Coalizão de governo não tem maioria de votos
27 de dezembro de 2001Nove meses antes da eleição de um novo Parlamento e do governo da Alemanha, a coalizão governamental chefiada por Gerhard Schröder não tem o apoio da maioria de população. Se os eleitores fossem chamados às urnas na virada do ano, os partidos social-democrata (SPD) e Verde receberiam juntos só 42% dos votos, segundo o resultado de uma pesquisa sobre preferência de votos divulgada pelo instituto Allensbach nesta quinta-feira (28).
Os democrata-cristãos (CDU), social-cristãos (CSU) e o Partido Liberal (FPD), que formavam a coalizão de governo anterior, estão agora à frente com 46,6% das preferências de voto.
A diretora do Allensbach, Elizabeth Noelle-Neumann, esclareceu que, em virtude do ceticismo da população com o desenvolvimento econômico, não é de se excluir uma mudança de governo após o pleito de 22 de setembro de 2002. A esquerda e a direita estão quase empatadas nas preferências de voto. Os partidos governistas SPD e Verde junto com o neocomunista PDS só teriam 2% de votos a mais que os concorrentes da oposição conservadora CDU, CSU e FDP. Estes governaram a Alemanha durante 16 anos, até 1998, sob a chefia do democrata-cristão Helmut Kohl.
Se as eleições fossem realizadas agora, o SPD presidido pelo chanceler federal Schröder ganharia 35,4% dos votos. Os partidos irmãos CDU e CSU ficariam em segundo lugar com 35,1%, o Verde teria 11,5% e o Liberal 6,6%.
Candidatura
– Decisivo para o desempenho eleitoral dos democrata-cristãos e social-cristãos, segundo Noelle-Neumann, é o candidato à chefia do governo. Todas as pesquisas indicam que a única chance de derrubar o governo Schröder por meio das urnas seria uma candidatura do governador da Baviera e presidente da CSU, Edmund Stoiber, para chanceler federal. Sua concorrente é a presidenta da CDU, Angela Merkel, da ex-República Democrática Alemã e afilhada política de Kohl. Os dois partidos querem indicar o seu candidato único a chefe do governo até 20 de janeiro, no mais tardar.