COI aprova cinco novos esportes olímpicos para Tóquio 2020
3 de agosto de 2016
Inclusão trará 474 atletas e 18 disputas por medalhas adicionais aos Jogos Olímpicos da capital japonesa. Além do retorno de beisebol e softbol, a decisão determina a estreia de quatro modalidades no programa olímpico.
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O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou nesta quarta-feira (03/08) a inclusão de cinco esportes no programa dos Jogos de Tóquio, em 2020. São eles: beisebol/softbol, surfe, escalada esportiva, caratê e skate.
Embora o beisebol (entre 1992 e 2008) e o softbol (entre 1996 e 2008) já tenham sido esportes olímpicos, os demais são completamente novos no megaevento esportivo mundial. A mudança transformará Tóquio 2020 nos Jogos "mais inovadores da história", disse o presidente do Comitê Organizador da próxima edição, Yoshiro Mori.
Este é realmente um marco na inovação do programa olímpico, qual poderemos vivenciar em quatro anos, em Tóquio 2020", disse o presidente do COI, Thomas Bach, no Rio de Janeiro. Membros do COI votaram por unanimidade (85 votos a favor e nenhum contra), mas não deixaram de demonstrar preocupações com o beisebol, cuja participação das estrelas da Major League Baseball (MLB) não estão confirmadas para os Jogos de Tóquio.
A admissão do novo bloco de esportes representará a incorporação de 18 provas de medalha e de mais 474 competidores. Mas a mudança, no entanto, tem um alcance limitado: ainda não está garantido que estes cinco esportes entrarão no programa dos Jogos de 2024, cuja sede ainda não foi definida.
No surfe, participarão 20 homens e 20 mulheres. As disputas serão realizadas no mar, ao invés de ondas artificiais, provavelmente na província de Chiba, no noroeste do Japão. As competições de skate também envolverão 40 esportistas – 20 de cada sexo – e serão em Tóquio.
Já o caratê poderá usar o Budokan Nippon – casa das artes marciais japonesas – e terá dois eventos (um masculino e outro feminino) para kata (sequência de movimentos com técnicas de ataque e defesa) e três classes de peso para o kumite (combate).
Por fim, a escalada esportiva, que também será realizada na capital japonesa, contará com competições masculinas e femininas para bouldering (escalada sem uso de equipamentos de segurança convencionais), lead (dificuldade) e speed (velocidade).
PV/efe/sid
Momentos inesquecíveis nas aberturas de Olimpíadas
As cerimônias de abertura de Jogos Olímpicos são sempre acompanhadas de suspense ou efeitos especiais surpreendentes, como Muhammad Ali acendendo a pira olímpica ou uma sósia da rainha Elizabeth descendo de paraquedas.
Foto: dapd
1896: primeiros Jogos da Era Moderna
Os Jogos Olímpicos da Antiguidade aconteceram de 776 a.C. até 393, quando o imperador Teodósio os proibiu por considerá-los pagãos. Eles ressurgiram por iniciativa do francês Pierre de Coubertin. De 6 a 15 de abril de 1896, se realizaram pela primeira vez os Jogos Olímpicos da Era Moderna. Eles foram abertos em Atenas pelo então rei George da Grécia, e neles soou pela primeira vez o Hino Olímpico.
Foto: picture-alliance/dpa
1920: Bandeira e juramento olímpicos
Dois anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, os Jogos foram realizados na Antuérpia. Pela primeira vez, foi içada a bandeira olímpica, concebida em 1913. As seis cores dos anéis – azul, amarelo, preto, verde e vermelho – podem ser encontradas em bandeiras nacionais. Os anéis representam os continentes habitados do planeta. Pela primeira vez, atletas fizeram o juramento olímpico.
Foto: picture-alliance/Xinhua
1928: Amsterdã e a ordem do desfile
A maior parte do cerimonial de hoje em dia já foi adotada em Amsterdã em 1928. Pela primeira vez, atletas gregos abriram o desfile, sendo seguidos pelas delegações dos demais países, na ordem alfabética de acordo com o nome no idioma do país-sede, cuja delegação é a última a desfilar.
Foto: Getty Images/Central Press
1936: primeiro revezamento da tocha
Em 1936, aconteceu pela primeira vez o revezamento da tocha olímpica, de Atenas até Berlim, onde foi acesa a pira olímpica. Cerca de 3 mil atletas participaram da corrida. A pira olímpica foi acesa pelo atleta alemão Fritz Schilgen (foto). Os Jogos Olímpicos de Berlim foram usados como instrumento de propaganda do regime nazista.
Foto: picture-alliance/akg-images
1964: homenagem a Hiroshima
Yoshinori Sakai nasceu em 6 de agosto de 1945, exatamente no dia do lançamento da bomba atômica sobre a cidade japonesa. Na abertura dos primeiros Jogos na Ásia, em 1964, o rapaz de 19 anos carregou a tocha olímpica para o estádio em Tóquio. Um momento inesquecível, que virou um símbolo da paz mundial.
Foto: Getty Images
1980: boicote em Moscou
A tensão durante a Guerra Fria ficou evidente nos Jogos em Moscou, em 1980. Em vez da bandeira de seu país, o presidente do comitê olímpico britânico, Dick Palmer (esq. à frente na foto) carregou a bandeira olímpica. Em protesto à invasão do Afeganistão por tropas russas em 1979, o Japão e a Alemanha boicotaram os Jogos junto com os Estados Unidos.
Foto: picture-alliance/AP Photo
1992: tiro perfeito em Barcelona
Em 1992, o arqueiro paralímpico Antonio Rebollo acendeu a pira olímpica da 25ª edição dos Jogos Olímpicos em Barcelona, com uma flecha em chamas. Na realidade, a flecha passou muito perto da pira, mas o fogo foi aceso exatamente ao mesmo tempo.
Foto: picture-alliance/Lehtikuva Oy
1996: momento mágico
Quatro anos mais tarde, outro momento emocionante. Muhammed Ali, a lenda do boxe, já visivelmente afetado pela doença de Parkinson, acendeu a pira nos Jogos em Atlanta, nos Estados Unidos. Ele foi uma figura controversa em seu país por ter se negado a combater no Vietnã, mas seus feitos esportivos foram reconhecidos.
Foto: picture-alliance/dpa
2004: vestido mágico em Atenas
A cerimônia de abertura das Olimpíadas segue um rígido protocolo, mas mesmo assim ainda oferece espaço para a criatividade. Enquanto Björk, cantora da Islândia, interpretou "Oceana" em 2004 nos Jogos de Atenas, seu vestido se abriu lentamente num enorme véu, que cobriu as delegações como um tapete.
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Baker
2008: superlativos em Pequim
O custo da abertura dos Jogos em Pequim é estimado em 100 milhões de dólares. Quatro anos mais tarde, os de Londres custaram 40 milhões de dólares. A cerimônia na capital chinesa contou com extamente 2.008 percussionistas, usando baquetas iluminadas e tambores tradicionais do país. A apresentação deles foi o ponto alto de um show perfeitamente planejado, que durou três horas.
Foto: Getty Images/AFP/P. Ugarte
2012: homenagem à rainha
A rainha Elizabeth abriu os Jogos de Londres, em 2012. E com estilo: uma dublê trazida pelo agente 007, James Bond, pulou de paraquedas de um helicóptero. A rainha britânica foi a primeira chefe de Estado a abrir duas Olimpíadas. Como rainha do Canadá, ela já havia feito o mesmo em Montreal, em 1976.