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Claude Chabrol

12 de setembro de 2010

O diretor francês era conhecido por suas críticas à burguesia e pelo tom ácido de suas declarações. Chabrol começou como crítico de cinema e dedicou mais de 50 anos da sua vida à Sétima Arte.

Claude Chabrol em Berlim, durante o festival de 2009

O cineasta Claude Chabrol, um dos últimos representantes da Nouvelle Vague, morreu neste domingo (12/09) em Paris, aos 80 anos. A morte do diretor francês, que produziu mais de 80 filmes ao longo da carreira, foi comunicada por um porta-voz da prefeitura de Paris.

"Cada vez que um diretor desaparece, um jeito particular de olhar o mundo e uma expressão de nossa humanidade é perdida para sempre", lamentou a Associação Francesa de Cineastas.

Chabrol nasceu em 24 de junho de 1930, em Paris. Vindo de uma família de farmacêuticos, ele estudou Farmácia e Literatura Francesa na capital francesa, depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Os estudos na área de atuação do pai, no entanto, não foram os que impulsionaram a carreira profissional de Chabrol.

Quando acabou a universidade, Chabrol começou a escrever para a revista especializada Cahiers du Cinéma – e foi assim que passou a fazer parte do universo ao qual dedicaria o resto da sua vida.

A fama veio em 1958, com a estreia de Le Beau Serge, que rendeu ao diretor o prêmio do Festival de Locarno. E com Les Cousins, rodado no ano seguinte, ficou conhecido na Alemanha e conquistou o Urso de Ouro na Berlinale – aquele foi o primeiro filme da Nouvelle Vague apresentado no festival.

"Só um psiquiatra poderia descobrir o porquê de eu insistir em expor tanto a moral da burguesia", disse Chabrol uma vez sobre a temática de seus filmes. O diretor era casado com sua terceira esposa, Aurora Pajot, e tinha quatro filhos.

NP/afp/rts/dpa
Revisão: Alexandre Schossler

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