Cinebiografia de Freddie Mercury é destaque do Globo de Ouro
7 de janeiro de 2019
"Bohemian rhapsody" leva prêmios de melhor filme de drama e ator para Rami Malek. "Green Book" conquista três estatuetas, e "Nasce uma estrela" decepciona.
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Green Book, com três prêmios, e Bohemian rhapsody e Roma, com dois, foram os principais destaques da 76ª edição do Globo de Ouro, realizada na noite deste domingo (06/01) em Los Angeles, Califórnia.
Green Book, de Peter Farrelly, levou o prêmio de melhor filme de comédia ou musical, assim como os troféus de melhor ator coadjuvante (Mahershala Ali) e melhor roteiro (Nick Vallelonga, Brian Currie e o próprio Farrelly).
Já Bohemian rhapsody surpreendeu com a estatueta de melhor filme de drama, enquanto Rami Malek conseguiu o Globo de Ouro como melhor ator por sua representação do vocalista do Queen, Freddie Mercury.
Outros dois prêmios foram para o elogiado Roma, os de melhor filme estrangeiro e melhor diretor, para o mexicano Alfonso Cuarón.
"Obrigado à Netflix por conseguir que este filme tão improvável tenha conseguido repercussão global", disse Cuarón no palco do hotel Beverly Hilton, de Los Angeles antes de dizer que estava "eternamente agradecido" às suas atrizes Yalitza Aparicio e Marina de Tavira.
Apesar de cinco indicações, Nasce uma estrela venceu apenas na categoria canção original, com Shallow, que foi para Lady Gaga, Mark Ronson, Anthony Rossomando e Andrew Wyatt.
Um dos prêmios mais disputados da noite, o de melhor atriz de drama, foi para Glenn Close por A esposa. Ela superou a favorita Lady Gaga, de Nasce uma estrela.
Close, chorando, disse que se inspirou na sua mãe, que sempre se sentiu eclipsada pelo marido, para representar a mulher de um vencedor do Prêmio Nobel. "As mulheres são pessoas que cuidam e criam os demais, mas ao mesmo tempo têm que perseguir a realização pessoal e perseguir seus sonhos. Deveríamos fazer e deveriam nos permitir", declarou a atriz, provocando uma grande ovação na plateia.
Por outro lado, Vice, o filme com mais indicações – seis ao todo – deu o prêmio de melhor ator de comédia ou musical para Christian Bale, que encarna o ex-vice-presidente americano Dick Cheney. Bale agradeceu a "Satã" por servir de inspiração para o papel.
Além disso, Olivia Colman ganhou o troféu de melhor atriz de comédia ou musical por A favorita e o dedicou a suas "bruxinhas", em referência às suas companheiras de elenco Emma Stone e Rachel Weisz.
Estes foram os prêmios de cinema:
Drama: Bohemian rhapsody
Atriz de drama: Glenn Close, de A esposa
Ator de Drama: Rami Malek, de Bohemian rhapsody
Comédia ou musical: Green Book
Ator de comédia ou musical: Christian Bale, de Vice
Atriz de comédia ou musical: Olivia Colman, de A favorita
Atriz coadjuvante: Regina King, de Se a rua Beale falasse
Ator coadjuvante: Mahershala Ali, de Green Book
Filme em língua estrangeira: Roma
Diretor: Alfonso Cuarón, por Roma
Roteiro: Nick Vallelonga, Brian Currie, Peter Farrelly, de Green Book
Animação: Spider-Man: Into the Spider-Verse
Trilha sonora original: Justin Hurwitz, de First Man
Sabe quem é Reginald Kenneth Dwight? Sofia Villani Scicolone? E Farrokh Bulsara? Muitas estrelas hoje famosas impulsionaram a carreira com a ajuda de um pseudônimo.
Foto: imago/Xinhua
Gordon Matthew Thomas Sumner
O roqueiro inglês deve o apelido a um suéter de listras amarelas e pretas que usava quando tocava nos pubs de Newcastle, no início da carreira. Um colega de banda achava que ele se parecia com uma vespa. Conta a lenda que a partir daí Gordon Matthew Thomas Sumner começou a ser chamado Sting (ferrão).
Foto: picture-alliance/dpa
Sofia Villani Scicolone
Ela foi a musa nº 1 dos italianos, uma diva sedutora com cintura de vespa. Antes de fazer carreira no cinema, Sofia Villani Scicolone era modelo, ficando como segunda colocada. no concurso para Miss Roma de 1950. Na ocasião, ela conheceu o produtor Carlo Ponti, com quem casou. Foi ele que lhe deu o nome artístico Sophia Loren.
Foto: picture-alliance/dpa
Carlo Pedersoli
Ao iniciar a carreira no cinema, em 1967, o napoiltano Carlo Pedersoli não quis usar o nome com que havia se tornado famoso na natação. Sob o pseudônimo Bud Spencer, consagrou-se no gênero "western espaguete", ao lado de Terence Hill.
Foto: picture-alliance/dpa
Rosemarie Magdalena Albach
Romy foi seu apelido desde criança e Schneider era o sobrenome da mãe. Ela conquistou as telas de cinema nos anos 1950 no papel de Sissi. Seus três casamentos, a morte do filho de 14 anos e a própria morte aos 43 anos contribuíram para que Romy Schneider se tornasse um mito. A filha de pais atores estreou no cinema aos 14 anos ao lado da mãe, que controlou sua carreira até o primeiro casamento.
Foto: Imago/United Archives
Paul David Hewson
Já nos tempos de escola o irlandês Paul David Hewson demonstrava talento para a música. Em referência à loja de aparelhos para surdez "Bonavox" ("boa voz" em latim), no centro de Dublin, os colegas o chamavam "Bono". E o apelido pegou.
Foto: picture-alliance/dpa
Farrokh Bulsara
Freddie Mercury nasceu em 1946 em Zanzibar. Seus pais eram parsis, originários da Índia. Embora tivesse sido batizado Farrokh Bulsara, já desde pequeno era chamado Freddie. O segundo nome vem de uma das primeiras músicas da banda Queen, de 1970: "Mother Mercury, look what they've done to me", diz a letra de "My Fairy King".
Foto: Getty Images/Hulton Archive
Marie Magdelene Dietrich von Losch
Ainda menina, ela adotou o pseudônimo Marlene, a partir da junção de seus dois prenomes. A carreira no cinema e no teatro começou com papéis menores, em 1922. Em 1929 Josef von Sternberg a contratou para seu filme "O Anjo Azul", onde o papel de Lola e a canção "Ich bin von Kopf bis Fuss auf Liebe eingestellt" (Sou feita para amar, da cabeça aos pés) a consagrariam mundialmente.
Foto: picture-alliance/dpa
Krishna Pandit Bhanji
O nome original do britânico Ben Kingsley é Krishna Pandit Bhanji. O pai, médico, era queniano de origem indiana, e a mãe, modelo e atriz de origem russa. Ele adotou um nome artístico por sugestão do pai, depois que foi recusado para um papel, aos 19 anos, apesar de ter feito uma boa audição. Com o novo nome, a carreira de ator deslanchou.
Foto: Timur Emek/Getty Images
Georgios Kyriacos Panayiotou
Georgios Kyriacos Panayiotou nasceu em Londres. Seu pai, o restaurador cipriota Kyriacos, mudara o nome para Jack Panos ao chegar à Inglaterra, em 1950. A mãe, a inglesa Lesley Harrison, era dançarina. Em 1981 Georgios, agora Michael George, fundou com Andrew Ridgeley a dupla Wham!. A carreira solo começaria em 1987, com um dueto com a cantora de soul americana Aretha Franklin.
Foto: Getty Images/Afp/Miguel Medina
Reginald Kenneth Dwight
Elton John foi batizado Reginald Kenneth Dwight. O nome artístico é a união dos nomes do saxofonista, Elton Dean, e do cantor, John Baldry, da banda Bluesology, com a qual Elton John se apresentou em 1966.