Autoridades bolivianas estão sob pressão para organizar novas eleições após Evo Morales renunciar à presidência, em meio a protestos e acusações de fraude eleitoral. Veja as principais questões sobre o tema.
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Como a crise começou?
Os protestos contra o governo têm suas raízes na agitação civil desencadeada por um referendo fracassado para expandir os limites do mandato presidencial, uma medida classificada pelos críticos de uma manobra de Evo Morales para se manter o poder.
Em 2016, os partidários de Morales convocaram um referendo para modificar a Constituição do país e permitir que o presidente pudesse concorrer a um quarto mandato consecutivo.
Não foi a primeira vez que Morales tentou essa manobra. Em 2009, uma mudança constitucional já havia estabelecido a possibilidade de reeleição para o presidente, de até dois mandatos extras consecutivos de cinco anos. Em 2016, a tática, no entanto, fracassou, sendo rejeitada pela maioria dos eleitores no referendo.
Ainda assim, Morales não desistiu e apelou no ano seguinte para o Tribunal Constitucional da Bolívia, que acabou autorizando que o presidente pudesse concorrer a mais um mandato nas eleições de 2019. Oposicionistas acusaram a corte de ignorar o resultado do referendo. Estava montado o palco para uma eleição tensa.
Evo Morales vê quarto mandato ruir
02:27
Essa eleição ocorreu em 20 de outubro. Após as urnas serem fechadas, novos elementos de tensão foram adicionados. Em meio à apuração, as autoridades eleitorais suspenderam a divulgação da contagem de votos do sistema de apuração rápida, que já contabilizava mais de 80% dos votos e que sinalizava a realização de um segundo turno entre Morales e o opositor Carlos Mesa, que governou a Bolívia entre 2003 e 2006.
A suspensão desencadeou imediatamente preocupações com possíveis fraudes eleitorais. A apuração foi retomada no dia seguinte, dessa vez apontando que Morales havia conseguido obter uma vantagem de dez pontos percentuais sobre Mesa, suficiente para lhe garantir uma vitória decisiva já no primeiro turno.
Em meio ao vai e vem na contagem começaram a eclodir protestos, atraindo centenas de pessoas às ruas de La Paz na primeira semana posterior à eleição e dezenas de milhares nas semanas seguintes. Pelo menos três pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas em confrontos com a polícia.
Quem são os principais personagens?
Evo Morales está no centro da crise. Ele se tornou o primeiro presidente indígena da Bolívia em 2006 e governou o país até 10 de novembro, quando renunciou ao cargo. Sua presidência foi caracterizada por políticas de esquerda que direcionaram receitas de recursos naturais para as comunidades indígenas.
Carlos Mesa, que serviu como presidente da Bolívia de 2003 a 2005, lidera a oposição. O político de centro-direita acusou as autoridades eleitorais e Morales de fraude eleitoral. Ele exortou Morales a renunciar e não mais concorrer à presidência.
Ainda na oposição está Luis Fernando Camacho, líder do Comitê Cívico de Santa Cruz, um grupo regional que serve de guarda-chuva para cerca de 200 entidades de empresários e associações conservadoras. Católico fervoroso, ele é sócio de uma corporação de seguros privados e faz parte da elite da região mais rica da Bolívia.
No último sábado, Camacho, que representa a oposição mais radical a Morales, apresentou um ultimato para que o presidente renunciasse. Antes disso, ele já havia pedido que os militares dessem um golpe para retirar o presidente do poder.
Por que Evo Morales renunciou?
No domingo (10/11), depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um relatório acusando "manipulações" grosseiras nos sistemas computadorizados eleitorais, Morales anunciou novas eleições e prometeu reformar a comissão eleitoral. Mas já parecia tarde demais.
Horas depois, o chefe das Forças Armadas do país, general Williams Kaliman, e o comandante da polícia boliviana, Yuri Calderón, exigiram que Morales renunciasse, em uma tentativa de acabar com os tumultos civis. Morales então anunciou sua renúncia, com alguns descrevendo a intervenção dos militares como um golpe de Estado.
Ao apresentar a renúncia, Morales disse que havia concordado em deixar o poder para evitar uma escalada da violência no país. Ele disse que "grupos violentos" assaltaram sua casa e que opositores atearam fogo nas casas de sua irmã e dos governadores de Oruro e Chuquisaca.
"Decidi pela renúncia para que Mesa e Camacho não sigam perseguindo meus irmãos, dirigentes sindicais, para que não sigam queimando as casas de governadores como fizeram em Oruro e Chuquisaca, de membros da Assembleia e dos conselhos. [...] Lamento muito este golpe civil e de alguns setores da polícia que atentaram contra a democracia, com violência contra o povo boliviano", disse Morales.
O pronunciamento ocorreu em Cochabamba, região que é reduto eleitoral de Morales.
Quais são as reações internacionais?
Ainda na primeira semana após o pleito, a OEA e a União Europeia (UE) pediram que fosse realizado um segundo turno. Países como Brasil, Argentina e Estados Unidos não reconheceram a vitória de Morales na primeira rodada e também pediram uma nova votação.
No último sábado, a OEA adiantou a entrega do resultado de uma auditoria do pleito e pediu a anulação das eleições. Morales então cedeu e prometeu convocar um novo pleito. A decisão foi saudada por outros países, dizendo que era necessário garantir um processo eleitoral livre e justo.
Após a queda de Morales, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, disse que apoiava "uma nova eleição com uma autoridade eleitoral renovada e nomeada independentemente". "O regresso à estabilidade na Bolívia requer um novo processo eleitoral, que seja oportuno e credível e reflita fielmente a vontade do povo. Deveria ser designado um novo Supremo Tribunal Eleitoral que ofereça garantias de realização de eleições transparentes", disse ela.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que a nova votação teria o "apoio total" da Casa Branca. "O povo boliviano merece eleições livres e justas", ressaltou.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por outro lado, usou a situação política na Bolívia como instrumento para criticar a oposição em seu próprio país.
"A palavra golpe é usada muito quando a esquerda perde, né? Quando eles ganham, é legítimo. Quando eles perdem, é golpe. Eu não vou entrar nessa narrativa deles aí. A esquerda vai falar que houve golpe agora", disse Bolsonaro. Ele também usou a crise boliviana para voltar a defender o voto impresso no Brasil, apesar de a Bolívia usar essa modalidade de escrutínio.
Já o líder venezuelano, Nicolás Maduro, condenou a ação que removeu Morales. "Condenamos categoricamente o golpe de Estado consumado contra o irmão presidente Evo Morales", disse Maduro no Twitter.
Após a queda de Morales, a Rússia também condenou a agitação na Bolívia que culminou na mudança de governo, considerando que os atos se assemelham a um "golpe de Estado". "Uma onda de violência provocada pela oposição impediu Morales de concluir seu mandato presidencial", disse o Ministério do Exterior da Rússia.
O que acontece agora?
A Bolívia deve agora realizar novas eleições presidenciais. O Senado, de 36 cadeiras, onde os seguidores de Morales ainda são majoritários, com 25 assentos, deve se reunir para ratificar a renúncia de Morales e de outros membros do governo e para nomear quem ocupará interinamente a presidência da Bolívia.
Um dia após renunciar, Evo Morales deixou a Bolívia, a bordo de um avião da Força Aérea mexicana, com destino ao México, cujo governo concedeu asilo político ao ex-presidente. "Irmãs e irmãos, estou indo para o México", escreveu ele no Twitter. "Dói abandonar o país por razões políticas, mas estarei sempre atento. Em breve voltarei com mais força e energia."
Jeanine Añez, segunda vice-presidente do Senado e provável sucessora interina de Morales, disse na segunda-feira estar em condições da assumir o cargo e que deseja convocar novas eleições presidenciais dentro de 90 dias. "Nós já temos um calendário. Acho que a população está gritando para que em 22 de janeiro já tenhamos um presidente eleito", disse Añez a repórteres, citando a data planejada, antes da crise, para a posse presidencial.
Integrante da aliança de oposição Unidade Democrática (UD), ela é tida como provável substituta interina de Morales após a renúncia de todos os que a precediam na linha de sucessão – alguns dos quais buscaram refúgio na embaixada do México.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eisele
Protestos em minas de carvão na Alemanha
Várias minas de carvão no leste da Alemanha foram palco de protestos, enquanto ativistas ambientais criticam os planos do governo sobre mudanças climáticas e exigem o fim imediato do carvão. Autoridades afirmaram que mais de mil pessoas participaram das manifestações em duas minas no estado de Brandemburgo e uma na Saxônia. O grupo ambientalista Ende Gelände falou em 4 mil manifestantes. (30/11)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt
Ataque terrorista em Londres deixa dois mortos
Um homem atacou vários pedestres com uma faca na Ponte de Londres. Duas pessoas - um homem e uma mulher - morreram e três ficaram feridas. O agressor foi morto a tiros pela polícia. Segundo o jornal The Times, o agressor era um radical islâmico que já havia sido condenado no passado por “atividades terroristas” em 2012. Ele deixou a prisão em dezembro de 2018 sob condicional. (29/11)
Foto: picture-alliance/empics/D. Lipinski
Luis Lacalle Pou é eleito presidente do Uruguai
O ex-senador de centro-direita Luis Lacalle Pou será o próximo presidente do Uruguai. A vitória do candidato e do Partido Nacional (PN) foi indicada pela recontagem dos votos do segundo turno das eleições presidenciais. O governista Daniel Martínez reconheceu a derrota. O resultado marca o fim de um período de 15 anos de hegemonia da esquerda no país. (28/11)
Foto: picture-alliance/ZumaPress/SOPA/M. Zina
Tribunal mantém condenação de Lula e aumenta pena
Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que analisaram recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do sítio de Atibaia mantiveram a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão foi unânime. Eles ainda decidiram aumentar a pena total do petista no caso, de 12 anos e 11 meses de prisão para 17 anos, um mês e dez dias. (27/11)
Foto: Reuters/A. Machado
Treze franceses morrem em operação contra jihadistas no Mali
Treze soldados franceses morreram após a colisão entre dois helicópteros militares durante uma operação contra jihadistas na região central do Mali. Foi a maior perda de combatentes franceses de uma só vez desde a intervenção da França no país africano, em 2013. Até agora, 28 combatentes franceses morreram na região do Sahel. (26/11)
Foto: Reuters/B. Tessier
Recorde de concentração de gases do efeito estufa
A concentração na atmosfera de gases que provocam o efeito estufa e causam o aquecimento global bateu recorde em 2018, aumentando mais rápido do que a média registrada na última década, segundo um relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). (25/11)
Foto: picture-alliance/S. Ziese
Passeio sobre águas russas
Por si, a venerável cidade russa Rostov já vale a visita. No fim deste novembro, porém, vale ainda mais a pena viajar até o Lago Nero, ao norte de Moscou. Suas águas se congelaram como se tivessem parado no tempo, permitindo tomar um atalho até a cidade pitoresca. O passeio só não serve para os friorentos, pois a temperatura local é de seis graus negativos. (24/11)
Foto: picture-alliance/AP/D. Kozlow
Recepção pelada
Um guerreiro maori recebe príncipe Charles, com a tradicional dança haka em Takahanga Marae, Nova Zelândia. O nobre do Reino Unido não parece se intimidar com o ritual de guerra. E até dá a impressão de querer ajudar o musculoso jovem contra a nudez, com uma folha de figueira. (23/11)
Foto: Reutes/T. Nearmy
Governo interino da Bolívia denuncia Morales por "sedição e terrorismo"
Autoridades interinas da Bolívia apresentam vídeo no qual se ouve supostamente o ex-presidente convocando apoiadores para realizar bloqueios no país. Morales rechaça acusações e afirma que material é uma "montagem". (22/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Verdugo
Netanyahu é denunciado por fraude e propina em Israel
Procurador-geral acusa premiê de favorecer empresários em troca de presentes luxuosos e cobertura favorável na mídia. Caso aumenta a incerteza sobre quem irá liderar o país, que segue mergulhado num impasse político. (21/11)
Foto: AFP/G. Tibbon
Porteiro que citou Bolsonaro no caso Marielle recua em novo depoimento
Funcionário alega que "lançou errado" em planilha o número da casa de Bolsonaro e que se sentiu "pressionado" quando contou que "seu Jair" havia autorizado entrada de suspeito pela morte da vereadora Marielle Franco. (20/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Ikegami
Bolsonaro oficializa saída do PSL
O presidente Jair Bolsonaro assinou a desfiliação do PSL durante uma reunião com seus advogados no Palácio do Planalto. A saída ocorreu em meio a uma disputa pelo poder da legenda pela qual ele foi eleito. Além do presidente, seu filho Flávio Bolsonaro, que é senador pelo Rio de Janeiro, também apresentou um pedido de desfiliação do PSL. (19/11)
Foto: Reuters/A. Machado
Desmatamento recorde
Entre agosto de 2018 e julho de 2019, o desmatamento da Floresta Amazônica cresceu 29,5% em comparação com os 12 meses anteriores. Ao todo, a floresta perdeu uma área de 9.762 km² (equivalente a sete vezes a cidade do Rio de Janeiro). É a maior taxa de desmatamento registrada desde 2008. Os dados são do Prodes, sistema de monitoramento por satélites operado pelo Inpe. (18/11)
Foto: Reuters/B. Kelly
Ponte para o nada?
Sete anos de construção, e aí... isso. A inauguração da Ponte do Alto Mosela foi frustrada pelo tempo nebuloso. Com tempo bom, é espetacular a vista da segunda mais alta ponte da Alemanha (160 metros), que atravessa o rio Mosela, no oeste. Seus apoiadores torcem por menos tráfego nos lugarejos locais; os adversários criticam a interferência na paisagem e os custos de 175 milhões de euros. (17/11)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Tittel
Milhares de tchecos pedem renúncia de premiê
Cerca de 250 mil tchecos protestaram em Praga contra o primeiro-ministro Andrej Babis. A manifestação ocorreu na véspera do 30º aniversário da Revolução de Veludo, que marca a queda do comunismo na antiga Tchecoslováquia. O populista Babis enfrenta uma série de acusações de corrupção. Entre os que discursaram na manifestação estavam ex-dissidentes que falaram nos comícios de 1989. (16/11)
Foto: Reuters/D. W. Cerny
Mais de 200 pessoas perderam visão em atos no Chile
A principal associação médica do Chile anunciou que pelo menos 230 pessoas perderam a visão, parcial ou completamente do olho afetado, devido a tiros com espingarda de pressão disparadas por agentes de segurança do Estado durante protestos no país sul-americano. Estatísticas adicionais da instituição mostraram que a idade média das vítimas é de 30 anos. (15/11)
Foto: Getty Images/AFP/C. Reyes
Alemanha aprova obrigatoriedade de vacina
A câmara baixa do Parlamento alemão (Bundestag) aprovou uma lei que tornará obrigatória a vacinação contra sarampo em creches e escolas a partir de março próximo. Imunização se tornará pré-requisito para matrícula de crianças em creches e escolas. Funcionários de locais de ensino, de saúde e de abrigos de solicitantes de refúgio também terão que se vacinar. (14/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Sven Simon
Veneza enfrenta pior cheia em 50 anos
Veneza registra sua maior cheia em mais de 50 anos. A prefeitura da cidade decretou estado de emergência. Pouco antes da meia-noite, o nível da água atingiu 1,87 metro acima do nível do mar. O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, culpou as mudanças climáticas pela "situação dramática" na cidade. (13/11)
Foto: Reuters/M. Silvestri
Evo Morales recebe asilo no México
Dois dias após renunciar à presidência da Bolívia, Evo Morales desembarcou na Cidade do México, no país onde recebeu asilo político. Ao deixar a aeronave, afirmou que só haverá paz na Bolívia quando houver "justiça social". Em um breve discurso, Morales agradeceu ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pela decisão de recebê-lo e disse que asilo político "salvou sua vida". (12/11)
Foto: Reuters/L. Cortes
Abertura do Carnaval alemão
Às 11 horas e 11 minutos, foi aberta a chamada "quinta estação do ano" nas cidades da Renânia, uma das poucas regiões da Alemanha onde o carnaval é festejado. Com fantasias coloridas, música, alegria e cerveja, as pessoas vão às praças centrais das cidades para o início da temporada da folia. Em Düsseldorf, centenas de foliões participaram da festa. (11/11)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Gambarini
Bolívia entre protestos e novas eleições
Participantes de protestos antigoverno bloqueiam ruas em torno do palácio presidencial de La Paz. O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a realização de novas eleições presidenciais, após um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontar suspeitas de fraude no pleito de outubro, que reelegeu o líder esquerdista já no primeiro turno. (10/11)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Karita
Berlim iluminada para queda do Muro
Em 9 de novembro de 1989, caiu o Muro de Berlim, que dividia as duas Alemanhas. Para a comemoração, a capital preparou numerosos eventos, tendo como ponto alto o show de luzes no Portão de Brandemburgo. Defronte, instalação que lembra uma anêmona gigante traz 30 mil fitas multicoloridas com desejos, sonhos e ideias para o futuro, em diferentes idiomas. (09/11)
Foto: AFP/T. Schwarz
Lula é solto depois de 19 meses na prisão
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi solto depois de passar um ano e sete meses na sede da Polícia Federal em Curitiba. A soltura ocorreu após o Supremo derrubar uma decisão que autorizava a prisão em segunda instância, beneficiando diretamente o petista, que agora passa a recorrer em liberdade. Após deixar a prisão, Lula discursou para apoiadores e lançou críticas à Lava Jato. (08/11)
Foto: Reuters/R. Buhrer
STF derruba prisão em segunda instância
Por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a decisão de 2016 que permitia o cumprimento de pena após condenação em segunda instância. Pelo novo entendimento do Supremo, um condenado só passará a cumprir pena após trânsito em julgado, ou seja, quando a possibilidade de recursos for esgotada. A decisão abre caminho para que o ex-presidente Lula seja solto. (07/11)
Foto: Agência Brasil
Lufthansa cancela 1.300 voos devido a greve
A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou o cancelamento de cerca de 1.300 voos programados para os próximos dois dias, devido a uma greve convocada pelo sindicato alemão que representa os funcionários de cabine. O sindicato Ufo convocou seus membros para uma greve de 48 horas. A medida é parte de uma disputa dos funcionários com a maior empresa aérea da Alemanha sobre remuneração. (06/11)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Kneffel/
Atiradores matam nove membros de família mórmon no México
Ao menos três mulheres e seis crianças, todas cidadãs dos EUA, foram mortas numa emboscada no norte do México, aparentemente conduzida por pistoleiros de um cartel de drogas. Seis crianças foram encontradas vivas. O massacre ocorreu numa estrada perto da divisa dos estados de Sonora e Chihuahua, próximo à fronteira com os EUA. (05/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Alex leBaron
Berlim proíbe "soldados" no antigo Checkpoint Charlie
As autoridades de Berlim anunciaram que vão vetar as atividades de atores que se vestem como militares americanos para posar em fotografias ao lado de turistas no antigo Checkpoint Charlie, local que abrigou um posto de controle durante a Guerra Fria. As autoridades afirmaram que os atores costumavam pressionar turistas a pagar pelas fotos, muitas vezes de forma "agressiva". (04/11)
Foto: picture-alliance/J. Arriens
Ataque com faca durante protesto em Hong Kong
Um homem armado com uma faca feriu ao menos cinco pessoas durante protestos contra o governo em frente a um shopping center. Um político local pró-democracia, Andrew Chiu (foto), teve parte de sua orelha arrancada a mordidas pelo agressor, ao tentar contê-lo. Os protestos do fim de semana foram alguns dos mais violentos desde que as manifestações começaram há 22 semanas. (03/11)
Foto: Reuters/Stringer
Visões em Movimento
Para comemorar os 30 anos da queda do Muro de Berlim, o artista Patrick Shearn e seu estúdio Poetic Kinetics, prepararam a instalação "Visions in Motion" diante do icônico Portão de Brandemburgo: fitas coloridas portam pelos ares os desejos, esperanças e lembranças de 30 mil pessoas. (02/11)
Foto: AFP/T. Schwarz
"Fake news" no Dia das Bruxas
Lado a lado com vampiros, lobisomens, bruxas e zumbis, este homem desfilou na Village Halloween Parade de Nova York fantasiado como o moderno horror das "fake news". Com os outros monstros, o mundo já está tão acostumado que eles nem assustam mais. Mas seria realmente um filme de terror se o mesmo acontecer com as notícias falsas. (01/11)