Imagens registradas em posto de cadastramento na fronteira da Sérvia com a Hungria mostram a cinegrafista agredindo crianças com pontapés. Chefe de redação de emissora húngara anunciou a demissão sumária da profissional.
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Uma cinegrafista húngara foi demitida no final da noite desta terça-feira (08/09), após imagens que a mostram agredindo migrantes terem se espalhado pela internet. Ela atingiu com pontapés crianças que fugiam da polícia durante confrontos em Röszke, no sul da Hungria.
Nas imagens, a cinegrafista pode ser vista dando uma rasteira em um homem que corria com uma criança nos braços. Em outro momento, ela chuta duas crianças que também fugiam das forças de segurança.
As cenas foram registradas quando centenas de migrantes rompiam uma barreira policial no ponto de registro de Röszke, perto da fronteira com a Sérvia, onde milhares de pessoas têm passado todos os dias no último mês.
Cinegrafista húngara agride migrantes
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O canal de notícias online 444.hu identificou a profissional de imprensa como Petra Laszlo. As imagens sob o ponto de vista da cinegrafista foram mostradas na N1TV, um canal privado com um programa apresentado por Gabor Vona – líder de extrema-direita do partido Jobbik, que se opõe à migração.
Demissão sumária
"Uma colega da N1TV portou-se de forma inaceitável no ponto de registro [de refugiados ] de Röszke", disse o editor-chefe da N1TV, Szabolcs Kisberk, na página do canal no Facebook. "O contrato da cinegrafista foi rescindido com efeito imediato. Nós consideramos o caso encerrado", escreveu.
Nos últimos dias, a situação na fronteira da Hungria com a Sériva, em Röszke, tem sido bastante tensa. Desde o início do mês, mais de 165 mil refugiados chegaram à Hungria. A maioria quer seguir viagem para a Alemanha ou a Áustria. Após a chegada na Hungria, os refugiados precisam esperar um longo tempo para serem registrados.
MP/afp/rtr
Estações da fuga em imagens
Cerca de 3,7 mil quilômetros separam a Alemanha da Síria. Para os refugiados da guerra civil, essa viagem dura semanas até meses. E ela é perigosa, também na rota dos Bálcãs.
Foto: picture-alliance/dpa/N. Armer
Últimas forças
Duma é uma cidade síria a nordeste de Damasco. Mesmo ferido, um homem procura por sobreviventes nos escombros. Pouco antes, a região foi atacada por bombardeios das forças armadas sírias. Desde o início da guerra civil, em 2011, mais de 250 mil pessoas morreram no país, segundo as Nações Unidas.
Foto: picture-alliance/A.A./M. Rashed
Terror ao alcance dos olhos
No campo de refugiados em Suruc, na Turquia, cerca de 40 mil sírios procuraram refúgio da guerra civil. A poucos quilômetros dali, em Kobane, o conflito continua. O campo é organizado como uma pequena cidade, com mesquita, escola e ruas. Ninguém quer permanecer aqui por muito tempo.
Foto: Getty Images/C. Court
Marcas da guerra
Abdurrahman Yaser al-Saad conseguiu chegar à cidade portuária turca de Izmir. O sírio de 16 anos mostra aos outros refugiados uma cicatriz enorme na barriga. Ele estava na escola quando as forças armadas sírias bombardearam o local e ele ficou gravemente ferido.
Foto: picture-alliance/AA/E. Menguarslan
Esperança de uma vida melhor
Na viagem em direção à Europa, muitos refugiados acabam em Izmir. Daqui eles desejam ir para a Grécia. Coletes salva-vidas são fundamentais, pois muitos não sabem nadas, e os barcos dos atravessadores ficam superlotados. Enquanto aguardam a partida, muitos dormem ao ar livre, porque não podem pagar um hotel.
Foto: picture-alliance/AA/E. Atalay
Jogado de volta
Com suas últimas forças, esse refugiado conseguiu nadar de volta até a praia de Bodrum, na Turquia. Pouco antes ele havia tentado alcançar um barco de atravessadores, que, por muito dinheiro, levam as pessoas ilegalmente até a Grécia. As embarcações estão sempre superlotadas.
Foto: Getty Images/AFP/B. Kilic
Desamparo
Na praia de Kos, uma ilha grega, turistas observam como refugiados tentam chegar à costa com um barco inflável. A viagem ilegal de Bodrum até aqui custa cerca de mil euros por pessoa. São apenas quatro quilômetros de distância, mas muitos não sabem nadar e acabam morrendo afogados.
Foto: picture-alliance/dpa/Y. Kolesidis
Realidade incômoda
No caminho para o hotel ou para a praia, turistas passam por muitos refugiados. Devem olhar? Devem ajudar?
Foto: picture-alliance/AA/G. Balci
Com braços e pernas
Da Grécia, muitos refugiados tentam chegar à Europa ocidental pelos Bálcãs. Uma estação importante é a cidade de Gevgelija, na Macedônia. Depois de dias de espera, todos desejam conseguir um lugar em um trem para a Sérvia.
Foto: picture-alliance/dpa/G. Licovski
Passo a passo
Já nas primeiras horas do dia, centenas de refugiados caminham ao longo da linha do trem, da Sérvia para a Hungria. De lá, muitos desejam ir para a Áustria ou Alemanha. A caminhada de quilômetros exige de muitos suas últimas forças.
Foto: Getty Images/AFP/A. Messinis
Desespero
Com medo de ser levado para um campo de refugiados na Hungria, o pai sírio se joga, com sua mulher e filho, nos trilhos da estação de Bicske. Eles achavam que o trem os levaria de Budapeste até Viena. Em vez disso, eles devem ser registrados pelas autoridades húngaras.
Foto: Reuters/L. Balogh
Quase lá
Centenas de refugiados do Iraque, da Síria e do Afeganistão decidiram ir a pé até a Áustria, caminhando pela rodovia. Eles esperaram durante dias por um trem na estação de Budapeste. A polícia, porém, bloqueia o trecho com frequência.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Roessler
Finalmente a chegada
Estação central de Munique: a esperança de muitos refugiados está na chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel. Diferente de outros países europeus, eles se sentem bem-vindos na Alemanha.