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Líbia pós-Kadafi

23 de outubro de 2011

Após oito meses do início dos confrontos pelo fim da ditadura, Conselho Nacional de Transição da Líbia celebra a "libertação" com milhares de pessoas em Bengasi. Eleições devem ser realizadas em 2012.

Libyan revolutionary fighters returning from Sirte are welcomed at Al Guwarsha gate in Benghazi, Libya, Saturday Oct. 22, 2011. Libya's new leaders will declare liberation on Sunday, officials said, a move that will start the clock for elections after months of bloodshed that culminated in the death of longtime dictator Moammar Gadhafi. (Foto:Francois Mori/AP/dapd)
Desfile de combatentes marcou "dia da libertação"Foto: dapd

Os líderes do Conselho Nacional de Transição (CNT) anunciaram a "libertação" da Líbia neste domingo (23/10), diante de mais de 10 mil pessoas no centro da cidade de Bengasi, onde o levante contra o ditador Muammar Kadafi havia começado, há oito meses. O dia histórico marca o ingresso do país do norte da África num processo de transição democrática.

O líder do CNT, Mustafa Abdel Jalil, pediu à população que promova a tolerância, a reconciliação e o perdão, evitando a violência. "Eu apelo aos líbios que respeitem o Estado de Direito e não estabeleçam seu direito pelo uso da força", disse Jalil para as milhares de pessoas que celebravam o fim do regime de Kadafi, empunhando bandeiras da época que o país tinha um regime monárquico.

Um governo interino deve ser formado em 30 dias, com a incumbência de organizar eleições gerais a serem realizadas em oito meses. Os combatentes que acabaram com os 42 anos do regime de Kadafi realizaram um desfile na praça central de Bengasi.

O primeiro governo europeu a se pronunciar sobre o anúncio foi o britânico. O secretário de Estado dos Assuntos Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, demonstrou satisfação. "A queda de Sirte, a morte de Kadafi e a declaração de libertação nacional representam uma vitória histórica para o povo líbio e um momento decisivo na sua luta pela liberdade", disse Hague.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou o momento como "uma nova era de promessa" e pediu reconciliação. Os líderes do CNT garantiram mais cedo que vão devolver o corpo de Kadafi aos seus familiares. Conforme o chefe da patologia forense líbia, Othman al-Zintani, a necropsia revelou que o ex-lider líbio morreu com um tiro na cabeça.

MP/rtr/dpa/afp
Revisão: Alexandre Schossler

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