Missionária assassinada a tiros em 2005 desafiou grileiros e fazendeiros para proteger a floresta e os trabalhadores rurais. Em Anapu, no Pará, ativistas falam em "consórcio da morte" e citam "cemitério clandestino".
A missionária e ativista Dorothy Stang, morta em 2005 em Anapu, no ParáFoto: privat
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Há 20 anos, seis tiros rasgaram o ar quando a missionária Dorothy Stang, 73, foi emboscada em Anapu, no interior do Pará — um a atingiu na cabeça; cinco, no corpo. Uma testemunha relatou que, diante dos algozes, ela ergueu a Bíblia e declarou: "Eis a minha arma!".
Antes tombar naquela estrada rumo à gleba Esperança, Dorothy recitou em voz alta um versículo do Evangelho de Mateus sobre a justiça divina: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos." Logo após os disparos, os assassinos fugiram, deixando seu corpo estendido no chão da floresta que ela tanto tentou proteger.
Duas décadas depois, a justiça ainda parece uma realidade distante em Anapu e a reforma agrária – uma das suas bandeiras – não foi feita. Dezenas de assassinatos em conflitos agrários seguem impunes. Além de Dorothy, os nomes de outras 19 pessoas mortas na região estão registrados ao lado da cruz onde ela foi sepultada, mas nenhum dos casos resultou em punição.
"A situação está do mesmo jeito, se não pior", lamenta a irmã Jane Dwyer, uma das sucessoras de Dorothy na luta pela igualdade na distribuição de terras e proteção da Amazônia.
De Ohio para Anapu
Dorothy Mae Stang, uma religiosa norte-americana, foi assassinada em 2005, no contexto da sua luta pela regularização de terras para trabalhadores rurais e sua resistência à violência de grileiros, madeireiros e fazendeiros. Membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ela dedicou a vida à defesa dos mais vulneráveis, denunciando a exploração e o desmatamento na Amazônia.
Nascida em 1931, em Ohio, Estados Unidos, ingressou na vida religiosa aos 16 anos, na congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur, focada na educação dos pobres e nos princípios de simplicidade, obediência e caridade. Desde jovem, aprendeu a lidar com a terra e sonhava em ser missionária, algo que, em 1948, escreveu em sua aplicação para a ordem: "Quero ser missionária na China". No entanto, o destino a levou ao Brasil.
Chegou ao país em 1966, dois anos após o golpe militar, e inicialmente trabalhou em Coroatá, no Maranhão. Na década de 1970, foi transferida para a região da Transamazônica, no Pará. Nesse período, a ditadura militar incentivava a ocupação de terras por fazendeiros do sul, resultando em desmatamento e exclusão social. Dorothy intensificou sua atuação, combatendo a violência e as injustiças no campo contra os trabalhadores rurais locais.
Nos anos 1970, com a criação da CPT, Dorothy enfrentou repressão. A violência contra religiosos adeptos da Teologia da Libertação e trabalhadores rurais aumentou, e ela viu colegas serem perseguidos, presos e torturados. Seu nome chegou a figurar em listas de suspeitos comunistas.
Ironicamente, sua execução ocorreu em 2005, em um momento de otimismo político para a democracia brasileira, durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo em um cenário de avanços institucionais, a violência no campo persistia — e foi essa luta, a favor dos pobres e da floresta, que fez de Dorothy Stang um alvo.
Justiça
Hoje, duas décadas depois do crime, quase todos os condenados estão fora da cadeia.Foram condenados os pistoleiros confessos Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Batista; além dos fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura (Bida) e Regivaldo Pereira Galvão (Taradão), que atuaram como mandantes.
Rayfran das Neves foi condenado a mais de 25 anos de prisão e chegou a cumprir parte da sentença em regime domiciliar, mas em 2014 foi preso novamente por outro crime, além de envolvimento com tráfico de drogas. O segundo acusado, Clodoaldo Batista, recebeu 17 anos de prisão, mas foi libertado em 2012.
Os fazendeiros apontados como mandantes foram condenados a 30 anos. Bida, que teria oferecido R$ 50 mil pela morte da missionária, foi inicialmente condenado à prisão, mas depois teve o regime alterado para domiciliar, o que gerou controvérsias. Galvão obteve habeas corpus, e aguarda novas decisões judiciais.
Outro nome, Amair Feijoli da Cunha (Tato), que intermediou o crime, também foi condenado, mas sua sentença foi modificada ao longo do tempo. Após ser libertado, foi preso novamente em 2023 pela Polícia Federal por ocupar terras públicas em áreas florestais durante duas operações no Acre e Amazonas, e permanece detido.
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Anapu, "faroeste brasileiro"
Os conflitos fundiários em Anapu, no Pará, começaram na década de 1970 com a construção da rodovia Transamazônica e os projetos de colonização do governo militar. Enquanto a ditadura favorecia pequenos agricultores em outras áreas, em Anapu beneficiava fazendeiros ligados ao setor madeireiro, algo que se perpetuou mesmo após a redemocratização. Isso resultou em grilagem e intensificação dos conflitos agrários na região.
Segundo o Censo do IBGE de 2022, Anapu abriga cerca de 28 mil habitantes em um território de 11,9 mil km² — uma área quase sete vezes maior que São Paulo (SP), com 11,4 milhões de habitantes. Esses números evidenciam porque a região é frequentemente chamada de "faroeste brasileiro", onde a disputa por terras em enormes extensões se dá em meio à impunidade e à violência.
As tensões ali se intensificaram nos anos 1990 e 2000, com a luta pela reforma agrária e a atuação da Comissão Pastoral da Terra. Dorothy Stang tornou-se um dos principais nomes desse movimento. Desde então, os conflitos persistem, marcados por grilagem e desmatamento. Outros dilemas se somam, como os impactos da mineração e dos agrotóxicos usados na lavoura, principalmente de soja, que impedem outros cultivos.
Atualmente, três assentamentos estão no foco das tensões: o projeto de assentamento (PA) Pilão Poente 2 e 3 (que sobrepõe a Fazenda Sombra da Mata) e os Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Virola-Jatobá e Esperança — era para este último que Dorothy se deslocava quando foi morta na emboscada.
Um assentamento é uma área regularizada para famílias de reforma agrária com posse legal da terra, enquanto um acampamento é uma ocupação temporária e precária, sem garantia de legalização. Já o PDS, defendido pela missionária, é uma modalidade de assentamento rural criada pelo Incra nos anos 1990, visando equilibrar a reforma agrária com a preservação ambiental.
Dorothy atuou em defesa do PDS Esperança e no combate à grilagem e à violência na região. Hoje, o cenário no assentamento em que ela foi morta beira o de um faroeste, com divisões, ameaças públicas de morte e mortes misteriosas.
Um dos desdobramentos do conflito de terras na região de Anapu foi a controversa prisão de Padre Amaro, membro da CPT. Ele é acusado de associação criminosa, ameaça, extorsão, invasão de propriedade e lavagem de dinheiro, e apontado como líder de uma organização criminosa que ocupa terras na região.
Em 2019, porém, a principal testemunha de defesa do processo contra Padre Amaro foi assassinada. Marcio Rodrigues dos Reis trabalhava como mototaxista e foi acionado para levar um passageiro à zona rural de Anapu. Acabou esfaqueado no caminho.
Ameaças
"Mesmo após a morte de Dorothy, as ameaças continuam", relata à DW a irmã Jane Dwyer. Ela diz não aderir a nenhum programa de proteção porque "a vítima é o povo; nós estamos aqui porque optamos".
Na região, chamam de "consórcio da morte" um grupo de poderosos alegadamente ligados ao agronegócio e à política local que estariam por trás do assassinato de várias pessoas ao longo das últimas décadas.
Questionada sobre quem está por trás do "consórcio da morte", Dwyer diz acreditar que são os mesmos que estavam por trás da morte de Dorothy. "Tem um limpador de área que está ameaçando o povo; querem limpar a área para os ‘sojeiros', para os fazendeiros."
"Existe um cemitério clandestino, com mais de dez corpos nunca identificados. Tudo é abafado e controlado. E não tem um sistema de comunicação para procurar, pesquisar as verdades e publicar. Aqui dentro há ameaças. Quem vai publicar aqui, será ameaçado", afirma Dwyer.
O pedaço do Brasil onde a Amazônia quase desapareceu
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Mortes por conflitos fundiários
No Brasil, os anos seguintes à morte de Dorothy não foram melhores para os defensores do meio ambiente. O país liderou o ranking de assassinatos de ambientalistas, com 342 das 1.733 mortes registradas de 2012 a 2021 — quase 20% do total, segundo dados da CPT.
Em 2023, os conflitos por terra alcançaram o maior número já registrado desde o início da série histórica, em 1985. Ao todo, foram assassinados nove trabalhadores sem-terra, quatro posseiros, três quilombolas e um funcionário público. Índigenas, com 14 casos, eram maioria entre as vítimas.
Um deles era Paulo Paulino Guajajara, o "lobo", de 26 anos. Ele foi assassinado por madeireiros ilegais em uma emboscada quando preparava o encontro de lideranças na Terra Indígena Arariboia, no oeste do Maranhão.
"Até hoje não há um condenado", afirma Railson Guajajara, amigo da vítima.
No centro de todas essas mortes estão a morosidade e incoerência da justiça, concordam juristas ouvidos pela DW.
Quanto à disputa pela terra, em 2025, ano em que se relembra duas décadas da morte de Dorothy Stang, mártir na luta pela reforma agrária no Brasil, o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, classificou como "ridículo" o número de 1,5 mil famílias assentadas por ano durante o governo Lula.
E mesmo com o aumento de cerca de 6% no valor destinado à agricultura familiar no Plano Safra 2024/2025, o crédito para pequenos produtores é muito inferior ao do agronegócio, que concentra em torno de 85% do crédito total.
Para a missionária Jane Dwyer, o Brasil ainda não fez reforma agrária por "falta de vontade política". "Quem manda no Brasil não são os pequenos, quem manda é o Congresso. E o Congresso é o agronegócio."
O mês de fevereiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Jim LoScalzo/CNP/ZUMA Press/IMAGO
Dedo em riste e ânimos exaltados entre Trump e Zelenski
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, deixou a Casa Branca sem assinar o acordo sobre minerais estratégicos com os EUA depois de bate-boca com Donald Trump. "Você não está sendo grato de forma alguma", disse o presidente dos EUA diante da recusa de seu homólogo em abrir concessões a Moscou em possível negociação de paz, acusando-o de "brincar de terceira guerra mundial". (28/02)
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Líder dos curdos pede fim da luta armada na Turquia
"Todos os grupos devem depor as armas e o PKK deve se dissolver", disse Abdullah Öcalan em uma declaração lida por parlamentares curdos que o visitaram na prisão onde ele está detido há 26 anos. A declaração pode abrir caminho para um novo processo de paz com o governo turco – o conflito entre os guerrilheiros curdos e as forças turcas deixou mais de 40 mil mortos em quatro décadas. (27/02)
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Israel se despede de mãe e filhos mortos em cativeiro na Faixa de Gaza
Milhares acompanharam o cortejo fúnebre de Shiri Bibas e de seus dois filhos, o bebê Kfir e menino Ariel, sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Símbolo da tragédia dos reféns, a família foi enterrada perto do kibutz de Nir Oz, onde viviam. Os pais de Shiri também morreram no ataque. Só o marido dela, libertado no início de fevereiro, sobreviveu. (26/02)
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Milhares se reúnem no Vaticano em oração pelo Papa Francisco
Fiéis ocupam a Praça de São Pedro, no Vaticano, em oração pela saúde do Papa Francisco. O pontífice luta contra uma pneumonia dupla e permanece em estado crítico pelo quarto dia consecutivo, mas com quadro estável e sem novas crises respiratórias. O Papa de 88 anos passa sua 12ª noite no hospital Gemelli de Roma, a mais longa internação de seu papado. (25/02)
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Morre Roberta Flack, conhecida por "Killing Me Softly"
A cantora americana de R&B Roberta Flack morreu aos 88 anos. Flack alcançou o estrelato na década de 1970 com sucessos como "Killing Me Softly With His Song" e "The First Time Ever I Saw Your Face". Seus trabalhos em jazz, pop e soul, e sua forte defesa dos direitos civis respaldaram seu sucesso entre um público fiel. A cantora venceu cinco de 14 indicações ao Grammy em sua carreira. (24/02)
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Conservadores lideram na eleição alemã e encerram era Scholz
Os alemães foram às urnas em eleições antecipadas para definir os novos membros do Parlamento. Aliança CDU/CSU foi a mais votada, cacifando o líder conservador Friedrich Merz a ocupar o posto de chanceler federal e substituir o impopular Olaf Scholz. A eleição também foi marcada por crescimento robusto da ultradireitista AfD, que dobrou seu eleitorado. (23/02)
Foto: Odd Andersen/AFP/Getty Images
"O Último Azul" vence Urso de Prata na Berlinale
"O Último Azul", filme brasileiro dirigido por Gabriel Mascaro, conquistou o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim, a segundo maior honraria do evento. Já o Urso de Ouro, maior prêmio da competição, foi vencido pelo filme norueguês "Drommer", de Dag Johan Haugerud. (22/02)
Foto: Jens Kalaene/dpa/picture alliance
Moraes determina bloqueio do Rumble no Brasil
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou (21/02) o bloqueio da rede social Rumble no Brasil, acusando a plataforma de "reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos" de ordens judiciais, além de tentativas de "não se submeter ao ordenamento jurídico brasileiro [...] para instituir um ambiente de total impunidade e de 'terra sem lei' nas redes sociais brasileiras". (21/02)
Foto: EVARISTO SA/AFP
Hamas entrega corpos de 4 reféns israelenses
Grupo islamista alega que reféns teriam sido mortos em bombardeio de Israel. Vítimas são um bebê de 9 meses, seu irmão de 4 anos, a mãe deles, de 32 anos, e um idoso de 83 anos. O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) acusou o Hamas de ter transformado o ato em palco político. (20/02)
Foto: Stringer/REUTERS
Trump culpa Ucrânia por invasão russa e chama Zelenski de "ditador"
Irritado ao ouvir de Volodimir Zelenski que vive numa "bolha de desinformação" após ter ecoado a linha oficial do Kremlin e atribuído à Ucrânia a culpa pela invasão russa em 2022, o presidente americano Donald Trump chamou o colega de "ditador" e aconselhou-o a ser "rápido" se não quiser "ficar sem país". A escalada diplomática é mais um passo no estranhamento entre EUA e Ucrânia. (19/02)
Foto: Roberto Schmidt/AFP/Getty Images
Procuradoria denuncia Bolsonaro e outros 33 ao STF por tentativa de golpe
A Procuradoria-Geral da República denunciou Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente é acusado de cinco crimes, que juntas somam até 43 anos de prisão: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. (18/02)
Foto: Ton Molina/NurPhoto/picture alliance
Avião capota no Canadá
Um avião da Delta capotou em acidente ocorrido no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto, no Canadá, ficando de barriga para cima na pista e deixando ao menos 15 feridos. O terminal ficou horas paralisado após o acidente. (17/02)
Foto: Uncredited/CTV/AP/dpa/picture alliance
Candidatos a chanceler federal se enfrentam em debate na Alemanha
Temas como imigração, economia, relação com Estados Unidos e guerra na Ucrânia pautaram o primeiro debate com os quatro principais candidatos a chanceler federal. O evento colocou Olaf Scholz, do SPD, contra seu principal rival, Friedrich Merz, que lidera com folga as pesquisas de intenção de voto. Também participaram Alice Weidel, da AfD, e o vice-chanceler Robert Habeck, dos Verdes. (16/02)
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Tumulto deixa dezenas de mortos em estação de trem na Índia
Pelo menos 15 pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas em um tumulto em uma estação ferroviária na capital da Índia, Nova Délhi, quando uma multidão tentava chegar na maior congregação religiosa do mundo, o Khumba Mela. No mês passado, 30 pessoas morreram em um tumulto no festival hindu de Kumbh Mela, no norte da Índia. (15/02)
Foto: Uncredited/AP/dpa/picture alliance
Vice-presidente dos EUA pede resgate de valores europeus e fim do "cordão sanitário"
JD Vance provocou choque entre líderes europeus que acompanharam seu discurso na Conferência de Segurança de Munique. O americano quebrou o protocolo ao focar sua fala na política interna da União Europeia, e disse que os EUA estão preocupados com os valores que os europeus estão defendendo. Ele ainda sugeriu o fim do "cordão sanitário" que isola a ultra direita no parlamento alemão. (14/02)
Foto: Leah Millis/REUTERS
Carro avança sobre multidão em Munique, na Alemanha
Um automóvel atropelou um grupo de pessoas no centro de Munique, deixando 30 feridos. As causas do incidente estão sendo investigadas. O governador da Baviera, Markus Söder, falou em "possível atentado". O motorista do automóvel seria um afegão de 24 anos que tinha autorização de permanência no país. Chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, diz que suspeito "tem que deixar o país". (13/02)
Foto: Michael Bihlmayer/Bihlmayerfotografie/IMAGO
Alemanha prorroga controles de fronteira
Governo em Berlim prolongou por mais seis meses os controles em todas as suas fronteiras exteriores, a fim de "frear a imigração irregular", segundo o chanceler federal Olaf Scholz. A medida foi adotada em setembro de 2024. (12/02)
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EUA e Reino Unido rejeitam declaração de Paris sobre IA
Em torno de 60 países assinaram em Paris uma declaração que pede o uso transparente e sustentável da inteligência artificial e regulamentações internacionais, com EUA e Reino Unido sendo as notáveis ausências na lista de signatários. O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, expôs na cúpula as várias reservas dos EUA em relação ao tema.(11/02)
Foto: Thomas Padilla/AP Photo/picture alliance
Donald Trump impõe tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio
Presidente dos EUA, Donald Trump, assina ordem executiva determinando imposição de tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio, o que poderá afetar as exportações brasileiras. O decreto de Trump cancela isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, em uma medida que pode aumentar o risco de uma guerra comercial multifacetada. (10/02)
Foto: Kyodo/picture alliance
Hamas anuncia retirada do exército israelense do corredor de Netzarim, em Gaza
O corredor de Netzarim é uma faixa de terra que divide o enclave palestino em norte e sul. Ele foi estabelecido por Israel quando o conflito em Gaza começou e até agora era militarizado pelo exército israelense. Como parte da trégua entre Israel e o Hamas, o exército israelense se comprometeu a se retirar do corredor e, assim, permitir que os palestinos retornem ao norte de Gaza. (09/02)
Prisioneiros palestinos libertados são saudados por uma multidão ao chegarem à Faixa de Gaza depois de serem libertados de uma prisão israelense. Israel e o grupo extremista Hamas concluíram neste sábado a quinta troca de reféns e prisioneiros, como parte do acordo de cessar-fogo em curso. (08/02)
Foto: Abdel Kareem Hana/AP/picture alliance
Rio vermelho
A água do rio Sarandí, na província de Buenos Aires, ganhou um tom vermelho vivo. A suspeita é de que o fenômeno tenha sido causado pelo vazamento de corante da indústria têxtil ou de resíduos químicos de uma fábrica próxima ao rio, que atravessa o município de Avellenada, a quase 10 quilômetros de Buenos Aires. (07/02)
Foto: Rodrigo Abd/AP/dpa/picture alliance
Israel prepara plano para saída "voluntária" de Gaza
O ministro da defesa de Israel, Israel Katz, ordenou que o exército prepare um plano para a saída de "qualquer residente de Gaza que deseje sair", após declarações do presidente americano, Donald Trump, sobre um possível deslocamento dos habitantes de Gaza. (06/02)
Foto: Dawoud Abu Alkas/REUTERS
Milei segue passos de Trump e retira Argentina da OMS
Presidente da Argentina, Javier Milei, segue exemplo de seu colega em Washington, Donald Trump, e retira o país da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele acusou a entidade de "crime de lesa humanidade" ao intervir nas soberanias nacionais e repetiu acusações do líder americano de "má gestão da saúde". (05/02)
Foto: Tomas Cuesta/Getty Images
Atirador deixa mortos em escola na Suécia
Um atirador matou cerca dez pessoas em um ataque a uma escola para adultos em Örebro, na Suécia. A polícia informou que o agressor também estava entre os mortos. A Suécia vem enfrentando uma onda de tiroteios e ataques a bomba resultantes do problema endêmico no país de crimes de gangues. (04/02)
Governo federal regulamenta poder de polícia da Funai
Decreto regulamenta o poder de polícia de agentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A função foi prevista na lei que criou o órgão, em 1967, mas nunca havia sido regulamentada. Funcionários poderão usar a força para combater violações como ataques ao patrimônio cultural, invasões e atividades de exploração exercidas por terceiros dentro de terras indígenas. (03/02)
Foto: Reuters/Handout FUNAI
Multidão protesta contra fim do "cordão sanitário" em Berlim
Protestos eclodiram em toda a Alemanha após partido conservador CDU acatar votos da ultradireita em projeto anti-imigração, rompendo o isolamento da sigla AfD no parlamento alemão. Polícia registrou confrontos com manifestantes. Na capital alemã, 160 mil pessoas se reuniram e direcionaram palavras de ordem contra o candidato a chanceler federal Friedrich Merz. (02/02)
Foto: John Macdougall/AFP/Getty Images
Morre Horst Köhler, ex-presidente da Alemanha
O ex-presidente da Alemanha Horst Köhler morreu aos 81 anos em Berlim. Ele foi o nono presidente alemão do pós-guerra, entre 2004 e 2010. Enquanto esteve no cargo, ele se dedicou a temas voltados para as relações exteriores, projetos de desenvolvimento na África e mudanças climáticas. Antes de entrar para a política, Köhler foi economista e diretor do FMI. (01/02)