Medidas incluem uso de repelente e de roupas compridas. Comitê Olímpico Internacional garante que delegações que irão aos Jogos do Rio estarão protegidas do vírus, mas pede cautela.
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O Comitê Olímpico Internacional (COI) assegurou nesta sexta-feira (29/01) que as delegações que viajarem para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em agosto, estarão protegidas do vírus zika, mas recomendou que os visitantes tomem algumas medidas de prevenção enquanto estiverem na região.
As recomendações incluem o uso de repelente, roupas de manga comprida e calças. As grávidas devem consultar um médico antes da viagem. "O COI está em contato com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para garantir que teremos acesso às informações e orientações mais atualizadas, de agora em diante até os Jogos Olímpicos", afirmou a entidade.
O COI ofereceu aconselhamento para minimizar os riscos do vírus que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e orientou os viajantes com destino ao Brasil a consultar autoridades de saúde de seus países. "Os comitês olímpicos nacionais devem consultar autoridades de saúde locais para receberem orientações", ressaltou.
Cerca de 10 mil atletas participarão dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Estima-se ainda que cerca de 10 mil pessoas, entre funcionários das equipes, autoridades e jornalistas, estarão na cidade para acompanhar o evento que deve reunir, além disso, milhares de torcedores do mundo todo.
O COI anunciou ainda que os locais dos jogos já estão sendo inspecionados diariamente para evitar a proliferação do Aedes aegypti e minimizar os riscos para atletas e visitantes. "A Rio 2016 continuará a adotar medidas de prevenção e controle do vírus conforme o determinado pelas autoridades e orientará atletas e visitantes de maneira abrangente", disse a entidade.
Vários países já alertaram suas delegações sobre a doença. A Austrália, por exemplo, recomendou que seus cidadãos usem o ar condicionado e mantenham janelas e portas fechadas no Rio de Janeiro.
Zika se espalha
O Canadá confirmou nesta sexta-feira quatro casos de zika. Os canadenses foram infectados durante viagens a países que enfrentam o surto da doença. O Peru confirmou também o primeiro caso de infecção. Segundo autoridades peruanas, o paciente contraiu a doença na Colômbia.
O Brasil é o país mais afetado pelo surto de zika, mas o vírus já se espalhou por 20 países do continente americano e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), deve atingir todos os países das Américas, exceto Canadá e Chile. Especialistas acreditam que a infecção do vírus em grávidas seja responsável pelo aumento no número de casos de microcefalia.
Além da microcefalia, o zika também é suspeito de causar a síndrome neurológica de Guillain-Barré, que causa paralisia muscular e pode levar a morte. A Colômbia e a Venezuela registraram um aumentou de casos da síndrome com o surto do vírus.
Autoridades venezuelanas registraram 255 casos da síndrome neurológica de Guillain-Barré relacionados ao zika e na Colômbia há 41 casos.
CN/rtr/ap
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.