden, estiveram reunidos hoje no Salão Oval da Casa Branca inaugurando formalmente a transição para o governo do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump enfatizou que "política é difícil" em seu retorno, embora tenha agradecido a Biden por seus esforços para garantir uma transição pacífica. (13/11)
Foto: AP/dpa/picture alliance
Eleições antecipadas à vista
O partido SPD, do chanceler Olaf Scholz, e a sigla de oposição CDU chegaram a um acordo: as eleições antecipadas para o Bundestag (parlamento alemão) serão realizadas em 23 de fevereiro. A decisão veio uma semana depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, do neoliberal FDP, que selou o fim da coalizão tripartidária à frente do país, que contava ainda com os verdes. (12/11)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Holanda impõe controles de fronteira para barrar ilegais
O governo holandês anunciou a imposição de controles extras em suas fronteiras terrestres para combater a imigração ilegal. "É hora de enfrentar o tráfico de migrantes de maneira concreta", disse ministra holandesa da Migração, Marjolein Faber. Medida tem caráter temporário, de acordo com as normas da União Europeia. (11/11)
Foto: Marcel van Hoorn/ANP/AFP
Ucrânia lança ataque de drones contra Moscou
Bombardeada com um número recorde de 145 drones, a Ucrânia reagiu atacando Moscou com ao menos 34 drones, na mais pesada investida contra a capital russa desde o início da guerra, em 2022. O ataque ucraniano interrompeu o tráfego aéreo em três grandes aeroportos de Moscou e feriu ao menos uma pessoa em um vilarejo nos subúrbios da cidade. (10/11)
Foto: Tatyana Makeyeva/AFP/Getty Images
Ataque suicida deixa mais de 20 mortos no Paquistão
Um ataque suicida executado em uma estação ferroviária da cidade paquistanesa de Quetta, na conturbada província do Baluchistão, deixou pelo mais de 20 mortos e 40 feridosl. O grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado nas redes sociais.(09/11)
Foto: Banaras Khan/AFP/Getty Images
Cúpula da UE termina sob espectro da reeleição de Trump
Líderes da UE prometeram dar novo impulso à economia do bloco europeu ao término da cúpula que reuniu chefes de governo dos 27 Estados-membros na Hungria. Resultado das eleições nos EUA motivou europeus a avançarem medidas para aumentar competitividade do bloco. Cúpula termina com promessa de reforçar defesa e combater alta nos custos de energia. (08/11)
Foto: Mehmet Ali Ozcan/AA/picture alliance
Biden pede união e promete transição pacífica nos EUA
“Você não pode amar seu país somente quando vence. Você não pode amar seu vizinho somente quando concorda. Algo que esperamos que possamos fazer, não importa em quem você votou, é nos vermos não como adversários, mas como concidadãos americanos. Reduzam a temperatura”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca (07/11)
Foto: Ron Sachs/Pool/CNPZUMA Press Wire/IMAGO
Scholz demite ministro das Finanças e governo alemão fica por um fio
A tríplice coalizão partidária que governa a Alemanha desmoronou após o chanceler federal Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), exonerar o ministro das Finanças, Christian Lindner, que também é presidente do Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão). Num pronunciamento na televisão, Scholz explicou as razões da demissão e dirigiu palavras duras ao ex-ministro. (06/11)
Foto: ODD ANDERSEN/AFP/Getty Images
Trump derrota Kamala e retorna à Presidência dos EUA
Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, protagonizando um retorno dramático e triunfal à Casa Branca. O republicano derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos EUA. E, em contraste com sua vitória anterior, em 2016, Trump ainda ficou à frente no voto popular. (06/11)
Foto: Brian Snyder/REUTERS
EUA vão às urnas para escolher o novo presidente
Os EUA foram às urnas para definir quem vai comandar a maior potência econômica e militar do mundo. Na disputa estão a democrata Kamala Harris – que pode ser eleita a primeira mulher a ocupar a Casa Branca – e o republicano Donald Trump – que tenta um retorno à Presidência quase quatro anos após deixar Washington em desgraça, na esteira de uma tentativa de golpe. (05/11)
Foto: Timothy D. Easley/AP Photo/picture alliance
Morre Agnaldo Rayol aos 86 anos
Após mais de 60 anos de carreira artística, morreu o carioca Agnaldo Rayol, em consequência de uma queda em sua residência. Cantor romântico, com o auge do sucesso na década de 1960, também protagonizou telenovelas e filmes em papéis de galã, e apresentou programas próprios na TV. Descendente de imigrantes, tocou os corações de seus fãs com canções em italiano, até nos anos 90. (04/11)
Foto: Fotoarena/IMAGO
População joga lama em rei da Espanha durante protestos pós-enchentes
Uma visita do rei e da rainha da Espanha e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, às áreas atingidas pelas enchentes em Valência, no leste do país, terminou em confusão. Uma multidão atirou lama, pedras e objetos na comitiva e hostilizou as autoridades com gritos de "assassinos". O barro atingiu o rosto do rei Felipe VI e da rainha Letizia. (03/11)
Foto: Manaure Quintero/AFP/Getty Images
Espanha intensifica busca por sobreviventes após enchente
O governo espanhol enviou 10 mil agentes de segurança para auxiliar nas buscas por desaparecidos na região de Valência, leste do país, atingida por uma enchente de grandes proporções que deixou 211 mortos nesta semana. Esse é o maior emprego de forças do Exército espanhol em tempos de paz. A inundação já é considerada a segunda mais mortal deste século na Europa. (02/11)
Foto: Alberto Saiz/AP Photo/picture alliance
Alemanha facilita mudança legal de gênero
Maiores de 18 anos poderão requerer a alteração dos registros oficiais, adotando um novo prenome e gênero, ou até eliminando a indicação de gênero. Menores acima dos 14 anos também podem recorrer às novas regras, sob aprovação paterna ou por recurso legal. Em Berlim, que tem comunidade LGBT+ atuante, cerca de 1.200 requerimentos foram apresentados no primeiro dia de vigência da nova lei. (01/11)